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quarta-feira, 31 de março de 2021

Meditações sobre a Semana da Paixão 2021 - Conspiração, Unção e Pacto e Traição - a Quarta-feira de Jesus (Mc 4.1-11)

 Como foi a quarta-feira de Jesus, na Semana da Paixão? Este dia é apresentado em Mc 14.1-11. O texto destaca três grupos de personagens importantes em relação a Jesus: os principais sacerdotes e os escribas, uma mulher que ungiu a Jesus com óleo, e Judas Iscariotes, um dos discípulos de Jesus. São personagens interessantes! 

Os principais sacerdotes e os escribas eram pessoas moralmente corretas ("pessoas de bem"), religiosas, conhecedoras da Bíblia, gente que orava, jejuava, participava das celebrações semanais, ajudava os necessitados. Apesar de todas essas credenciais, queriam prender e matar a Jesus! Não há nada mais triste que religião sem Deus! É muito triste ver gente que se diz religiosa, mas que não ama, não crê e não se entrega a Jesus Cristo, o verdadeiro Rei de todas as coisas! Os principais sacerdotes e escribas trocaram o Rei Jesus Cristo por um projeto de poder que envolve religião, política e dinheiro. Hoje em dia tem muita gente orando, indo ao culto, ajudando os necessitados, tendo boas iniciativas, mas mesmo assim rejeitando Jesus como o Rei, como o centro da vida, como o único Senhor e Salvador. 

O texto destaca também "uma mulher", que ungiu a Jesus com um perfume caríssimo (valia aproximadamente um ano inteiro de salário!). Os judeus, por causa da fé na ressurreição, tinham o costume de muitos cuidados na preparação dos corpos para a sepultura. Jesus sabia que morreria em breve e, apesar de haver avisado antecipadamente os discípulos algumas vezes, eles parecem não entender o que está para acontecer. Aquela mulher também não sabia que Jesus morreria em alguns dias, mas foi usada por Deus para fazer uma boa ação a Jesus, preparando seu corpo para o sepultamento, que haveria de ocorrer no sábado. Mas a ação da mulher trouxe indignação aos discípulos, que consideraram aquele ato um grande desperdício - afinal, todo aquele dinheiro poderia ser dado aos pobres. Jesus sempre ensinou o amor e o cuidado com o próximo, mas ele elogia o que a mulher fez: mesmo de maneira instintiva, mesmo sem compreender exatamente o que ela estava fazendo, seu gesto pelo Rei foi extraordinário e está registrado várias vezes nos Evangelhos. Aquela mulher amava a Jesus e demonstrou a sua grande gratidão. E o Rei honrou aquela mulher! Ela fez a coisa certa em relação ao Rei naquele dia!

Finalmente temos o Judas Iscariotes. Judas resolve trair a Jesus. Talvez por achar que o caminho do Reino de Deus fosse o caminho dos partidos judaicos: guerra, violência, revolução armada, tomada do poder, o templo como símbolo de que Deus exaltaria Israel para humilhar as nações... Judas percebe que Jesus não é o Messias que ele esperava. Então Judas resolve um grande problema para os principais sacerdotes e escribas: numa cidade cheia de quebradas e vielas, em que as multidões estavam em todo lugar e considerava Jesus um profeta, como prenderiam Jesus sem realizar uma grande confusão e tumulto, atraindo inclusive a ira dos romanos? Judas, um dos discípulos, decide entregar Jesus por algumas moedas! Como Judas, hoje em dia muitos traem a Jesus por decepção, pelo fato de que Jesus não é como eles queriam. Jesus não é um ídolo que eu possa manipular. Ele é o verdadeiro Rei, Senhor e Salvador! 

A Quarta-feira nos apresenta estes três grupos de personagens: as "pessoas de bem" religiosas, que queriam prender e matar a Jesus, a mulher que amou e honrou o Rei o ungindo com um perfume preciosíssimo e o discípulo traidor. Nesta quarta feira, você está próximo de quem?

