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sábado, 14 de novembro de 2015

Os Dois Livros da Revelação - Uma Meditação no Salmo 19


[Livro da Criação]
1 Os céus proclamam a glória de Deus, 
e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.
2 Um dia discursa a outro dia, 
e uma noite revela conhecimento a outra noite.
3 Não há linguagem, nem há palavras, 
e deles não se ouve nenhum som;
4 no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, 
e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol,
5 o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, 
se regozija como herói, a percorrer o seu caminho.
6 Principia numa extremidade dos céus, 
e até à outra vai o seu percurso; 
e nada refoge ao seu calor.

[Livro da Lei do SENHOR]
7 A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; 
o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.
8 Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; 
o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.
9 O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; 
os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos.
10 São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; 
e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.
11 Além disso, por eles se admoesta o teu servo; 
em os guardar, há grande recompensa.
12 Quem há que possa discernir as próprias faltas? 
Absolve-me das que me são ocultas.
13 Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; 
então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão.
14 As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração 
sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, 
rocha minha e redentor meu!

O Salmo 19 está dividido em dois grandes blocos, que tratam de dois grandes livros: o Livro da Criação (vv. 1-6) e o Livro da Lei do SENHOR (vv. 7-14). Os dois livros, o da criação e o da Lei do SENHOR, são formas diferentes da revelação de Deus.

O Livro da criação (a revelação geral)
À revelação de Deus na criação costuma-se chamar de "revelação geral", pois está acessível a todas as pessoas, de todas as línguas, raças, tribos e nações, revelando a todos que há um Deus Criador Todo-Poderoso. O apóstolo Paulo está de acordo com esta afirmação do Salmo 19, quando afirma o seguinte:

"A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homens corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis" (Rm 1.18-23).

Nos versos de 1 a 6 o Salmo 19 usa exemplos celestiais para expressar a glória de Deus refletida na sua criação (céus, o firmamento, o dia, a noite, o sol). A linguagem é poética.
Através dos céus, podemos contemplar a sua glória (v. 1a). Li certa vez uma bela lenda judaica, que ilustra muito bem a afirmação do reflexo da glória de Deus na criação.
"Alexandre, o Grande, perguntou para um judeu o seguinte: "se há um Deus Criador, por que Ele não aparece de vez para revelar a sua glória, a fim de que seja louvado pelas suas criaturas?". O judeu foi embora calado, mas voltou no dia seguinte, fazendo um convite para o grande imperador: "Alexandre, eu quero te mostrar Deus". O judeu, então, conduziu Alexandre para fora do palácio, dizendo o seguinte: "olhe para o sol fixamente por uma hora e você verá a Deus". Alexandre respondeu: "Estás louco? Se eu contemplar o sol por alguns minutos ficarei cego!". Então o judeu respondeu: "Se não consegues contemplar a glória do sol, uma de Suas criaturas, como pretende contemplar a glória do Criador do Universo?".

Tudo é obra das mãos do Criador (v. 2a). Dia e noite, sem palavras ou linguagem humana, a criação ecoa uma mensagem poderosa: Tudo é obra das mãos do SENHOR!

Os homens sempre se maravilharam diante da criação, e quanto mais a conhecemos, mais nos impressionamos com a grandeza do Criador. Durante séculos pensou-se que a superfície da terra fosse plana (chata), que o fim do oceano fosse um abismo, que o sol e as estrelas girassem no céu ao redor de nós. Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Johannes Kepler e Isaac Newton, todos cristãos, nos ajudaram a compreender que a terra não é plana e que ela gira em torno do sol. A sua fé não os impediu de grandes avanços na ciência, mas pelo contrário. Enquanto a Bíblia ensina QUEM criou o universo e PORQUÊ o criou, a ciência estuda COMO Deus criou.
A Bíblia diz: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gênesis 1.1). Agostinho de Hipona, por volta do ano 500 d.C., disse em seu comentário do Gênesis que o tempo, o espaço e a matéria tiveram início. Até o início do século XX a maioria dos filósofos e cientistas afirmou que o tempo, a matéria e o espaço eram eternos, até que a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein demonstrou que a tese de Agostinho tinha razão. No livro "Breve História  do Tempo", Stephen W. Hawking afirmou o seguinte:
"O conceito de tempo não tem qualquer significado antes do começo do Universo. Este facto foi apontado por Santo Agostinho. Quando lhe perguntaram: "Que fazia Deus antes de criar o mundo?" Agostinho (...) respondeu que o tempo era uma propriedade do Universo que Deus tinha criado, e que não existia antes do começo do Universo" (1).
A fé no Deus Criador e na ciência se iluminam mutuamente. Como diria Albert Einstein: 
"A ciência sem a religião é aleijada; a religião sem a ciência é cega".


O Livro da Lei do SENHOR (a revelação especial)
Nos versos de 7 a 14, o salmista nos fala de outro livro, livro da Lei do SENHOR. O assunto deste bloco é a chamada Revelação Especial de Deus, ou seja, o fato de que Deus se revela à humanidade através de meios especiais, como a Palavra de Deus ou Jesus Cristo, o Deus que se fez carne (João 1.14).
Meditar e crer na mensagem da Lei do SENHOR traz muitos benefícios:

A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; 
o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.
8 Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; 
o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.
9 O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; 
os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos.
10 São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; 
e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.
11 Além disso, por eles se admoesta o teu servo; 
em os guardar, há grande recompensa.

O Livro da Lei do SENHOR leva, inclusive, à superação do orgulho, da vaidade e da soberta. A revelação de Deus nos traz, ao mesmo tempo, fundamento para o amor próprio e para a humildade. Quanto mais contemplamos a Palavra de Deus, mas assumimos nossa humildade, diante da Sua grandeza!
O Salmo 14 termina com as seguintes palavras: "As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu! 
Deus nos redimiu através de Seu Filho Jesus Cristo, a Rocha da nossa salvação. O Filho de Deus veio ao mundo por amor (Jo 3.16), se fez homem por amor (Jo 1.14), foi tentado em todas as coisas sem cometer pecado (Hb 4.15), morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa salvação (1Co 15.3-4). As Escrituras dão testemunho dEle (Jo 5.39), que é a forma mais completa com a qual Deus se revelou a nós (Jo 1.18). 
Quando conhecemos o amor de Deus revelado no Livro da Criação (vv. 1-6) e no Livro da Lei do SENHOR (vv. 7-14), que dá testemunho de Jesus Cristo, somos levados a superar o medo, através de uma vida cheia de amor, esperança e fé. Nesta nova vida, buscamos viver para a glória de Deus (1Co 10.31). Que nossas palavras, que o meditar do nosso coração, sejam agradáveis ao Criador!

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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Feminismo, ideologia transgênero, conceito de família...

Camille Paglia fala sobre sua própria revisão do feminismo, sobre a ideologia transgênero, conceito de família e suas definições sobre a cultura ocidental. Vídeo indicado pelo meu amigo Fabrício Fukahori. Vale a pena conferir!

domingo, 1 de novembro de 2015

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