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terça-feira, 21 de abril de 2015

Deus, Bíblia e Estado Laico: a ignorância está reinando no país!


INTRODUÇÃO
A ignorância, a insensatez e o preconceito estão reinando no nosso país!
Recentemente, uma Lei Municipal de Florianópolis e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que partiu do Rio Grande do Sul trouxeram polêmica sobre a relação entre Deus, a Bíblia e o Estado Laico.

1) LEI N. 9734, de 11/03/2015, da Câmara Municipal de Florianópolis. Abaixo, a transcrição da referida lei:
"Art. 1º Ficam as unidades escolares públicas e privadas de ensino fundamental e médio obrigadas a manter em suas bibliotecas Bíblias para consulta de seus alunos. Parágrafo único. Os exemplares deverão ficar em local de destaque, sendo disponibilizados na forma impressa, em braile e áudio. Art. 2º Durante a semana que antecede o Dia do Livro, será permitido a instituições que assim desejarem distribuir exemplares da Bíblia nos pátios da escola, desde que acordado previamente com a direção escolar. Art. 3º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação". 
Esta lei municipal foi considerada inconstitucional e suspensa, liminarmente, pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

COMENTÁRIO. A lei foi proposta pelo Vereador Jerônimo Alves (PRB), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).  Eu sou cristão, mas esta lei é um abuso, pelos seguintes motivos:
a) Político "cristão" - ou que se afirma cristão, apesar de não sê-lo - deveria buscar o bem de toda a sociedade, e não ficar procurando privilégios para "a categoria". Aliás, isso vale também para políticos ligados à este ou aquele setor da economia, sindicatos, regiões, filosofias, ideologias, etc. O alvo do Estado deveria ser, acima de tudo, o bem-estar do povo, e não instrumentalizar a máquina para fins ideológicos.
b) O Estado é laico, ou seja, não é controlado por nenhuma religião. Isso não significa, é claro, que o Estado laico seja anti-religioso ou ateu - o que seria um grande absurdo. O Estado laico é uma contribuição da Reforma Protestante, e visa garantir a liberdade de religião e de culto para todos, inclusive para aqueles que acreditam que não há Deus. Sendo assim, usar de sua influência política para criar uma lei que coloque a Bíblia "em local de destaque, sendo disponibilizados na forma impressa, em braile e áudio", em bibliotecas de escolas públicas e privadas, é um abuso.
c) Sobre a permissão para que escolas permitam a distribuição de Bíblias, não penso que haja necessidade de lei para isso, até porque o Estado Laico é o defensor da liberdade de religião e culto, de modo que a literatura religiosa possa ser distribuída fora da escola, sem problemas. Por outro lado, me preocupa a tendência em muitos lugares de repressão a entidades preocupadas em distribuir literatura religiosa nas ruas, inclusive fora de escolas - um atentado à liberdade de religião e culto.
d) Concordamos com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que suspendeu a lei liminarmente. Só não concordamos que o episódio seja utilizado indevidamente para privar os cidadãos da liberdade de religião e de culto, garantidos pela constituição, ou que a noção de "Estado Laico" seja exagerada e utilizada como instrumento de perseguição religiosa.

Agora, expressão igualmente grande de ignorância e intolerância seria a falta de Bíblia nas escolas, sejam estas escolas municipais, estaduais, municipais ou mesmo privadas, por um motivo óbvio: a cultura, a filosofia, as leis, a arte, enfim, toda forma de expressão humana está repleta de referências à Bíblia no ocidente - e não apenas no ocidente. Se você quer estudar a sério filosofia (Blaise Pascal, Kierkgaard, Agostinho, Tomás de Aquino, Leibniz, John Locke, etc.), precisa entender que a Bíblia está presente através de temas, citações, reminiscências, etc. Quer estudar música clássica? Pois para conhecer o pano de fundo das obras de Handel, Vivaldi, Bach, Chopin, Mozart, Beethoven, etc., você precisa conhecer a Bíblia. Quer estudar ciência? Pois muitos dos grandes cientistas da história não apenas criam em Deus e liam a Bíblia, como alguns escreveram tratados e apologias à fé cristã, tais como Blaise Pascal, Isaac Newton, Roger Bacon, Robert Boyle, Stephen Hales, John Mitchell,  George Mendel,  Francis Collins, etc. Você gosta de literatura, poesia e teatro? Pois as obras dos grandes poetas, compositores e escritores da história estão repletas de referências à Bíblia: Machado de Assis, Fiodor Dostoievski, Augusto dos Anjos; William Shakespeare, Vinícius de Moraes, John Milton, Olavo Bilac, Charles Dickens, Camões, Dante Alighieri, José Saramago, Oscar Wilde, Eça de Queirós, Thomas Mann, etc. A Bíblia não deve estar nas bibliotecas por força de uma lei tola. A Bíblia deve estar presente em todas as escolas por uma questão de bom senso, inteligência e lucidez, devido, ao menos, ao seu excelente valor literário, bem como à sua influência extraordinária em tudo o que nos cerca! Nenhuma pessoa, religiosa ou não, é verdadeiramente culta se não conhece a Bíblia!

Ou seja, político "cristão" abusar de sua posição para obrigar bibliotecas a colocar a Bíblia em destaque por força de lei é um verdadeiro abuso. Por outro lado, uma biblioteca sem ao menos alguns exemplares da Bíblia, diante da sua importância na literatura, filosofia e cultura, seria um verdadeiro atestado de estupidez!