ORAÇÃO. "SENHOR, graças te damos pela Tua Palavra. Tem compaixão de nós, para que não vivamos uma religião vazia, sem a tua presença e sem teu reinado sobre nós, como fizeram os principais sacerdotes e escribas. Tem compaixão de nós para que não sejamos como Judas, que te traiu porque Tu És o Rei verdadeiro, que não se deixa manipular pelas nossas paixões e ideologias, e veio inaugurar um Reino de amor, perdão e paz, e não de dominação e guerra. Nos abençoe para que sigamos o bom exemplo daquela mulher, que simplesmente te amou e foi grata a ti, te honrando como o verdadeiro Rei. Que Teu Espírito e a tua graça nos renovem, e nos conduzam ao teu amor e à tua vontade. Amém".

terça-feira, 30 de março de 2021

Meditações sobre a Semana da Paixão 2021 - O Confronto entre Jesus e os partidos judaicos na terça-feira (Mc 11.20-13.37)

 A semana havia começado bem. Jesus entra em Jerusalém e o povo o recebe com alegria e entusiasmo, em meio à expressão de celebração e festa, reconhecendo os temas do Reinado de Deus. Jesus reivindica o reino ao entrar em Jerusalém, e tudo termina bem naquele domingo de ramos. Mas o que aconteceu na segunda vai marcar a semana. 


Jesus desmascara a idolatria, a violência e a injustiça judaicas. O povo que Deus chamou, para ser uma benção para todas as famílias das nações, se aparta de Deus e da sua Missão no decorrer da sua história. O templo, ao invés de Casa de Oração para todas as nações, se torna um covil de salteadores, um lugar em que judeus revolucionários se voltam contra as nações. Assim, tanto o Império Romano pagão quanto Israel se tornam faces da mesma moeda, marcados pela disputa pelo poder, pela violência, opressão e morte. Não há grande diferença entre os religiosos judeus e os pagãos! Apesar das orações, da moralidade, dos dízimos, das esmolas, das escrituras e do culto, Israel estava tão distante de Deus quanto os pagãos! A prova maior da distância entre Israel e Deus é a rejeição do Messias. O namoro acabou na segunda. Na terça os vários partidos judaicos (saduceus, fariseus, escribas, herodianos, etc) entram em polêmicas com Jesus. 


Mas será que não poderia ser diferente? Jesus não poderia ter passado a mão na cabeça dos judeus, para que houvesse paz? NÃO! Jesus não veio trazer uma falsa paz baseada na mentira e na falsidade. Jesus é a favor de todos, mas ao confrontar Israel com sua idolatria, com o abandono do chamado de Deus de ser benção a todas as nações, ao confrontar o pecado, a violência e a opressão dos partidos judaicos, Jesus se mostra à favor de Israel, chamando ao arrependimento e à submissão ao Reinado de Deus. 


Em todas as polêmicas Jesus deixa claro que Ele é o Messias, o verdadeiro Rei, aquele que tem autoridade não apenas sobre Israel, mas sobre todas as nações. Mas, diante do episódio do templo na segunda, como ensina a parábola dos lavradores maus, os vários partidos judaicos continuam a fazer o que Israel fazia durante a sua história: não apenas maltrataram e mataram os profetas enviados por Deus, mas agora intentavam contra o próprio Filho de Deus, para que o Reino pudesse pertencer a eles - como se isso fosse possível. O Reino pertence a Jesus. Por isso ninguém fica indiferente diante de Jesus. O Rei chama a todos ao arrependimento e à vigilância, à oração e à adoração, à justiça, à misericórdia e ao perdão. 


O episódio do templo traz à luz uma triste realidade: a diferença entre o verdadeiro Messias, Jesus Cristo, e o falso Messias da imaginação judaica. Enquanto o chamado de Deus para Abraão e Israel era para abençoar todas as famílias de todas as nações, Israel começa a achar que a bênção não era para as nações, mas apenas para Israel. Israel não compreende a eleição: O povo de Deus é eleito não para excluir os outros, mas para incluir as pessoas no Reino de Deus. O Templo, que deveria ser Casa de Oração para todas as nações, se torna centro de revolucionário de luta contra as nações. Hoje, infelizmente, muitas pessoas tem deixado o verdadeiro Jesus por um falso Messias, fruto da própria imaginação. Alguns vêem Jesus como um tipo de gênio da lâmpada, que deve fazer o que queremos. Outros pensam em Jesus como um conservador sempre disposto a apedrejar pecadores - como faziam os fariseus. Outros ainda pensam em Jesus como um progressista, que prega um tipo de liberdade em que cada um faz e vive como bem entende, de acordo com os próprios desejos, preferênias e paixões. Mas Jesus continua o mesmo. Ele não é um mero guru ou mestre que ensina coisas bonitas, mas Ele é o Rei do Universo! Ele continua nos confrontando com a nossa idolatria, injustiça e violência, continua nos chamando ao arrependimento e nos acolhendo com amor, graça e perdão. Ele é o Rei que não fica nos jogando uns contra os outros, mas nos chama a vivermos em amor, justiça e paz através do Seu Reinado sobre todos nós. Jesus é o verdadeiro Rei, o único Senhor, o único Salvador. 


