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sexta-feira, 15 de abril de 2022

As Sete Palavras da Cruz

 

A Páscoa é o coroamento da semana da Paixão, fundamento do Evangelho: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Corintios 15.3-4).

Na cruz do Calvário Jesus pronunciou sete palavras, ou frases, que expressam de maneira maravilhosa quem é Ele e qual a missão para a qual Deus Pai o enviou ao mundo (João 3.17). Vamos agora meditar sobre as sete palavras da cruz.


INTRODUÇÃO

                As autoridades religiosas tramaram contra Jesus, incitando a multidão a pedir a sua crucificação. A multidão clamou: “Crucifica-o, crucifica-o”. Pressionaram também Poncio Pilatos, que ao invés de agir de acordo com a justiça, cedeu a pressão das massas (opinião pública) – ver Mc 15.6-15.  Jesus foi, então, condenado injustamente a morte de criminosos, morte de cruz, morte maldita segundo a Lei de Deus (Deuteronômio 21.23). Paulo nos ensina que “Cristo nos remiu da maldição da Lei tornando-se maldição por nós” (Gálatas 3.13).

                Ao contrário do que vemos em quadros ou esculturas, na época do Novo Testamento os crucificados eram presos nus no madeiro. Além de todo o sofrimento físico, havia a dor da vergonha, além da dor da opressão e da violência que ferem o coração. Jesus, na cruz, sofreu com toda a intensidade de todas as maneiras imagináveis.

                A cruz tem um duplo aspecto: humano e divino. No aspecto humano, foi a maior tragédia de injustiça que já aconteceu, pois o único ser humano que jamais pecou (Hebreus 4.15) foi condenado a morte de cruz. Nunca houve e nunca jamais haverá injustiça tão grande sobre a terra! A cruz é o testemunho claro de que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). A cruz é um espetáculo horrendo da nossa injustiça e pecado! No aspecto divino, no entanto, a cruz revela o amor e a soberania de Deus. Deus é tão poderoso e tão maravilhoso que Ele é capaz de canalizar mesmo os atos de injustiça e maldade das pessoas para que os seus planos de paz, bem e salvação sejam realizados. Assim como o ser humano consegue canalizar o leito de um rio para que corra numa nova direção, a fim de que algum plano seja realizado, Deus canalizou o pecado e a maldade das pessoas contra o Seu Filho para que fosse comprido o seu desígnio de amor, misericórdia, graça e perdão! Sendo assim, no aspecto divino, a cruz é a maior manifestação de amor que já existiu, na qual “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). É claro que Deus é bom, não se alegra com o mal e não pode ser responsabilizado pelo mal. No entanto, Ele é poderoso para canalizar o mal para que os seus desígnios de salvação sejam realizados.

                A cruz aponta para a Trindade:

"O Pai deixa o Filho imolar-se através do Espírito. O Pai é o amor, que crucifica; o Filho é o amor crucificado; o Espírito é a força invencível da cruz. A cruz está colocada no meio da Trindade" (1)

Vamos agora meditar sobre as sete palavras que Jesus disse, pregado na cruz!


PRIMEIRA PALAVRA:

"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23.34).

                A primeira palavra é a palavra do perdão. Jesus clamou ao Pai por aqueles que fizeram o mal contra ele mesmo: as autoridades judaicas, que manipularam a multidão e pressionaram Poncio Pilatos para que o condenasse; as multidões, que num momento clamaram “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!” (Mateus 21.9), estavam clamando logo depois “Crucifica-o” (Marcos 15.14); os discípulos, que o abandonaram quando foi preso e, depois, o “seguiram de longe” (Lucas 23.49).

                A Páscoa nos lembra que Cristo veio para nos trazer perdão; por isso, devemos perdoar aqueles que nos fizeram mal. Enquanto não perdoamos, ficamos acorrentados com a pessoa que nos ofendeu. Quando perdoamos, somos libertados para cultivar uma nova relação, uma nova ligação: laços de amor, de comunhão!

Páscoa é perdão!


SEGUNDA PALAVRA:

"Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23.43).

                Curiosamente estas palavras foram ditas a um “malfeitor” crucificado. As palavras deste malfeitor arrependido são impressionantes: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (Lucas 23.42). Nesta simples frase o malfeitor expressa uma profunda fé em Jesus. Vejamos:

a) “lembra-te de mim”. Ele confiou em Jesus, em sua misericórdia, em sua missão de salvador.

b) “quando vieres”. Jesus estava crucificado e haveria de morrer em poucos instantes! E o malfeitor creu que Jesus haveria de vir novamente! É uma afirmação impressionante de que Jesus haveria de ressuscitar e voltaria para o seu povo!

c) “no teu reino”. Jesus é o Cristo, o Messias, ou seja, o rei prometido da descendência de Davi (Mateus 1.1), que haveria de trazer salvação para Israel. O malfeitor expressa, portanto, a fé de que Jesus é o Messias prometido para trazer salvação; é o Salvador!