2) PEC 12/2015, assinada por 172 deputados federais. Proposta: Que o parágrafo único do Art. 1o da Constituição Federal seja alterada da seguinte maneira:
Forma atual:
"Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".
Proposta:
"Todo o poder emana de Deus, que o exerce de forma direta e também por meio do povo e de seus representantes eleitos, nos termos desta Constituição".

COMENTÁRIO. Esta PEC foi "batizada" de "PEC dos Apóstolos". Digo novamente: políticos "cristãos" não deveriam abusar da sua posição para conceder privilégios aos cristãos, em detrimento dos demais. E isso vale para todos os demais. Para que alterar o texto da constituição? Se os deputados que assinaram esta PEC começassem a lutar contra a corrupção e contra o desperdício de recursos públicos (inclusive para os próprios gabinetes), já teriam honrado muito mais a Deus que esta manobra política tola, para atrair a opinião pública.

CONCLUSÃO
Os maiores inimigos da fé cristã são os maus cristãos, ou mesmo os falsos cristãos que querem atrair a atenção dos cristãos com propostas populistas ridículas. Vão se arrepender dos seus pecados (especialmente a corrupção e a manutenção de privilégios imorais) senhores vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais e senadores, e assim vão honrar muito mais a Deus!
Do mesmo modo, leis que obrigam que a Bíblia seja colocada em posição de destaque em bibliotecas é um verdadeiro abuso. Por outro lado, a ausência de Bíblias nas bibliotecas é um atestado de preconceito e ignorância!
Muita gente tem usado a expressão "Estado Laico" para justificar a ausência de símbolos religiosos em repartições públicas, escolas e universidades públicas. E isso é um absurdo! Estado Laico não é Estado Ateu ou Anti-religioso.
É sempre bom lembrar o que diz a própria constituição federal:
"VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei" (Constituição Federal, Art. 5º, incisos VI, VII e VIII). 

Que Deus tenha misericórdia de todos nós, religiosos, ateus e agnósticos!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Qual o grupo religioso mais perseguido no mundo de hoje?

"Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós" (Mateus 5.10-12)


Você sabia que os cristãos são o grupo religioso mais perseguido do mundo? Você sabia que hoje morrem mais cristãos fruto de perseguição religiosa que na época do Império Romano? Assista ao vídeo acima e confira!

A Marcha dos Mortos

"Aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas" (Colossenses 3.25).


Este é um vídeo da banda "Seminovos". Sempre atual.

"Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna" (Mateus 25.31-46).

Partidários do PMDB, PT, PSDB, DEM, PDT, PSOL, PETC: o pior inimigo do seu partido, do povo e do país é você, que acha que o demônio é o outro e não denuncia a injustiça do seu próprio grupo.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Criação (Gênesis 1.1-2.4a)


Introdução

Que tipo de texto (gênero literário) é Gênesis 1.1-2.4a? Trata-se de uma linda poesia, anunciando a bondade, o amor e a sabedoria do Criador!

A Bíblia chama o universo de criação, pois ele é obra do Deus Criador.  O primeiro verso da Bíblia fala do Deus Criador em sua obra de criação:
“No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). 
Ora, no seu primeiro verso a Bíblia afirma a fé no único Deus verdadeiro, Criador dos céus e da terra, e nega uma série de doutrinas :
a) Nega o ateísmo (crença de que "não há Deus"); b) Nega o agnosticismo (crença de que "não é possível saber se há ou não Deus"); c) Nega o politeísmo (crença de que há "vários deuses"); d) Nega o panteísmo (crença de que "tudo é deus" – confundindo Criador com criatura) e o henoteísmo (crença de que "há um deus principal que governa sobre outras divindades"); e) Nega o materialismo (crença na "eternidade do tempo e da matéria").

[CURIOSIDADE: Durante séculos, os filósofos em geral afirmaram a eternidade do tempo e da matéria, em contraste com a afirmação da Bíblia (e de alguns teologia/filósofos cristãos, como Agostinho de Hipona) segundo a qual o tempo e a matéria começaram a surgir num ponto específico, “no princípio”. Esta noção cristã foi confirmada pela Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, que afirma que tempo e espaço não apenas não são lineares, mas tiveram uma origem, naquilo que se convencionou chamar de “Big Bang”].


1) O Deus Criador é o Deus Triúno (Uno e Trino)

A Bíblia afirma que há apenas um Deus verdadeiro, criador dos céus e da terra. O Criador é o único Deus, mas subsiste em três pessoas: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. A Trindade já pode ser vista nos dois primeiros capítulos do livro de Gênesis: Deus, o Pai, cria todas as coisas através de do Filho, o Verbo (Palavra) de Deus, e dá a vida a todas as criaturas através do Espírito Santo. Compare Gn 1.1-5 a Jo 1.1-5!
“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia” (Gênesis 1.1-5).
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevalecem contra ela” (João 1.1-5).
O Deus único e verdadeiro, criador dos céus e da terra, é o Deus Triúno: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo. E Deus é por nós: Deus, o Pai, é Deus a nosso favor; Deus, o Filho, é Deus conosco ("Emanuel"); Deus, o Espírito Santo, é Deus em nós.
Como diria Agostinho de Hipona, Deus é amor, pois é o Amante (Pai), o Amado (Filho) e o Amor (Espírito). Não há na Trindade dominação, opressão, conflito. Deus é amor; é comunhão plena e perfeita!
Deus é pleno em si mesmo, mas é Amor; por isso, resolveu criar algo além de si mesmo, para amar! Deus criou o universo para amar!