Jesus rejeitou as ideologias que colocam uns contra os outros (judeus contra gentios, ricos contra pobres, escravos contra livres) denunciando o pecado de todos e chamando a todos ao arrependimento. Hoje a igreja precisa entender também quem é que tem autoridade: O Messias Jesus Cristo ou os falsos messias e ideologias que insistem em jogar uns contra os outros. Jesus disse: "o que, porém, digo a vocês, digo a todos: vigiem!" (Mc 13.37). 


ORAÇÃO. "SENHOR, obrigado pela tua graça e pelo teu amor, pela tua justiça e perdão. Tem compaixão de nós para que não sejamos como os judeus que, apesar de orar, jejuar, auxiliarem o necessitado, lerem a tua Palavra e demonstrarem uma vida moralmente correta, mesmo assim se afastaram do Senhor e do teu chamado. Mesmo sendo tão religiosos rejeitaram o teu Reino e quiseram edificar o seu próprio reino, baseado na exclusão, na violência e na opressão. Senhor, tem compaixão de nós, para que vivamos como teus discípulos, no poder do teu Espírito, seguindo os passos do Senhor. Que pela tua graça, a nossa vida seja para a tua glória e para abençoar aqueles que estão ao nosso redor, inclusive os nossos inimigos, pois quando éramos teus inimigos o Senhor nos amou e se entregou para a nossa salvação. A ti a nossa gratidão e louvor, e a nossa oração em teu Nome. Amém!"

segunda-feira, 29 de março de 2021

Meditações sobre a Semana da Paixão 2021 - JESUS E O TEMPLO (Mc 11.12-19)

 O que acontece naquela segunda-feira, quando Jesus entra no Templo de Jerusalém, é um dos pontos altos da Semana da Paixão. Mas você entende o que Jesus realmente fez? Jesus vai na segunda de manhã para o templo, mas antes passa por uma figueira e a amaldiçoa, pois não havia fruto nela (não era tempo de figueira dar fruto). No dia seguinte Jesus e os discípulos passam pela figueira e ela está seca! 

TEMPLO. Para entendermos a passagem, em primeiro lugar, vamos relembrar o que é o TEMPLO. O Rei Davi quis edificar um templo ao SENHOR, mas o SENHOR não o permitiu. Mas Davi recebeu promessas da parte do SENHOR: a) o descendente/filho de Davi (Messias) estabelecerá o Reino para sempre; b) o Messias edificará o verdadeiro Templo ao SENHOR; c) O Messias será filho de Deus (2Sm 7.12-16). Quando Salomão edifica o Templo de Jerusalém, fica claro que aquele não é o templo definitivo. Na oração de Salomão, quando a Arca da Aliança é levada ao Templo (ao Santo dos Santos), Salomão diz: "Mas será que, de fato, Deus poderia habitar na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, muito menos este templo que eu edifiquei. Atenta, pois, para a oração de teu servo  e para a súplica, ó SENHOR, meu Deus, ouvindo o clamor e a oração que faz hoje o teu servo diante de ti" (1Rs 8.27-28). A Arca da Aliança expressava a Presença, o Perdão e o Poder de Deus, e ficava dentro do Santo dos Santos. Mas, nos dias do Profeta Jeremias (citado por Jesus - Jr 7.11), o Templo de Jerusalém e a própria cidade foram destruídos pelos Babilônios, ocasião em que a Arca da Aliança desapareceu (Jr 3.16). E de fato, aquele templo era uma realidade transitória. O Profeta Jeremias denuncia o erro de achar que o Templo protegeria o povo, mesmo diante da idolatria, da violência, da opressão e da injustiça do povo e seus governantes (Jr 7.1-15). 

OS PECADOS DO TEMPLO. E havia muito pecado envolvendo o Templo. Jesus afirmou, citando o Profeta Jeremias: "Não é isso que está escrito: 'A minha casa será chamada de 'Casa de Oração' para todas as nações'? Mas vocês fizeram dela um covil de salteadores" (Mc 11.17).

O que Jesus quer dizer com "covil de salteadores"? Na época do Novo Testamento a expressão apontava principalmente para os "revolucionários" judaicos, que queriam trazer o Reino de Deus a partir da força e do poder da violência. Isso aconteceu porque Israel se perdeu da sua Missão. O chamado de Deus para Abraão e, portanto, para Israel, era para ser uma bênção à todas as famílias da terra, bênção para todas as nações. A eleição é um chamado para abençoar todas as nações, mas Israel começou a pensar que a eleição era um privilégio exclusivo, algo só para ela mesma. À medida que Israel se afasta de Deus e do seu chamado de ser luz às nações, a idolatria, a injustiça e a violência avançam na vida do povo, levando à tragédia do Exílio e da dominação dos impérios pagãos. Na época do Novo Testamento muitos grupos revolucionários queriam trazer o Reino de Deus através da violência, das armas, da guerra. Essa é a visão dos salteadores. Mas Jesus é o Rei verdadeiro, que não veio trazer o Reino a partir da violência, da opressão ou da morte, mas do amor, da justiça e do perdão. 