                A este malfeitor, que demonstra arrependimento e fé em Jesus Cristo, que confia a Cristo a sua vida, Jesus diz estas palavras tão lindas e tão benditas: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23.43). É salvação pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo Jesus! (Efésios 2.8-10).

                A Páscoa nos lembra que Jesus não veio condenar o pecador, mas trazer perdão, nova vida, enfim, salvação! “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3.17). A Páscoa é tempo de esperança para o pecador que se arrepende dos seus pecados e se entrega ao único Senhor e Salvador, Jesus Cristo!

Páscoa é boa nova aos quebrados e arrependidos!


TERCEIRA PALAVRA:

"Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa" (João 19.26-27).

                Diante de tanta dor e sofrimento, Jesus continuou cuidando das pessoas! Se importou com a sua mãe, Maria, que era viúva e não tinha na época condições de viver dignamente sozinha. Vivemos uma sociedade que incentiva o egoísmo, o consumismo, o hedonismo. Precisamos aprender com Jesus a olhar para o próximo, mesmo nos momentos em que nós mesmos estamos sofrendo. Sofrimento não é desculpa para parar de amar e de agir em favor do outro! Precisamos aprender com Jesus a olhar para a família, que tem sido tão atacada pela violência e pela infidelidade dentro da própria família!

                A Páscoa nos lembra que é tempo de amar, de ajudarmos uns aos outros, mesmo em meio a dor e ao sofrimento próprio. É tempo de ajudar inclusive quem não tem mais condição de nos ajudar no nosso sofrimento! É tempo graça! É tempo de misericórda! É tempo de amor!

Páscoa é tempo de solidariedade!

             

QUARTA PALAVRA:

"Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27.46 e Marcos 15.34).

                Alguns ficam escandalizados quando ouvem estas palavras de Jesus. Mas estas palavras são maravilhosas! Elas expressam, ao mesmo tempo, a dor e a esperança de Jesus! Expressam a dor porque, na cruz, Jesus tomou sobre si toda forma de sofrimento humano, inclusive o sentimento de ser abandonado por Deus. Quantas vezes clamamos e parece que Deus não ouve a nossa oração? No entanto, estas palavras expressam também a confiança de Jesus no Pai, pois são uma citação de um salmo muito interessante da Bíblia, o Salmo 22, que diz o seguinte:

“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?  Deus meu, clamo de dia, e não me respondes; também de noite, porém não tenho sossego.  Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel. Nossos pais confiaram em ti; confiaram, e os livraste.  A ti clamaram e se livraram; confiaram em ti e não foram confundidos” (Salmo 22.1-5).

Já nos primeiros versos, fica claro que o salmista está passando por um momento muito difícil da vida, em que “parece” que Deus não está ouvindo a oração. No entanto, o salmista deixa claro que Deus é Rei, é Santo, e é digno de confiança, pois salvou o seu povo no passado e certamente não mudou! Isso fica ainda mais claro no decorrer do salmo até o seu fim, no qual o salmista declara a sua confiança no Senhor. O Salmo termina falando do reinado de Deus sobre as gerações que virão!

                A Páscoa é tempo de lembrar que, apesar de toda a dor e sofrimento que possamos passar, apesar dos momentos em que “parece” que Deus está distante e não nos ouve e nem age, cremos que Deus está presente e continua agindo em nosso favor, assim como aconteceu com o povo de Deus no passado.

A Páscoa é tempo de esperança, mesmo em meio a dor e ao sofrimento; é tempo da solidariedade de Deus em meio ao nosso sofrimento!


QUINTA PALAVRA:

"Tenho sede" (João 19.28).

                Quando eu era garoto eu gostava muito de uma música que dizia o seguinte: “Você tem sede de que? Você tem fome de que?” (“Comida”, de Arnaldo Antunes/Sérgio Brito/Marcelo Fromer).

                Jesus disse o seguinte a mulher samaritana: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4.13-14). Jesus, a água da vida, aquele que é poderoso para saciar a nossa sede, padeceu necessidade por amor de nós. Nós não fomos capazes de saciar a sua sede, mas Ele é poderoso para saciar a nossa sede. Ele sofreu sede por nós, para que pudéssemos ser saciados, assim como provou por nós a morte, para que pudéssemos viver a sua vida.

                Páscoa não é chocolate, não é coelho, não é presente. A Páscoa não é carro, não é casa nova, não é iate, não é TV, notebook, ipad... O mercado procura nos iludir com o seu show de marketing,  prometendo mas não entregando saciedade. Só na graça de Deus encontramos verdadeira satisfação, verdadeira saciedade. É só em Cristo que podemos matar a nossa fome e matar a nossa sede.