2) A Criação e o Criador (vv. 1-31)

Gênesis 1.1-2.4a não tem por objetivo descrever “como” Deus criou, mas sim “por quê” e “para quê” (propósito) Deus criou.

Antes de criar o ser humano, Deus cria tudo aquilo que o homem precisa para viver. Mas o centro do relato da criação em Gn 1.1-2.4a não é o ser humano, mas o próprio Deus:

Dia
Obras da criação
Versos
Ligações
Luz
(v. 3)
(A) Deus
Firmamento
(vv. 4-8)
(B) Céu e Águas
Terra e mares
(vv. 9-10)
(C) Terra
Plantas
(vv. 11-13)
Luzeiro maior, 
luzeiro menor, 
estrelas

(vv. 14-19)

(A’) Deus
Aves e Peixes
(vv. 20-23)
(B’) Céu e Águas
Animais
(vv. 24-25)
(C) Terra
Ser Humano
(vv. 26-31)
Sábado
(2.1-4a)
(A’’) Deus

O  dia está ligado ao  dia, com o tema “Céu e Águas”: antes de criar as aves e os peixes (5º dia), é necessário criar o firmamento (2º  dia), separando as águas acima no céu das águas de baixo, ou seja, a habitação de cada grupo.
O dia está ligado ao  dia, com o tema “Terra”: antes de criar os animais e o ser humano, é necessário criar o seu habitat, ou seja, separar a terra seca repleta de plantas, de um lado, dos mares, de outro.
O dia, o  dia e o  dia estão ligados pelo mesmo tema: Deus. Este é o eixo mais importante, pois inclui o início, o fim e o meio da narrativa!
Ora, a luz do primeiro dia não vem do sol, da lua ou das estrelas, ou seja, não vem dos corpos celestes, criados apenas no 4º dia. A luz que ilumina a criação é a luz que emana do próprio Deus! (leia novamente, para ilustrar, Gn 1.1-5 juntamente com Jo 1.1-5!).
Além disso, o sol, a lua e as estrelas testemunham que há apenas um Deus! Os vizinhos de Israel, e inclusive os babilônios, adoravam o sol e a lua, considerando-os deuses. A palavra sol, em hebraico shemesh (שֶׁמֶשׁ ),  era o nome de um deus pagão. Ao chamar o “Sol” de “luzeiro maior” e a “Lua” de luzeiro menor, a Bíblia está evitando a identificação dos astros com divindades pagãs, pois está afirmando que não se tratam de deuses, mas de corpos celestes criados pelo único Deus Criador. Assim, a criação do Sol, da Lua e das estrelas é a afirmação de que os corpos celestes não são deuses, mas o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Só o SENHOR é Deus; o resto é ídolo! (cf. Dt 4.19)
Finalmente, o dia fala de Deus: É o Criador quem descansa no 7º Dia, e não o ser humano. Este eixo deixa claro que o centro da criação não é o ser humano, mas o Criador! Tudo pertence a Ele! Ora, “porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.36). É por isso que o Catecismo Maior de Westminster declara com toda a clareza:
“Pergunta 1. Qual é o fim supremo e principal do homem? Resposta: O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” .
O personagem central dos relatos da criação não é o ser humano criado, mas o Deus Criador!
Muita gente procura encontrar em Gênesis 1.1-2.4a uma descrição científica da origem do universo. Acredito que o propósito do relato não seja dizer “COMO” o universo foi criado, mas sim “POR QUEM” e “PARA QUÊ”. Ou seja, a questão não é “como” Deus criou. Foram em 7 dias? Mas como, se o que define a duração de um dia é o movimento de rotação da terra em relação ao próprio eixo, em relação ao sol (que só foi criado no dia?). Além disso, algumas sequencias do primeiro relato da criação não entram em acordo como segundo relato da criação em Gn 2.4ss. Por exemplo: enquanto no primeiro relato as plantas foram criadas antes do ser humano, no segundo relato o ser humano foi criado antes das plantas (Gn 2.4-9)! Enquanto o primeiro relato não faz distinção entre a sequência da criação do macho e da fêmea (Gn 1.26-27), o segundo relato narra a criação do macho antes da fêmea (Gn 2.7-25)! Enquanto no primeiro relato tudo é criado pela Palavra de Deus, inclusive o ser humano (Gn 1.26-27), no segundo relato o macho é formado a partir do barro e do sopro de Deus (Gn 2.5-7), enquanto a mulher é formada a partir da costela do macho (Gn 2.21-22)! A própria Bíblia deixa claro que a pergunta "Como Deus criou?" não é tão importante para a fé, mas sim "Quem criou" e "Para quê criou".

Deus é único, mas plural; por isso, quando cria o ser humano à sua imagem e semelhança, o cria plural, macho e fêmea (Gn 1.26-27). Tanto o homem quanto a mulher são imagem e semelhança de Deus! Assim como as três pessoas da Trindade são o único Deus, o macho e a fêmea também se tornam uma só carne, pelo matrimônio.
O SENHOR Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gn 2.18). Mas por que não convém que o homem esteja só? Porque Deus é amor, e criou o ser humano à sua imagem e semelhança. A antropologia afirma que o ser humano é, por natureza, duas coisas: social e religioso. Mas por que? Porque fomos criados para o outro, para relacionamentos plenos de amor e respeito, para a comunhão com Deus, com o próximo, consigo mesmo e, inclusive, com o restante da criação de Deus. Deus é amor, e o seu primeiro projeto para a humanidade é o matrimônio, a comunhão da família em comunhão com o Criador!