Quando Israel perdeu o seu sentido de Missão, de ser uma bênçãos a todas as nações, começou a achar que eleição é excluir os outros. Mas eleição, segundo Jesus, é incluir os outros no amor, no perdão e na graça de Deus. 

Ao mesmo tempo que Israel se perde em relação ao chamado de Deus, se perde em relação ao Templo, que passa a ser também instrumento do enriquecimento de algumas classes de pessoas e de "central revolucionária", para aqueles que queriam derrotar o poder do Império Romano. 

A FIGUEIRA. A passagem da figueira, neste sentido, é uma ação simbólica, ou seja, Jesus anuncia, através da figueira que amaldiçoou, que aquele templo transitório estava com os dias contados. Não havia bom fruto no templo. De fato, no ano 70 d.C. os Romanos destruíram o templo, diante de um movimento de revolucionários judeus que lutaram contra o Império. 

O TEMPLO DEFINITIVO. Mas aquele templo não era o definitivo. Quem traria o verdadeiro templo é o Messias, o Rei Jesus Cristo. No Evangelho segundo João, lemos: "Então os judeus lhe perguntaram: - Que sinal você nos mostra para fazer essas coisas? Jesus lhes respondeu: - Destruam este santuário, e em três dias eu o levantarei. Os judeus responderam: - Este santuário foi edificado em quarenta e seis anos, e você quer levantá-lo em três dias? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo. Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, os discípulos dele se lembraram que ele tinha dito isso e creram na Escritura e na palavra de Jesus" (Jo 2.18-22). Em outras palavras, Jesus afirmou que o verdadeiro templo não é o templo de Jerusalém, mas o seu próprio corpo! A presença, o perdão e o poder de Deus não vem à nós através da Arca da Aliança (que desapareceu desde o exílio na Babilônia), muito menos do templo, mas do próprio Messias, do Rei Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado! Ao amaldiçoar a figueira, Jesus declara o fim do templo de Jerusalém e aponta para o verdadeiro templo, seu próprio corpo!

Quando Jesus ressuscita dentre os mortos, ordena aos seus discípulos que permaneçam em Jerusalém até que fossem revestidos do Espírito Santo. Ao enviar o Seu Espírito sobre nós, nos tornamos santuário do Espírito Santo, Corpo de Cristo. O lugar sagrado não são os edifícios das igrejas, mas o nosso corpo, habitação de Deus no Espírito!

No domingo, Jesus entrou em Jerusalém, reivindicando o seu reinado sobre Jerusalém. Na segunda ele não apenas purifica o templo, mas declara o juízo sobre ele e sobre o que ele se tornara: ao invés de Casa de Oração para todas as nações, de acordo com a Missão de Deus para Israel, o templo se fechou para as nações e passou ser usado para lutar contra as nações, no erro que achar que a eleição era um privilégio exclusivo para Israel. 

Hoje, Jesus continua reivindicando o seu Reino sobre cada um de nós e sobre todos nós. Hoje o Rei continua nos chamando ao arrependimento, a abandonar a ideia que a benção é só para nós. Somos chamados a nos entregarmos ao amor, à justiça e ao perdão do Rei e sermos instrumentos para abençoar e incluir as pessoas. Somos chamados a ser o verdadeiro templo, habitação de Deus no Espírito, a entender que o Poder, a Presença e o Perdão de Deus não estão nos edifícios, mas em Jesus, que nos chama a viver como seu corpo vivo, abençoando todas as famílias da terra, abençoando todas as nações, através da Boa Notícia do Evangelho do Reino de Deus. 


