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terça-feira, 9 de julho de 2019

A Contribuição como Expressão da Graça Generosa de Deus (uma meditação a partir de 2Co 8.1-15)



O que a Nova Aliança em Cristo tem a dizer sobre dízimos e ofertas? Em 2Co 8.1-15, Paulo apresenta a doutrina da contribuição segundo o Evangelho. Nos vv. 1-7, Paulo fala da generosidade dos macedônios , que, apesar de sua pobreza, ofertaram generosamente para socorrer a igreja irmã da Judeia, até mesmo “acima das suas posses”. No nosso texto, Paulo incentiva os coríntios a contribuir também. Mas é muito interessante perceber os argumentos que Paulo utiliza para que os coríntios contribuam.

1) CONTRIBUIR NÃO POR LEGALISMO, CHANTAGEM EMOCIONAL OU SUBORNO RELIGIOSO (v. 8a). “Não vos falo na forma de mandamento”. Os fariseus eram religiosos. Eles davam o dízimo até da horta! (Mt 23.23). Mas Jesus os chama de hipócritas, de atores. Religiosos que buscam na lei a sua salvação não entenderam a graça de Deus. Os fariseus entregavam o dízimo de tudo, mas negligenciavam a justiça, a misericórdia e a fé. Paulo não trata da contribuição como lei, nem como chantagem emocional. Ele não diz: “pensem nas criancinhas, nos velhinhos, nos famintos, que estão sofrendo tanto...”. Paulo também não faz “suborno religioso”, dizendo: “dá dez que Deus dá cem, dá cem que Deus dá mil”. Paulo não usa de chantagem emocional, nem suborno religioso!

2) CONTRIBUIR POR AMOR (v. 8b).  “[vos falo...] para provar (...) a sinceridade do vosso amor”. A contribuição não garante que a fé seja saudável, como vimos no caso dos fariseus. Mas está presente numa fé saudável! Deus é amor (1Jo 4.8) e a natureza do amor é a doação. O amor nunca pergunta “em quem eu vou mandar?” ou “o que eu terei?”, mas sim “a quem eu vou servir?” e “o que eu darei?”. Quem conhece a Deus, que é amor, vai demonstrar generosidade em sua vida, pois estará sensível tanto à vontade de Deus quanto à necessidade daqueles a quem Deus ama. O amor é provado na generosidade! E o amor a Deus acima de todas as coisas deve se manifestar em todas as coisas, inclusive nas finanças.

3) CONTRIBUIR COMO EXPRESSÃO DA VIDA DO DISCÍPULO (v. 9). Por que os macedônios foram generosos? A igreja da macedônia conhecia a Jesus, tinha intimidade com Jesus, seguia a Jesus. Segundo o v. 9, o Evangelho é o fundamento da generosidade cristã, pois Jesus, sendo rico, se fez pobre para nos enriquecer pela sua graça. E Jesus fez isso na Cruz e na Ressurreição! A graça não nos leva contra a vontade de Deus expressa na lei, mas sim a fazer a vontade de Deus. Jesus nunca amenizou os mandamentos da lei, mas os radicalizou (Mt 5.17-48). Do mesmo modo, sobre o mandamento do dízimo, na Nova Aliança não entregamos à Deus 10%, mas sim 100%! O dízimo na Nova Aliança não é o máximo, mas o mínimo! É por isso que, na igreja primitiva, os discípulos vendiam suas propriedades e compartilhavam todas as coisas (At 2.42-47). Em Mt 23.23 Jesus não afirma que o dízimo é opcional, mas ao contrário: “vocês deveriam fazer estas coisas [a justiça, a misericórdia e a fé] sem omitir aquelas [dízimos]”. Por isso, o dízimo não é o “teto”, mas o “piso”. Oferta é o que vai além do dízimo. Há religiosos que contribuem sem amor a Deus. Mas quem ama a Deus é levado pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo a contribuir com alegria. A graça de Deus é mais eficaz que a Lei. Devemos buscar atender as necessidades de uns para com os outros, para que não falte para ninguém (vv. 11-15). Amar a Deus acima de todas as coisas é honrar a Deus com o que temos, para o bem das pessoas e para o avanço do Evangelho.

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