A pergunta "como Deus criou o universo?" é tema da ciência. A perguntas "Por quê" e "Para quê" Deus criou o universo são temas da fé cristã. Neste sentido, não há conflito necessário entre a fé e os desenvolvimentos da ciência, como é demonstrado no fato de que grandes cientistas da história eram cristãos (Roger Bacon, Nicolau Copérnico, Blaise Pascal, Robert Boyle, Isaac Newton, Stephen Hales, John Mitchell, Francis Collins, etc.)

3) O Ser Humano: imagem e semelhança do Criador (vv. 26-30)

Deus cria o ser humano à sua imagem e semelhança:
"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra" (Gn 1.26-28).

Algumas pessoas afirmam que o problema ecológico é fruto do livro de Gênesis, pois Deus deu ao ser humano "domínio" sobre todos os animais. Na verdade, essa interpretação não corresponde ao texto bíblico. O SENHOR é bom, justo e criou todas as coisas com amor e sabedoria. Do mesmo modo, ao criar o ser humano, Ele o estabelece como sua imagem e semelhança, ou seja, como seu representante na criação, para expressar o seu amor, sua sabedoria e sua bondade. Isto fica claro também em Gênesis 2.15: "Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar". "Cultivar" é desfrutar; "Guardar" é proteger, preservar. Deus não coloca o ser humano para destruir a criação, mas para cuidar dela!
Se é assim, por que o ser humano nem sempre preserva, mas destrói? Porque Deus é livre, e criou o ser humano livre para tomar decisões, para escolher entre o bem e o mal. Deus é bom, ordena o que é bom, mas não obriga o ser humano a ser bom, pois o criou com responsabilidade. E a verdadeira liberdade só é plena com verdadeira responsabilidade. Além disso, o "domínio" do ser humano está ligado à imagem e semelhança de Deus, de modo que Deus coloca o ser humano para exercer o domínio de "imagem e semelhança de Deus" sobre a criação. A bondade, a justiça e o amor de Deus devem ser refletidos na vida humana na criação.

Quando Deus cria o ser humano à sua imagem e semelhança (Gn 1.27), Ele não cria apenas o macho, mas também a fêmea à sua imagem e semelhança. Deus está acima das relações de gênero. Além disso, a pluralidade na trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é expressa na pluralidade dos gêneros masculino e feminino. O homem e a mulher são, igualmente, imagem e semelhança de Deus.

Conclusão
A criação só encontra sentido, luz, no Criador. Ele nos cria à sua imagem e semelhança para relacionamentos livres e saudáveis, bem como para expressar seu amor e justiça na criação. A criação glorifica o Criador, o único Deus verdadeiro. Ele é o centro de todas as coisas; não o ser humano! Nós, seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, somos chamados à um relacionamento de vida com Deus, com o próximo, consigo mesmos e com o restante da criação de Deus. A Deus toda a glória!

domingo, 12 de abril de 2015

Somos mais que vencedores no Amor

Título: Somos mais que vencedores no Amor
Texto: Romanos 8.26-39
Tema: A vitória do amor de Deus no matrimônio
Tese: Deus é amor: É Deus por nós (Pai), Deus conosco (Filho) e Deus em nós (Espírito Santo); por isso, nossa suficiência está nEle, e somos mais que vencedores pela sua graça, em toda e qualquer situação.

Introdução
O Danilo e a Thaynara me pediram para trazer uma meditação a partir de Romanos 8.26-39 na cerimônia do seu casamento. Resolvi trazer o esboço da meditação (pois ao vivo, eu nunca consigo seguir o roteiro à risca). Assim, o texto bíblico acima foi lido na perspectiva da vitória do amor de Deus sobre as lutas, no contexto do matrimônio, parte importantíssima da totalidade da nossa vida.

1) Deus é por nós (vv. 31-32)
O Deus único e verdadeiro, criador dos céus e da terra, é o Deus Triúno: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo. E Deus é por nós:
Deus, o Pai, é Deus a nosso favor;
Deus, o Filho, é Deus conosco ("Emanuel");
Deus, o Espírito Santo, é Deus em nós.
Como diria Agostinho de Hipona, Deus é amor, pois é o Amante (Pai), o Amado (Filho) e o Amor (Espírito). Deus é comunhão plena e perfeita. Não há na Trindade briga, mágoa, desentendimento. Deus é amor. Deus é por nós. Deus é comunhão plena e perfeita.

Por ser único, mas plural, Deus nos cria à nossa imagem e semelhança. A pluralidade na Trindade é manifesta na criação do ser humano: Deus cria macho e fêmea à sua imagem e semelhança. E, assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só e o mesmo Deus, seu primeiro projeto para o ser humano é a família, na qual o homem e a mulher se tornam uma só carne.

O SENHOR Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gênesis 2.18). Mas por que não convém que o homem esteja só? Porque Deus é amor, e criou o ser humano à sua imagem e semelhança. A antropologia afirma que o ser humano é, por natureza, duas coisas: social e religioso. Mas por que? Porque fomos criados para o outro, para relacionamentos plenos de amor e respeito, para a comunhão com Deus, com o próximo, consigo mesmo e inclusive com o restante da criação de Deus. Deus é amor, e o seu primeiro projeto para a humanidade é o matrimônio, a comunhão da família em comunhão com o Criador!

Mas o ser humano escolheu dar ouvidos à outras vozes, ao invés de ouvir a voz amorosa e maternal de Deus. O pecado gerou uma crise profunda em todas as esferas de relacionamento humanos: na relação com Deus (teológica), na relação com o próximo (sociológica), na comunhão consigo mesmo (psicológica), na comunhão com o restante da criação (ecológica). Mas como viver o projeto de Deus na família depois das crises que criamos, em razão dos nossos pecados?