ORAÇÃO: "Senhor Jesus, louvamos o teu santo nome, pois tu és o Rei sobre todas as coisas. Te louvamos porque a presença, o perdão e o poder de Deus vem à nós através de ti, através do seu amor revelado na sua vida sem pecado, na morte na cruz pelos nossos pecados e na tua ressurreição, na qual o Senhor já derrotou todos os teus inimigos. Enche a nossa vida com a tua graça para que não confiemos em mentiras ou ilusões, mas que a nossa alegria, nossa paz e nossa esperança estejam em ti, o verdadeiro templo, o verdadeiro Rei, o único Senhor e Salvador. Oramos agradecidos em teu nome. Amém!


domingo, 28 de março de 2021

Meditações sobre a Semana da Paixão 2021 - Domingo de Ramos (Mc 1.1-11)

 Hoje, 28/03/2021, damos início à uma série de meditações sobre a Semana da Paixão, ou seja, a semana de Jesus, descrita nos Evangelhos, que vai da entrada em Jerusalém no chamado "domingo de ramos", passando pela sexta feira da crucificação, até o Domingo da Ressurreição (Páscoa). Vamos refletir a partir do Evangelho segundo Marcos, que destaca com clareza o que aconteceu em cada um desses dias. 

Num domingo, Jesus entra em Jerusalém. Esta é a narrativa do Evangelho segundo Marcos:

"1   Quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois dos seus discípulos 2   e disse-lhes: Ide à aldeia que aí está diante de vós e, logo ao entrar, achareis preso um jumentinho, o qual ainda ninguém montou; desprendei-o e trazei-o.  3   Se alguém vos perguntar: Por que fazeis isso? Respondei: O Senhor precisa dele e logo o mandará de volta para aqui. 4   Então, foram e acharam o jumentinho preso, junto ao portão, do lado de fora, na rua, e o desprenderam. 5   Alguns dos que ali estavam reclamaram: Que fazeis, soltando o jumentinho? 6   Eles, porém, responderam conforme as instruções de Jesus; então, os deixaram ir. 7   Levaram o jumentinho, sobre o qual puseram as suas vestes, e Jesus o montou. 8   E muitos estendiam as suas vestes no caminho, e outros, ramos que haviam cortado dos campos. 9   Tanto os que iam adiante dele como os que vinham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10   Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas! 11   E, quando entrou em Jerusalém, no templo, tendo observado tudo, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze" (Marcos 11.1-11).


BREVE MEDITAÇÃO. Jesus é Filho de Deus, o enviado de Deus Pai no poder do Espírito Santo. Ele é o verdadeiro rei, o filho prometido de Davi, o filho de Abraão. Ele veio para realizar as promessas de Deus ao seu povo. Jesus é o filho de Abraão, aquele que veio para abençoar todas as famílias nas nações. Jesus é o filho de Davi, o rei prometido que seria chamado filho de Deus, que haveria de edificar o verdadeiro templo ao SENHOR, reinar para sempre. 
Jesus entra em Jerusalém, e é saudado como rei: muitos estendem suas capas e ramos pelo caminho onde Jesus passa! Parece que algo realmente grandioso está acontecendo! O Rei entrou em Jerusalém!
O povo também levanta um clamor ao Rei. O clamor começa e termina com a expressão "Hosana!" (que significa literalmente "salva-nos Senhor!"). Hosana é tanto uma expressão de louvor quanto um pedido por salvação. No clamor do povo fica clara também a compreensão sobre o Reino de Deus: O Rei, filho de Davi, vem em nome do SENHOR para trazer o reinado de Deus sobre nós!
Ao fim do dia, Jesus volta para Betânia com os discípulos. Mas, afinal, o que vai acontecer? O que acontecerá com o Rei e como o povo vai responder ao seu reinado? 

Jesus é o Rei. O povo estava em sofrimento diante do Império Romano, da opressão política e econômica, da corrupção religiosa, enfim, de um mundo distante de Deus e carente da graça de Deus. Hoje também sofremos. Mas o Rei se apresenta diante de nós e exige um posicionamento. Num primeiro momento o povo respondeu positivamente, com clamor, louvor e celebração. Hoje Deus nos chama a olhar para o Rei, para confiar no Rei, para depositar a nossa esperança no Rei, e a nos entregarmos ao Seu Reinado. Ele não mudou. E ele já realizou tudo o que precisamos para viver na Sua presença, numa vida de amor, esperança e paz. 

Jesus, ao entrar em Jerusalém montado num jumentinho, reivindica para si o reinado. E hoje, ele reivindica o reinado sobre a nossa vida. Que o Rei seja amado, servido, adorado e glorificado!

ORAÇÃO: "Senhor, te louvamos pela verdade da Tua Palavra. Te louvamos porque reconhecemos que tu és o Rei sobre todas as coisas, o mais poderoso, amoroso e justo. Obrigado porque o Teu Reino traz sobre nós amor, perdão e graça. Nos abençoe para que possamos nos entregar à tua vontade e viver como teus filhos e servos amados. À ti toda a honra, glória e louvor. Oramos com alegria e gratidão no Teu Nome. Amém!". 

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