A Páscoa é tempo de refletir sobre a ilusão do consumismo, pois somente em Cristo podemos saciar a nossa fome e a nossa sede no coração! 


SEXTA PALAVRA:

"Está consumado!" (João 19.30).

                A salvação é uma obra de Deus, uma realização divina, e não humana. Na cruz Jesus foi, ao mesmo tempo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e o sumo sacerdote da nossa confissão, que entrega o cordeiro em sacrifício. Jesus realizou um único e suficiente sacrifício pelo pecado, não pelo derramamento do sangue de touros e bodes, mas pelo derramamento do próprio sangue. E, na cruz, Jesus afirma: “está consumado”. Na cruz Jesus consumou o sacrifício de justiça pelos nossos pecados. Ora, “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés”(Hb 10.12-13).

A Páscoa é tempo de segurança na graça de Deus, pois o sacrifício pelos pecados, único e suficiente, já foi realizado por Cristo.


SÉTIMA PALAVRA:

"Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!" (Lucas 23.46).

                A última palavra de Cristo na cruz é uma palavra de fé, de entrega, de confiança. O Filho de Deus confiou no Pai, e se fez homem segundo a Sua Vontade. Então “o Verbo se fez carne e habitou entre nós...”. Jesus, durante toda a sua vida, apesar de todas as lutas, sofrimentos e perseguições, se manteve fiel ao Pai, mesmo em face da própria morte. Assim, do início ao fim, Jesus nos dá um exemplo de fé, de confiança em Deus Pai.

               A segurança de Cristo diante da morte deve ser também a nossa própria segurança, pois “Cristo é as primícias dos que dormem”, o que significa que depois dele muitos outros ressuscitarão dentre os mortos. Quem dará a última palavra sobre o povo de Deus não é a morte, mas é o próprio Deus! Sendo Deus digno de nossa fé, de nossa entrega, de nossa esperança, nossa atitude diante de todas as coisas, inclusive da morte, será de entrega a Deus!

 A Páscoa é tempo de lembrar que Deus é digno da nossa confiança e que devemos confiar em Deus.

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(1) MOLTMANN, Jürgen. Trindade e Reino de Deus. São Paulo: Loyola, p. 95. 

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos –“Sexta - Jesus morre na Cruz”


 Na sexta feira Jesus é crucificado às 09h00m, há trevas a partir das 12h00m, Jesus morre na cruz às 15h00m e é sepultado perto das 18h00m. 

TEXTO BÍBLICO: Marcos 15.1-47

JESUS É CONDENADO À MORTE. Entre as 06h00m e as 09h00m, Jesus é condenado à pena de morte por crucificação (Mc 15.1-20). Pressionado pela multidão (que por sua vez era instigada pelos líderes judeus  membros do Sinédrio), o governador Pôncio Pilatos soltou o assassino Barrabás e condenou Jesus à morte de cruz. Jesus é humilhado, escarnecido e espancado. A Cruz revela a injustiça dos homens: os homens condenaram o único Justo à morte de Cruz!

JESUS É PREGADO NA CRUZ. Às 09h00m Jesus é crucificado (Mc 15.25). Depois de carregar a sua cruz, o Rei dos judeus é crucificado entre dois malfeitores (Mc 15.25). Jesus é humilhado por todos: pela multidão, pelos principais sacerdotes e anciãos e até mesmo por um dos malfeitores crucificados. Para nos acolher, o Rei foi rejeitado por todos!

O GRANDE APAGÃO. Entre o Meio-Dia e as 15h00m houve trevas (Mc 15.33). Na Bíblia, as trevas invadindo o dia são sinal importante e significativo: Na Lei (Pentateuco), uma das pragas no Egito foi a da "escuridão sobre a terra" (Ex 10.21-23). Nos Profetas a escuridão está ligada ao juízo de Deus (Jr 15.9; Am 8.9; Jl 2.2,31; Sf 1.15). Na Cruz a criação se abala, pois aquele que "sustenta todas as coisas sua palavra poderosa" é crucificado (Hb 1.3). Em Cristo o juízo de Deus estava sendo derramado sobre o pecado, mas ao invés de derramar esta ira sobre os pecadores, Deus derrama a sua ira contra si mesmo, contra o Salvador, contra o Messias. Foi o Grande Apagão da História: a Luz do Mundo tomou nossas trevas sobre si, para derramar sobre nós a Sua Luz!