2) Jesus Cristo é a nossa suficiência (vv. 33-36)

Deus está a nosso favor, conosco e em nós. NEle temos tudo o que precisamos para uma vida plena e feliz!

Jesus assumiu as nossas crises, fraquezas e pecados, e se entregou por nós na cruz, por amor. Mas Ele venceu, ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia, e a morte já não tem domínio sobre Ele. Tendo vencido, assentou-se à direita do Pai, e Reina Hoje! Ao lado do Pai, o Filho intercede por nós, juntamente com o Espírito Santo (Rm 8.26,34)!

Tudo o que precisamos, encontramos em Cristo. Nós amamos porque Ele nos amou primeiro. Ele perdoou a nossa dívida impagável de pecados, e nos ofereceu perdão. Em Cristo encontramos graça para o perdão dos nossos pecados, bem como para perdoar o próximo; e, todos perdoados, somos reconciliados com Deus. Tendo ressuscitado, Jesus enviou aos nossos corações o Espírito, no qual somos feitos filhos de Deus, no qual somos transformados de glória em glória. Em Cristo, encontramos tudo o que precisamos para uma vida feliz e realizada em família! Em Cristo, nem "tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada" podem nos separar do seu amor! A nossa suficiência está em Cristo: no seu amor, perdão e poder para uma nova vida no Espírito.


3) Somos mais que vencedores em Cristo (v. 37-39)

Nenhuma crise pode nos separar do amor de Deus. Somos mais que vencedores em Cristo, pois Ele já venceu, e a nossa vitória é dEle!

Há campeonatos que são disputados por pontos. Às vezes, ainda há várias partidas ou corridas pela frente, mas o vencedor já é conhecido por antecipação, pois as suas conquistas já lhe garantiram a vitória. Mesmo que o pior aconteça, nada vai mudar o fato de que o vencedor já está definido. Jesus Cristo, na cruz e na ressurreição, já conquistou a vitória. Há muitas partidas ainda na história, mas independente do que aconteça nestas partidas, Jesus Cristo já venceu o mundo, a carne e o diabo; já venceu o pecado, a doença e a morte, triunfando sobre todos eles ao terceiro dia, quando ressuscitou dentre os mortos, para uma vida plena e perfeita, na qual a morte, o último inimigo a ser destruído, já foi derrotada. E do mesmo modo que, numa partida de futebol, quem vence não é apenas o jogador que fez o gol da vitória, mas todo o time, somos mais que vencedores em Cristo, que já venceu. Em Cristo temos acesso a tudo o que precisamos para viver uma vida plena e feliz, pela sua graça. Em Cristo, somos conduzidos à restauração do primeiro grande projeto de Deus para a humanidade: a família restaurada pelo poder e a graça de Deus, firmada não na palavra da serpente, mas na Palavra de Deus.

"Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher" (1Co 7.10-11).


CONCLUSÃO
Deus é Amor: o Amado, o Amante e o Amor. Deus é comunhão plena e perfeita consigo mesmo, mas resolveu nos criar à sua imagem e semelhança para participarmos de seu amor e comunhão. A família é o primeiro projeto de Deus ao ser humano. O pecado nos trouxe muitas crises, mas Jesus Cristo veio para nos reconciliar com Deus, conosco mesmos, com o próximo e com o restante da criação de Deus. Tudo o que precisamos para que o projeto de Deus de amor e comunhão na família seja realizado, encontramos em Cristo, na nova vida no Espírito, guiados não por outras vozes, mas pela Palavra de Deus.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ressurreição ou Reencarnação?

INTRODUÇÃO

Há conciliação possível entre fé cristã e reencarnação? A resposta é muito clara e muito simples: NÃO! Mas por que não? Vamos entender?

A tensão entre a Fé Cristã e a doutrina da Reencarnação está ligada à uma doutrina cristã fundamental: a Ressurreição.

A essência do Evangelho, ou seja, a essência da doutrina cristã, é a ressurreição de Cristo, o que fica muito claro em 1Coríntios 15.1-5, onde o Apóstolo Paulo define com muita clareza o que é o Evangelho:
"Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e RESSUSCITOU ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze" (1Coríntios 15.1-5 - destaques acrescentados).
Ou seja, qual é a mensagem do Evangelho? As Boas Novas da Salvação em Jesus Cristo: Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa salvação! Vamos entender estas afirmações com mais detalhes...


1) QUATRO CONCEITOS IMPORTANTES

Há quatro conceitos que precisam ficar bem claros: ENCARNAÇÃO, RESSUSCITAÇÃO, RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO.

Segundo a Bíblia, a ENCARNAÇÃO ocorreu apenas uma vez, apenas com uma pessoa, ou seja, apenas com o Filho de Deus. Encarnação é o nome que se dá ao evento em que o Filho de Deus deixa a sua glória, vem ao mundo, e se faz carne (gente), por obra do Espírito Santo, nascendo da virgem chamada Maria (Lucas 1.26-38; João 1.1-14).

RESSUSCITAÇÃO é algo que acontece com alguns personagens da Bíblia, como, por exemplo, com Lázaro, irmão de Marta e Maria. Lázaro morreu, mas Jesus fez com que ele voltasse à vida. No entanto, esta ainda não é a vida eterna, pois Lázaro morre novamente. Ressuscitação é uma volta à esta mesma vida, ainda sujeita à morte (1Reis 17.17-24; Marcos 5.35-43; João 11.38-45).

