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terça-feira, 27 de agosto de 2019

Oração Que Leva à Vontade de Deus (Uma Meditação a partir de Mt 26.36-46)

Em Mateus 26 Jesus está com os discípulos em Jerusalém, prestes a ser preso, condenado e crucificado. Jesus leva consigo três dos seus discípulos (Pedro, Tiago e João) para orar. A oração de Jesus no Getsêmani nos ensina muito sobre oração.
1) ORAÇÃO É COMUNHÃO QUE CONDUZ À MISSÃO. Jesus está no seu momento mais terrível. Ele sempre soube que sua Missão era o Evangelho: viver por nós, sofrer por nós, morrer por nós e ressuscitar para a nossa salvação. Mas, antes da ressurreição estava a cruz! Antes de começar o seu ministério, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo (Mt 4.1-11). O diabo oferece à Jesus glória sem cruz (vv. 8-9), mas Jesus recusa. Mas a hora da cruz havia chegado! E diante de tão grande sofrimento, Jesus busca a presença do Pai em oração. Orar não é falar com Deus; é conversar, é não apenas falar, mas ouvir a Sua Voz. Jesus ora em três momentos (vv. 39, 42 e 44). No v. 39 Jesus diz: “Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice! Contudo, não seja como eu quero, e sim como tu queres”. Jesus revela o seu desejo ao Pai, mas afirma que a sua vontade não é o seu próprio desejo, mas a vontade do Pai! E o v. 42 deixa claro que Jesus ouviu a voz do Pai: “Meu Pai, se não é possível que este cálice passe de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. Impressionante é que, no v. 44, ele repete as mesmas palavras do v. 42. Mas para que? Para expressar ao Pai seu amor e adoração, se entregando à vontade do Pai completamente! No jardim do Éden o primeiro casal não confiou em Deus num belo dia cheio de vida, e resolveu fazer a própria vontade. No Getsêmani, numa noite terrível de agonia e sofrimento, Jesus confiou completamente no Pai e se entregou à sua vontade. E a vontade do Pai, para a qual o Filho se entrega, é o Evangelho: a reconciliação da criação com o Seu Criador na Cruz e na Ressurreição do Filho de Deus!
2) ORAÇÃO É PESSOAL E COMUNITÁRIA. Jesus não ora ao Pai apenas sozinho, mas chama Pedro, Tiago e João, seus discípulos mais chegados, para orarem junto. Jesus nos ensina que a oração é tanto pessoal como comunitária. Quando Jesus, no Sermão do Monte, chama a atenção dos hipócritas sobre “orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças”, a crítica não era para a oração pública, mas para a oração que era feita “para serem vistos pelos homens” (Mt 6.5). A oração deve ter como alvo Deus e a Sua glória, e não ser glorificado pelos homens, não contar vantagem porque ora. A oração deve ser uma prática tanto pessoal quanto comunitária, pois nela o povo de Deus conhece melhor a Deus, conhece melhor a vontade de Deus e é movido pelo Espírito de Deus a se entregar à vontade de Deus. E a vontade de Deus é o Evangelho no qual os salvos são perdoados, aceitos e recebidos por Deus como seus filhos e filhas, por causa da cruz e da ressurreição de Jesus.
3) ORAÇÃO É VIGILÂNCIA. Jesus estava diante da sua maior provação. Mas Jesus vigiou em oração e não caiu em tentação. Pedro, Tiago e João não vigiaram, e caíram em tentação. Nos vv. 31-35 Pedro é avisado que iria trair a Jesus, mas Pedro não acredita em Jesus. Nos vv. 47-56 Jesus é preso, e “todos os discípulos o deixaram e fugiram”. Todos fracassaram. Mas Pedro, além de abandonar a Jesus, o negou (vv. 69-75). Sem comunhão com Deus em oração somos incapazes de ouvir a voz de Deus, de conhecer a vontade de Deus e de fazer a vontade de Deus.

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