JESUS MORRE E É SEPULTADO. Às 15h00m Jesus morre na Cruz do Calvário (Mc 15.34,37), após horas de sofrimento lento e agonizante na cruz. O véu do Santos dos Santos do Templo é rasgado de cima para baixo, deixando claro que a salvação é obra de Deus em favor de nós. Um centurião reconhece que Jesus é, de fato, o Filho de Deus. Algumas mulheres estiveram com Jesus até a sua morte. Perto das 18h00m, Jesus é sepultado (Mc 15.42-47). José de Arimatéia, membro do Sinédrio, leva o corpo de Jesus até uma sepultura aberta numa rocha, rolando uma pedra para a entrada do túmulo. A Cruz revela a Justiça de Deus: Deus toma sobre si a culpa e a maldição na cruz de Cristo, para nos reconciliar com Ele!

Ele sofreu a nossa injustiça na sua condenação à morte, a nossa dor, culpa e pecado na Cruz e o nosso último inimigo na sepultura. Foi tudo por amor! Mas, graças a Deus, a nossa história não acabou na sepultura: só se completa no domingo de Páscoa!


Você quer saber como foi a domingo da ressurreição de Jesus na Semana da Paixão? Clique no link abaixo e descubra!

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quinta-feira, 14 de abril de 2022

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos – “Quinta - Eucaristia, Getsêmani, Traição, Prisão e Negação”

Na quinta Jesus institui a Santa Ceia (ou Eucaristia, palavra grega que significa "Ação de Graças"), ora ao Pai no Getsêmani (onde transpira sangue), é traído por Judas, abandonado pelos demais discípulos, preso pelos guardas do Templo, negado por Pedro e condenado pelo Sinédrio (tribunal religioso judaico). 


 TEXTO BÍBLICO: Marcos 14.12-72

(O texto é longo - 61 versos. Vamos deixar aqui apenas a referência)


 COMENTÁRIO

Jesus celebra a Páscoa com os seus discípulos. A Páscoa judaica celebrava a libertação de Israel da escravidão do Egito. Mas, ao celebrar a Ceia da Páscoa com os seus discípulos, algo novo acontece. O pão e o vinho não estão apontando mais para o antigo significado judaico, mas para o corpo e o sangue de Jesus. Em meio à todo perigo, tensão e angústia daquela hora, Jesus estabelece uma Ceia que aponta para aquilo que ele estava fazendo, ao estabelecer uma Nova e Eterna Aliança, através da sua cruz e ressurreição. Na Santa Ceia o passado, o presente e o futuro se encontram. Instituída na véspera da crucificação, a Santa Ceia tem relação com a Páscoa judaica por ser uma ceia pascal (passado), mas agora aponta para o que Jesus está realizando no presente daquele momento, bem como aponta para o futuro ("beberei o vinho novo no Reino de Deus"). Para nós hoje, a celebração da Ceia aponta para o passado, em que Jesus morre na cruz e ressuscita, para o presente, em que Ele manifesta a sua presença real conosco, e para o futuro, quando renovará todas as coisas por causa da cruz e ressurreição. Jesus estabelece uma celebração que aponta para o amor de Deus revelado na sua morte na cruz e ressurreição, bem como na restauração de todas as coisas, antes que o motivo da celebração aconteça!

A seguir Jesus afirma novamente que irá morrer e ressuscitar e que todos os discípulos o abandonariam. Pedro afirma que morreria por Jesus, mas Jesus afirma que "antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes" (v. 30). Jesus sempre está certo sobre nós, nos conhece melhor que nós mesmos, mas não deixa de nos amar!

Logo após Jesus vai com os discípulos ao Getsêmani, deixa os demais num ponto e segue com Pedro, Tiago e João, seguindo sozinho um pouco mais. Jesus se sente "tomado de pavor a angústia", pois sabia o que o esperava, sabia que havia chegado a sua hora. Jesus demonstra um equilíbrio emocional assustador: apesar de já haver anunciado várias vezes que iria morrer e ressuscitar (Mc 8.31-33; 9.30-32; 10.32-34; 14.27-28), ele só é tomado de pavor e angústia na véspera! Ele é o melhor exemplo do seu ensino de que não podemos andar ansiosos de coisa alguma e que basta ao dia o seu próprio mal! Alguns comparam a atitude de Jesus com a de Sócrates diante da morte. Enquanto Sócrates encarou a morte por envenenamento com serenidade, Jesus é tomado de pavor e angústia. Algumas observações: 1) Sócrates aguardava uma morte relativamente tranquila, sem muito sofrimento, enquanto Jesus sabia o suplício excruciante pelo qual passaria; 2) Para Sócrates a morte "é uma amiga", que promove a libertação do espírito da prisão do corpo. Para Jesus a morte não é uma amiga, mas um poder inimigo que deveria ser derrotado. No Getsêmani Jesus nos ensina que orar é mais uma atitude de buscar conhecer a vontade de Deus para se entregar à ela que tentar convencer a Deus a fazer a nossa vontade! 