RESSURREIÇÃO é a vitória definitiva de Jesus Cristo sobre a morte. Jesus morre na cruz do Calvário numa sexta feira, permanece morto no sábado, mas ressuscita ao terceiro dia, num domingo. Há uma diferença muito grande entre RESSUSCITAÇÃO e RESSURREIÇÃO. Lázaro passou por uma ressuscitação, mas morreu novamente. Jesus Cristo passou pela ressurreição, e a morte não tem mais domínio sobre Ele. Até o momento, o único que passou pela RESSURREIÇÃO é Cristo (Mateus 28.1-10; Atos 1.1-3; 1Co 15.3-4). Um dia, os mortos em Cristo vão passar pela RESSURREIÇÃO e, naquele dia, viveremos eternamente, pois a morte não terá mais domínio sobre nós (1Co 15.20-28).
Outra questão fundamental sobre a RESSURREIÇÃO é que ela está necessariamente ligada ao corpo físico, que será, na volta do Senhor, transformado em corpo glorificado:
"Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual TRANSFORMARÁ o nosso CORPO DE HUMILHAÇÃO, para ser igual ao CORPO DA SUA GLÓRIA, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas" (Filipenses 3.20-21 - destaque acrescentado).
"Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo" (Romanos 8.22-23 - destaque acrescentado).

Esta relação entre RESSURREIÇÃO e corpo físico fica clara nos Evangelhos. Ao ressurgir, Jesus não se manifesta como uma "alma penada", ou seja, como um espírito sem corpo, mas a sua ressurreição inclui o corpo; por isso o túmulo estava vazio (Marcos 16.1-8); por isso, Jesus come e bebe com os seus discípulos após a ressurreição (Lucas 24.36-43). É por isso que o Credo Apostólico afirma com clareza: "Creio na ressurreição do corpo"(1).
Você pode visitar o túmulo de qualquer fundador de religião, e lá vai encontrar onde estão seus restos mortais. No entanto, no túmulo de Jesus você não vai encontrar corpo algum, pois Ele não está entre os mortos; Ele Vive! Além disso, Jesus Cristo não veio fundar religião, mas trazer o Reino de Deus.

REENCARNAÇÃO. Allan Kardec, em seu livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", define REENCARNAÇÃO da seguinte maneira:
"A reencarnação é o retorno da alma, ou Espírito, à vida corporal, mas em um outro corpo novamente formado para ela, e que nada tem de comum com o antigo" (2).
Kardec afirma que "a reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição" (3), o que é um grande engano. Enquanto a doutrina bíblica da RESSURREIÇÃO, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, pressupõe o corpo físico, a doutrina da REENCARNAÇÃO despreza o corpo da suposta encarnação passada.
Fica evidente que a REENCARNAÇÃO é uma doutrina completamente estranha à fé cristã. Ora, a Escritura Sagrada afirma com clareza:
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação" (Hebreus 9.27-28 - grifo acrescentado). 


2) BREVE PANORAMA DA DOUTRINA BÍBLICA

Deus criou tudo muito bom (Gn 1.31), inclusive o ser humano, macho e fêmea, criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26-27). O ser humano tinha um relacionamento perfeito com Deus, com o próximo, consigo mesmo e com a criação de Deus, tendo inclusive dado nome a todos os animais.
Deus sempre pautou o seu relacionamento com o ser humano na dinâmica da LIBERDADE com RESPONSABILIDADE:
"E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2.16-17). 

Mas o ser humano não deu ouvidos à Palavra de Deus, que o chamava para uma vida de liberdade e responsabilidade, e resolveu dar ouvidos à outra voz, à voz da serpente:

"Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu" (Gênesis 3.1-6 - destaque acrescentado).
O pecado trouxe uma crise profunda ao ser humano, pois todas as suas relações foram afetadas: a relação com Deus (crise teológica), a relação com o próximo (crise sociológica), a relação consigo mesmo (crise psicológica) e a relação com a criação de Deus (crise ecológica). A partir de então, as relações humanas estão afetadas pelo pecado e, por extensão, pelo seu coroamento, a morte. Segundo a fé cristã, a morte não é uma amiga, mas uma inimiga:
"O último inimigo a ser destruído é a morte" (1Coríntios 15.26).
O que a Bíblia ensina nos três primeiros capítulos do Gênesis é que Deus é o Criador dos céus e da terra, um Deus de amor que cria tudo aquilo que é necessário para que o ser humano viva e tenha uma vida feliz. No entanto, a Palavra de Deus foi desprezada pelo ser humano, e o pecado trouxe a humanidade à uma situação de crise em todas as suas relações, e o pecado trouxe a morte. Nada que o ser humano possa fazer pode reparar o mal que ele mesmo fez, ao se rebelar contra a Palavra amorosa de Deus. Ora,
"Todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23).
Mas como superar a alienação, a crise profunda em todas as esferas de relacionamento humano e, enfim, como superar o pecado e a morte? Como alcançar redenção? O potencial humano é muito grande, pois fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Os seres humanos tem capacidades que sequer conhece ainda. No entanto, todas as suas forças e capacidades não podem reparar o mal que foi feito. Deus nos criou para o bem e as boas obras. Quando fazemos o bem, não estamos fazendo mais que a nossa obrigação, pois somos criados à imagem e semelhança de um Deus bom e amoroso. Mas quando fazemos o mal, estamos em dívida, uma dívida que não pode ser paga com boas obras. Sendo assim, toda a humanidade estava debaixo do juízo de Deus. Mas como superar este juízo, como superar a crise em todas as esferas de relacionamento? Como viver uma vida plena?

A resposta cristã é a Ressurreição de Cristo. Deus fez por nós aquilo que nós não poderíamos fazer. Nossos pecados são uma dívida impagável. As outras pessoas não podem nos ajudar, pois estão na mesma condição, e uma pessoa sem dinheiro e com dívida não pode socorrer outra sem dinheiro e com dívida. Assim, Deus fez por nós o que nós não poderíamos fazer por nós mesmos: Deus enviou o Seu Único Filho ao mundo, para nos trazer salvação. O Filho, por meio de quem tudo o que existe foi criado, deixou a sua glória, veio ao mundo, e se fez homem, através da ação do Espírito Santo numa virgem chamada Maria. O Filho de Deus se fez carne, e recebeu o nome de Jesus. Jesus de Nazaré foi o único homem que foi tentado em todas as coisas, mas sem pecado:
"Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hebreus 4.15).
O Filho de Deus se fez gente (Jo 1.14), assumiu toda a miséria e fraqueza humana, e depois de viver uma vida sem pecado (Hb 4.15), a si mesmo se entregou por nós (Gálatas 1.4), morrendo pelos nossos pecados na cruz do Calvário, para trazer perdão para os nossos pecados. Mas Jesus não permaneceu morto, pois ao terceiro dia, num domingo, Ele ressuscitou dentre os mortos, vencendo o pecado e a morte. Ao vencer o pecado e a morte, Jesus Cristo envia aos nossos corações o Espírito Santo, que nos restaura e transforma para uma nova vida. A vida no Espírito é uma vida de constante arrependimento do mal, de renovação da mente e de manifestação do poder de Deus, que nos transforma de glória em glória. O Espírito Santo é o sinal e selo da nossa salvação, é a garantia de que, após a morte, vamos ressuscitar à semelhança de Cristo, e viveremos para sempre na presença gloriosa de Deus.

Portanto, a salvação e o desenvolvimento espiritual, na mensagem cristã, estão ligados à cruz e à ressurreição de Cristo, numa vida nova, vivida no Espírito. A ideia de que o desenvolvimento humano se dá através de sucessivas reencarnações é completamente estranha à mensagem do Evangelho. Isso fica claro em Hebreus, em que se afirma com toda a clareza:
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação (Hebreus 9.27-28 - destaques acrescentados).

3) TEXTOS BÍBLICOS USADOS NA POLÊMICA

Algumas pessoas que acreditam na doutrina da reencarnação querem fundamentar suas convicções nas Sagradas Escrituras. Alguns dos textos bíblicos mais utilizados (incorretamente) são os seguintes:  Mateus 11.12-15; 16.13-17; 17.10-13; Marcos 6.14-15; Lucas 9.7-9; João 3.1-12. Vamos, a seguir, apresentar brevemente estes textos da Bíblia e verificar se eles dizem respeito à fundamentação da doutrina da reencarnação.

a) Mateus 16.13-17:
"Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?  Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus".
Jesus pergunta para seus discípulos quem o povo afirma ser o Filho do Homem, e a resposta é clara: "Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas". Mas era essa a opinião de Jesus e dos seus discípulos? Não! Jesus pergunta novamente: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?". Então, Pedro responde: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Ou seja, Jesus não era nem João Batista, nem Elias, nem Jeremias ou algum dos profetas. Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo! Assim, este texto bíblico fundamenta a doutrina da ENCARNAÇÃO, e de modo algum a doutrina da reencarnação.
Mateus 16.13-17 não oferece fundamento algum à doutrina da reencarnação. Vamos dar um exemplo. Alguém diz: "O João acredita que Jesus é João Batista, mas eu afirmo que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo". Acaso a afirmação é favorável à doutrina da reencarnação? Pois é exatamente o caso de Mateus 16.13-17. Além disso, mesmo neste caso, a identidade de Jesus com Elias por parte de alguns do povo não tem relação com reencarnação, pois Elias não morreu, mas foi arrebatado (2Rs 2.1-12). Além disso, o fato de a multidão identificar Jesus com Jeremias ou algum dos profetas ou mesmo com João Batista não impõe a ideia de reencarnação (veja abaixo comentário sobre Marcos 6.14-16), pois no judaísmo de então os fariseus formavam um grupo de grande importância sobre o povo, e eles criam na ressurreição (Atos 23.8).