Na sequencia Jesus é preso, quando Judas conduz os soldados do templo e identifica Jesus com um beijo. Diante do Sinédrio, do Tribunal judaico, Jesus é condenado por blasfêmia à pena de morte! Então Pedro nega a Jesus, conforme havia sido avisado. 

Jesus segue sozinho em direção à cruz! 


Você quer saber como foi a sexta feira de Jesus na Semana da Paixão? Clique no link abaixo e descubra!

http://marcio-marques.blogspot.com/2022/04/a-semana-da-paixao-de-cristo-no_15.html

quarta-feira, 13 de abril de 2022

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos – “Quarta - Preparação para o Sepultamento”


Na quarta, a oposição manifestada nas polêmicas da terça se transforma em plano para matar Jesus. Uma mulher, por outro lado, unge Jesus com um perfume muito valioso. Na quarta, os líderes judaicos e Judas, por um lado, e a mulher, por outro, fazem preparativos para o sepultamento!

 

TEXTO BÍBLICO: Marcos 14.1-11

 "Dois dias depois seria celebrada a Páscoa e a Festa dos Pães sem Fermento. Os principais sacerdotes e os escribas procuravam uma forma de prender Jesus, à traição, para matá-lo. Pois diziam: — Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo. Quando Jesus estava em Betânia, fazendo uma refeição na casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, trazendo um frasco feito de alabastro com um perfume muito valioso, de nardo puro; e, quebrando o frasco, derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. Alguns dos que estavam ali ficaram indignados e diziam entre si: — Para que este desperdício de perfume? Este perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentos denários, para ser dado aos pobres. E murmuravam contra ela. Mas Jesus disse: — Deixem a mulher em paz! Por que vocês a estão incomodando? Ela praticou uma boa ação para comigo. Porque os pobres estarão sempre com vocês, e, quando quiserem, podem fazer-lhes o bem, mas a mim vocês nem sempre terão. Ela fez o que pôde: ungiu o meu corpo antecipadamente para a sepultura. Em verdade lhes digo que, onde for pregado em todo o mundo o evangelho, também será contado o que ela fez, para memória dela. E Judas Iscariotes, um dos doze, foi falar com os principais sacerdotes, para lhes entregar Jesus. Eles, ouvindo isto, se alegraram e prometeram dar dinheiro a ele; nesse meio-tempo, Judas buscava uma boa ocasião para entregar Jesus". 

 

COMENTÁRIO

Na quarta, enquanto os principais sacerdotes e escribas conspiravam contra a vida de Jesus (14.1-2), ele é ungido por uma mulher em Betânia (14.3-9). No mesmo dia, Judas procura os principais sacerdotes para trair a Jesus (14.10-11). Aquilo que era apenas polêmica, oposição de ideias, se torna plano contra a vida, de onde menos esperaríamos: pessoas religiosas, que oram, vão ao templo e conhecem a Lei - além de Judas, um dos discípulos de Jesus. Os líderes religiosos e um dos discípulos fazem planos contra Jesus. Mas, por outro lado, uma mulher unge Jesus com um perfume caríssimo, o preparando para o sepultamento. A virtude veio de onde as pessoas menos esperavam. O curioso é que Judas e os líderes religiosos andaram de forma contrária à Jesus, enquanto a mulher agiu como Jesus agiria. Ela foi grata à Jesus, amou a Jesus, contemplou a Jesus, seguiu o seu exemplo, depositou nEle sua fé e esperança. Aquela mulher é o grande exemplo de discipulado no nosso texto.

Você é religioso, ora e lê a Bíblia? Ou é alguém que ninguém espera nada? Seja lá quem você for, seja grato a Jesus, olhe para Jesus, siga a Jesus! Na quarta, Jesus continua nos amando e caminhando para a Cruz!


Você quer saber como foi a quinta feira de Jesus na Semana da Paixão? Clique no link abaixo e descubra!

http://marcio-marques.blogspot.com/2022/04/a-semana-da-paixao-de-cristo-no_14.html

terça-feira, 12 de abril de 2022

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - "Terça de Polêmicas e Discurso Apocalíptico no Templo"

 

Após a ação simbólica do anúncio da destruição do Templo e de Jerusalém, Jesus entra em polêmicas contra vários partidos judaicos e faz o discurso apocalíptico. 


TEXTO BÍBLICO: Marcos 11.20-13.37
(O texto é longo - são praticamente 3 capítulos. Vamos deixar aqui apenas a referência)


COMENTÁRIO

Em Marcos 11.10-26 Jesus e os discípulos estão indo para o Templo. Em Marcos 11.27-13.37 Jesus está no Templo de Jerusalém, o mesmo templo que visitou no dia anterior, na segunda feira. No nosso bloco vemos que a palavra de Jesus contra a figueira se cumpriu (11.20-26), do mesmo modo que a destruição do Templo e da cidade de Jerusalém no ano 70 d.C. se cumpriria. Diante da atitude de Jesus no Templo, os diversos partidos judaicos (Fariseus, Saduceus, Herodianos, etc.) expressam a sua oposição a Jesus. 