b) Mateus 17.10-13.
"Mas os discípulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles. Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista".
Novamente, este é um texto que só pode ser utilizado para fundamentar a doutrina da reencarnação se você violar todas as regras de interpretação. Os discípulos perguntam por que os escribas afirmam ser necessário que Elias venha primeiro. Jesus afirma que Elias já veio, que foi morto, e que Ele mesmo também iria morrer nas mãos dos homens. Quando Jesus afirma que Elias já veio, os discípulos entenderam que Jesus estava se referindo à João Batista. Mas este texto está mesmo falando de reencarnação? Não! Vejamos.
Se este texto for lido isolado, é possível tentar fundamentar a doutrina da reencarnação, pois, afinal de contas, se Elias deveria vir primeiro e se Elias é João Batista, então o texto parece fazer referência à reencarnação. Mas não é o caso. Em primeiro lugar, não podemos isolar o texto do contexto. Por exemplo, alguém pode dizer: "Eu não gosto de mosquito. Eu mato qualquer um que aparecer". Se você citar a fala sem a primeira parte, o texto fica assim: "Eu mato qualquer um que aparecer". Ora, então o locutor era um assassino de pessoas? Não! A frase foi retirada do contexto! É o que acontece com Mateus 17.10-13: Ele deve ser lido com Mateus 17.1-9:
"Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais! Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus. E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos".
Viu como ficou claro? Como você pode afirmar que o João Batista é a reencarnação de Elias, se o próprio Elias aparece no monte, diante de Jesus, Tiago, Pedro e João? A esta altura do Evangelho segundo Mateus, João Batista já havia morrido e, se ele fosse a reencarnação de Elias, quem apareceria no monte não seria Elias, mas o próprio João Batista.
Além disso, a Bíblia afirma que Elias não morreu, mas que foi elevado ao céu sem passar pela morte e, portanto, não pode reencarnar sem morrer! (2Reis 2.1-12).
Outra coisa, a pergunta dos discípulos ("Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?") é uma referência à um texto do profeta Malaquias, que diz:
"Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição" (Malaquias 4.5-6).
O texto de Malaquias afirmou que o profeta Elias viria. Em Mateus 17.1-9 Elias aparece no monte, juntamente com Moisés, diante de Jesus e 3 de seus discípulos. João Batista já havia morrido e Elias ainda não morreu. Onde estaria mesmo o fundamento para a doutrina da reencarnação neste texto bíblico?

c) Marcos 6.14-16.
"Chegou isto aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus já se tornara notório; e alguns diziam: João Batista ressuscitou dentre os mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. Outros diziam: É Elias; ainda outros: É profeta como um dos profetas. Herodes, porém, ouvindo isto, disse: É João, a quem eu mandei decapitar, que ressurgiu".
Ora, o próprio texto bíblico fala claramente de ressuscitação ou de ressurreição, mas não de reencarnação!

d) Lucas 9.7-9.
"Ora, o tetrarca Herodes soube de tudo o que se passava e ficou perplexo, porque alguns diziam: João ressuscitou dentre os mortos;  outros: Elias apareceu; e outros: Ressurgiu um dos antigos profetas.  Herodes, porém, disse: Eu mandei decapitar a João; quem é, pois, este a respeito do qual tenho ouvido tais coisas? E se esforçava por vê-lo".
Novamente, o texto não fala em hipótese alguma de reencarnação. Veja só:
- "alguns diziam: João ressuscitou dentre os mortos" - ou seja, referência à ressuscitação ou ressurreição.
- "outros: Elias apareceu" - ou seja, uma vez que Elias não morreu, não tem relação alguma com reencarnação.
- "e outros: Ressurgiu um dos antigos profetas" - novamente, referência à ressuscitação ou ressurreição.

e) João 3.1-12.
"Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus: Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho. Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?
A grande questão aqui é a expressão "nascer de novo". Mas, afinal, o que significa "nascer de novo"?A expressão "nascer de novo" não significa "reencarnar", pois Jesus mesmo explica o sentido: "Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo" (vv. 5-7). A expressão "nascer de novo", tão comum no Evangelho segundo João e nas cartas de João, corresponde à expressão "nova criatura" presente nas cartas de Paulo, e faz referência à nova vida no Espírito de Cristo, que tem início quando cremos em Cristo e somos batizados. Além disso, a expressão "o que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito" é iluminada, por exemplo, na leitura de Gálatas 5.16-26, onde "carne" e "Espírito" apontam para dois tipos de vida: uma vida vivida segundo padrões terrenos e carnais de pecado, injustiça e opressão, por um lado, e a nova vida no poder do Espírito de Cristo, livre, justificada e libertadora, por outro lado. Nascer da água e do Espírito não é referência à reencarnação, mas sim à nova vida debaixo da graça de Deus, vivida no Espírito de Deus. Ora,

"Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna" (Tito 3.4-7).

Portanto, nenhum dos textos bíblicos tradicionalmente citados por adeptos da doutrina da reencarnação fundamentam esta doutrina. Quem acredita nesta doutrina deve recorrer a outros textos, mas não à Bíblia, que jamais dá suporte para a doutrina da reencarnação.



CONCLUSÃO
 Nosso intuito neste post não é criticar as pessoas que acreditam na doutrina da reencarnação, mas simplesmente apresentar os motivos pelos quais esta doutrina não é compatível com a fé cristãtal como apresentadas nas Sagradas Escrituras. A fé cristã fala claramente em encarnação (o Filho de Deus se faz carne, assumindo a nossa humanidade), ressuscitação (um morto volta à vida) e ressurreição (Jesus Cristo vence a morte e a supera para sempre, e um dia trará esta ressurreição à todo o povo de Deus). No entanto, a Bíblia não fala em momento algum de reencarnação.

Encerramos com as palavras do Apóstolo Paulo:

"Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos (1Coríntios 15.20-28).

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Notas
(1) H. BETTENSON. "O Credo dos Apóstolos". In: Documentos da Igreja Cristã. São Paulo: Aste/Simpósio, 1998, p. 61.
(2) Allan KARDEC. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Catanduva: Boa Nova, 2004, p. 60.
(3) Allan KARDEC. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Catanduva: Boa Nova, 2004, p. 60.
Todas as citações bíblicas, retiradas de:
A Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
Fontes da imagem:
a) Traduzida para o português: http://ocatequista.com.br/wp-content/uploads/2013/11/steve_jobs_2.jpg
b) Original em inglês: http://gocomics.typepad.com/.a/6a00d8341c5f3053ef01a73d78da55970d-pi

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