Os líderes religiosos deveriam ser os primeiros a acolher o Messias, o enviado de Deus, mas eles se opõe a Deus e ao seu Reino ao se oporem à Jesus. O Messias tem autoridade sobre o templo (11.27-33), mas seria morto pelas autoridades religiosas ligadas ao Templo e à Lei (12.1-12), que tentam o apanhar na armadilha da polêmica sobre o imposto ao imperador, mas não conseguem: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (12.13-17). Jesus afirma a verdade da doutrina da ressurreição, que seria demonstrada por ele mesmo no domingo seguinte, após a sua morte na cruz (12.18-27), morte e ressurreição que são a maior manifestação do Grande Mandamento do amor a Deus e ao próximo da parte do próprio Jesus (12.28-34). De fato, o Messias é maior que o próprio Davi, apesar de ser seu descendente (12.35-37). Jesus é completamente diferente dos religiosos hipócritas que fazem da religião fonte de vanglória e enriquecimento ilícito e que, por isso, sofrerão juízo da parte de Deus (12.38-40). Jesus olha para a viúva pobre e afirma que a oferta da viúva é maior que a de todos os demais, pois ela ofereceu a Deus não aquilo que sobrava, mas tudo o que tinha, assim como o próprio Jesus. Ao mesmo tempo, em relação à viúva, Jesus destaca que o Templo deveria ser fonte de alívio para os pobres e necessitados e não de exploração religiosa!
No capítulo 13 Jesus traz um sermão profético sobre a destruição do Templo, a Grande Tribulação e os sinais da sua Vinda (13.1-31). A terça feira se encerra com a exortação à vigilância, pois ninguém sabe o Dia e a Hora (13.32-37). 

Na terça feira, vemos aqueles que deveriam ser os primeiros a receber o Messias com alegria se opondo à ele, fazendo oposição, agindo contra o seu Reino. Jesus nos chama à vigilância, à uma atitude de fé e arrependimento constantes. Que Deus tenha misericórdia de nós, para que não sejamos encontrados a mesma condição de opositores de Jesus Cristo e de seu Reino!


Você quer saber como foi a quarta feira de Jesus na Semana da Paixão? Clique no link abaixo e descubra!

segunda-feira, 11 de abril de 2022

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - "Segunda no Templo" (ou o Juízo de Jesus contra o Templo)


 Depois de saudado com entusiasmo pelas multidões ao entrar em Jerusalém, na segunda Jesus volta ao Templo, anunciando a sua destruição. 

TEXTO BÍBLICO: Marcos 11.12-19

"12 No dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. 13 E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, a não ser folhas, porque não era tempo de figos. 14 Então Jesus disse à figueira: - Nunca mais alguém coma dos seus frutos! E os discípulos de Jesus ouviram isto. 15 E foram para Jerusalém. Quando Jesus entrou no templo, começou a expulsar os que ali vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, 16 e não permitia que alguém atravessasse o templo carregando algum objeto. 17 Também os ensinava e dizia: - Não é isso que está escrito: 'A minha casa será chamada 'Casa de Oração' para todas as nações'? Mas vocês fizeram dela um covil de salteadores. 18 E os principais sacerdotes e escribas ouviram isso e procuravam uma maneira de matar Jesus, pois o temiam, porque toda a multidão se maravilhava de sua doutrina. 19 Em vindo a tarde, Jesus e os discípulos saíram da cidade".


COMENTÁRIO 

Na segunda feira Jesus volta ao templo de Jerusalém. Ele expulsou os que vendiam e compravam os animais para os sacrifícios e derrubou as mesas dos cambistas, os quais trocavam a moeda do império pela moeda do templo (e ambos lucravam com as atividades). Mas antes e depois disso há o episódio da figueira. Jesus encontra uma figueira e, não encontrando figos, a amaldiçoa e a figueira seca. Mas não era tempo de figos. O que Jesus faz é uma ação simbólica. Ação simbólica é quando um profeta anuncia uma mensagem através de gestos, símbolos e sinais. A figueira representa o Templo de Jerusalém. O Rei entra na cidade, o Senhor entra no Templo, mas não encontra fruto. Por isso a maldição da figueira é o anúncio da parte de Jesus da destruição do templo e da cidade de Jerusalém. O templo deveria ser Casa de Oração para todas as nações, mas Israel não foi fiel ao seu chamado de ser bênção a todas as famílias da terra e o seu templo se tornou lugar de exclusão de gentios, doentes e crianças. Ao invés de Boa Notícia às nações, o Templo havia se tornado uma expressão religiosa de exclusão das nações! Era um covil de salteadores, que abrigava tanto os que ganhavam dinheiro explorando a fé do povo quanto os falsos messias, revolucionários que participavam de movimentos armados e promoviam a violência e a morte em nome da religião. O Templo recebia bem os falsos messias, mas não recebeu bem o verdadeiro. Jesus faz mais que purificar o templo: ele anuncia o juízo de Deus sobre ele, a destruição do templo de Jerusalém (destruído no ano 70 d.C.). Jesus é o verdadeiro templo, o Verbo encarnado que faz a sua tenda (tabernáculo) entre nós e manifesta a sua glória (Jo 1.14; 2.19)!  Após a sua cruz e ressurreição Jesus envia o Seu Espírito para habitar em nós e nos torna o novo templo, a habitação de Deus no Espírito.

A figueira não tinha fruto. O templo e a cidade não tinham fruto. E nós, que fruto temos dado? 


Você quer saber como foi a terça feira de Jesus na Semana da Paixão? Clique no link abaixo e descubra!

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domingo, 10 de abril de 2022

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - "Domingo de Ramos" (ou entrada em Jerusalém)

Num domingo, Jesus entra em Jerusalém. Esta é a narrativa do Evangelho segundo Marcos:

TEXTO BÍBLICO: Marcos 11.1-11

"1   Quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos 2   e disse-lhes: - Vão até a aldeia que está diante de vocês e logo, ao entrar, encontrarão preso um jumentinho, o qual ainda ninguém montou; desprendam o jumentinho e tragam aqui.  3  Se alguém perguntar; 'Por que estão fazendo isso?', respondam: 'O Senhor precisa dele e logo o mandará de volta para cá'. 4   Então foram e acharam o jumentinho preso, junto ao portão, do lado de fora, na rua, e o desprenderam. 5  Alguns dos que ali estavam reclamaram: - O que estão fazendo, soltando o jumentinho? 6   Eles, porém, responderam conforme as instruções de Jesus. Então os deixaram ir. 7   Levaram o jumentinho a Jesus, puseram as suas capas sobre o animal, e Jesus montou nele. 8  Muitos estenderam as suas capas no caminho, e outros espalharam ramos que tinham cortado nos campos. 9   Tanto os que iam adiante dele como os que o seguiam clamavam: 'Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10  Bendito o Reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana nas maiores alturas!'  11   E Jesus entrou em Jerusalém, no templo. E, tendo observado tudo, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze".



COMENTÁRIO

O Filho de Deus veio ao mundo, veio ao nosso encontro, e se fez homem. Aos 30 anos é batizado por João Batista, se identificando com os pecadores, se identificando com a descendência de Adão (humanidade) e de Abraão (Israel). Enquanto é batizado por João Batista, o Pai testifica que Ele é o seu Servo, seu Filho Amado em quem tem o seu prazer, derramando sobre Ele do Espírito Santo. Na sua pregação, seu ensino, suas curas e milagres, Jesus demonstra que o Reino de Deus está chegando nEle. Jesus cura doentes, ressuscita mortos, transforma água em vinho, multiplica pães e peixes, expulsa demônios, acalma tempestades, é tentado mas não cai em tentação, ama e acolhe pecadores, perdoa pecados. Ele é aquele que o Pai enviou para restaurar todas as coisas, para trazer o Reinado de Deus sobre tudo, para acabar com os nossos exílios, para vencer todos os inimigos de Deus: a incredulidade, o pecado, a doença, os principados e potestades e a morte! 
Depois de cerca de três anos de ministério na Galileia, Jesus entra em Jerusalém, a cidade do Rei, a cidade do Templo! O templo é para os judeus o local de conexão entre o céu e a terra, a própria habitação do SENHOR, o lugar de presença, poder e perdão de Deus - especialmente naquela semana, onde seria celebrada a Páscoa, a festa que comemorava a ação poderosa e libertadora de Deus sobre os hebreus escravizados no Egito. Na Páscoa os judeus tinham renovada a sua esperança na ação de Deus, manifestando novamente a glória de Deus no templo, derrotando os inimigos, reinando através do Messias. 
Jesus entra em Jerusalém naquele domingo e é saudado como rei! Ora, reis entram montados na cidade e são saudados com capas e ramos pelo caminho! (Em 2Rs 9.13 o rei Jeú é saudado  como rei, com capas pelo caminho). As multidões clamavam: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10  Bendito o Reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana nas maiores alturas!". A palavra "Hosana" é um pedido de socorro e significa "salva-nos, te rogamos"! Jesus é aquele que vem em nome do Senhor, o filho de Davi, o Rei, que vem para nos salvar! Mas as multidões que saudaram Jesus com entusiasmo na entrada da cidade, na sexta vão pedir a sua crucificação. Muitos exaltam a  a Jesus no domingo e o negam no decorrer da semana!
Jesus entra no Templo naquele domingo. E voltará ao templo no dia seguinte!
A Semana da Paixão começou!

Você quer saber como foi a segunda feira de Jesus na Semana da Paixão? Clique no link abaixo e descubra! 

Você sabe como Jesus viveu cada dia da Semana da Paixão?

O Evangelho segundo Marcos destaca cada um dos 8 dias da Semana da Paixão de Cristo, ou seja, do domingo em que Jesus entra em Jerusalém, também conhecido como domingo de ramos, passando pela sexta-feira da crucificação e pelo sábado da morte, até chegarmos ao domingo de Páscoa, o domingo da ressurreição. As transições entre os dias são claramente percebidas no texto, com as seguintes expressões:

"como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze" (11.11);

"No dia seguinte..." (11.12)

"Em vindo a tarde, saíram da cidade" (11.19);

"E, passando eles pela manhã..." (11.20);

"Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos..." (14.1);

"E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos..." (14.12);

"Logo pela manhã..." (15.1);

"Passado o sábado..." (16.1).

Abaixo, vamos destacar cada um dos dias e os textos bíblicos correspondentes.


Domingo de Ramos

Texto correspondente: Marcos 11.1-11

Narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, enquanto muitos estendiam as suas vestes no caminho, e outros, ramos que haviam cortado dos campos.


Segunda - A Purificação do Templo (sem bons frutos)

Texto correspondente: Marcos 11.12-19

Jesus encontra uma linda figueira, porém sem fruto, e ordena que ela se seque - ação simbólica que aponta para a cidade/Templo sem fruto. Jesus entra no Templo, e encontra um fruto ruim: religiosidade hipócrita, mercantilização da fé e exclusão dos marginalizados (crianças, cegos e coxos).


Terça - Polêmicas e discurso apocalíptico

Texto correspondente: Marcos 11.20-13.37

Depois de explicar que o bom fruto é fé operosa (salvadora), oração que conduz à vontade do Pai e perdão que inclui e conecta as pessoas (11.20-26), Jesus entra em várias polêmicas contra os principais sacerdotes, escribas, fariseus e saduceus (11.27-12.40), afirma que a oferta da viúva é maior que as grandes ofertas (12.41-44) e faz um grande discurso escatológico - sobre o "fim dos tempos" - no qual exorta à vigilância (13.1-37).


Quarta - Conspiração, unção e traição

Texto correspondente: Marcos 14.1-11

Enquanto os principais sacerdotes e escribas conspiravam contra a vida de Jesus (14.1-2), ele é ungido por uma mulher em Betânia (14.3-9). No mesmo dia, Judas procura o principais sacerdotes para trair a Jesus (14.10-11).


Quinta - Celebração da Ceia, agonia do Getsêmani e prisão de Jesus

Texto correspondente: Marcos 14.12-72

É o dia da Instituição da Ceia do Senhor (14.12-31), da agonia no jardim do Getsêmani (14.32-42), da prisão e traição de Judas (14.43-52) e julgamento pelo Sinédrio (14.53-65) e a negação de Pedro (14.66-72).


Sexta-feira da Paixão - a morte na cruz do Calvário

Texto correspondente: Marcos 15.1-47)

Jesus é enviado pelo Sinédrio a Pilatos, que liberta Barrabás e condena a Jesus, segundo o apelo das massas (15.1-15), é escarnecido pelos soldados (15.16-20) - os quais obrigam a Simão Cireneu a carregar a cruz (15.21) - , é crucificado (15.21-32), morre na cruz (15.33-41) e é sepultado por José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, num túmulo que tinha sido aberto numa rocha (15.42-47).


Sábado da morte

Texto correspondente: Marcos 16.1a

Jesus toma sobre si a nossa morte!


Domingo de Páscoa - Dia da Vitória de Cristo sobre a morte!

Texto correspondente: Marcos 16.1b-8

Jesus vence a morte! As mulheres visitam a sepultura vazia (16.1b-8).

Jesus ressuscitou ao terceiro dia!


Após o domingo de Páscoa, o dia da Ressurreição, Jesus aparece à Maria Madalena, que anuncia a ressurreição aos discípulos (16.9-11), Jesus aparece a dois discípulos, que também anunciam a ressurreição aos demais (16.12-13) e aparece aos onze, comissionando-os para o anuncio do Evangelho (16.14-18). Então Jesus volta para o Pai (16.19-20), está reinando hoje, e voltará para destruir o mal que já derrotou na cruz e na ressurreição.


Aleluia!


Quer conhecer melhor como foi cada dia de Jesus na Semana da Paixão
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