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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Você tem fome de quê? - ou "Creia no Pão da Vida e Farás as Obras de Deus" (Meditação em Jo 6.22-40)


CONTEXTO: Após o milagre da partilha, em que Jesus multiplicou os pães e os peixes (vv. 1-15), Jesus se retira se retira para o monte e seus discípulos descem para o Mar da Galiléia (vv. 15-16). Jesus se encontra com seus discípulos andando sobre as águas (vv. 16-21) e chega à outra margem. As multidões vão atrás de Jesus (vv. 22-24) e o encontram. Jesus estabelece, então, um diálogo com aquela multidão de judeus.
1) VOCÊS ME PROCURAM POR INTERESSES EGOÍSTAS (vv. 25-27). Não há nada de errado em querer matar a fome. Não há nada de errado em desejar ser curado. Não há nada de errado em querer algo bom (emprego, casa, família, etc.). O problema é procurar a Deus APENAS POR CAUSA dessas coisas, ou mesmo EM PRIMEIRO LUGAR por causa dessas coisas. Fomos criados por Deus e para Deus, para a glória de Deus. Jesus morreu e ressuscitou por nós não para que continuemos a viver de maneira egoísta, mas para que possamos viver para Ele! (2Co 5.15). Devemos viver (trabalhar) não apenas para as coisas desta vida, não apenas para a comida que perece, mas pela verdadeira comida que é para a VIDA ETERNA.
2) COMO FAZER PARA REALIZAR AS OBRAS DE DEUS? (vv. 28-29). Se não devemos trabalhar apenas para o "aqui e agora" (“pão desta vida”), devemos trabalhar para aquilo que é Eterno. Mas, afinal, como fazer para realizar as obras que Deus deseja que façamos? Como fazer a vontade de Deus? Jesus responde com clareza: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (v. 29). Jesus afirma que “somente a fé” nEle é suficiente! Se é assim, por que tanta gente vive uma vida sem esperança, sem amor, sem boas obras, fruto? A resposta é simples: Precisam crescer na FÉ EM CRISTO! NÃO É APENAS ACREDITAR em JESUS, mas sim CONFIAR NELE de TODO O CORAÇÃO. É agir por AMOR E GRATIDÃO! A fé em Cristo liberta e traz renovação. Cresça em conhecer e experimentar aquilo que Deus fez, está fazendo e fará em tua vida através de Jesus, e as obras de Deus vão fluir em sua vida. Não são as obras que te conduzem a Jesus, mas é a fé e a confiança em Jesus e no amor dEle por ti que vão te conduzir às obras de Deus. As obras de Deus em nós são fruto da GRAÇA, mediante a FÉ em JESUS. Creia em Jesus, e as obras de Deus serão feitas na tua vida, para a glória de Deus!
3) JESUS, O PÃO DA VIDA, NOS SACIA E DÁ VIDA ETERNA (vv. 30-40). Você tem sede de que? Você tem fome de que? O que você precisa para ser feliz? O que você precisa para ser SACIADO? Os judeus viram sinais e não estavam satisfeitos: queriam mais sinais! Nunca está bom o suficiente! Eles queriam mais pão, queriam o Maná, o pão do céu (vv. 30-34). Mas Jesus afirma que ele mesmo é o PÃO DO CÉU, que mata a fome e a sede, que SACIA COMPLETAMENTE! Mas os judeus, que liam a bíblia, oravam e acreditavam em Deus, não criam de verdade em Jesus! Sem Jesus, o mundo inteiro não é capaz de matar a fome, de saciar a sede, de trazer satisfação. Crer em Jesus nos traz satisfação, nos traz convicção do nosso valor, de que Deus nos ama, perdoa, e tem reservado o melhor para nós. Deus abençoa hoje, mas tem a VIDA ETERNA reservada para nós. Em Cristo somos saciados no mais profundo do coração. Ele te convida hoje a se entregar completamente à Ele, a confiar nEle, a se satisfazer nEle! Só Ele pode salvar a tua vida – neste mundo e no porvir!

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

A Cruz só é boa notícia por causa da Ressurreição (Meditação em 1Co 15.12-20)


A ressurreição é o tema fundamental da doutrina cristã da salvação. A salvação que Deus realiza em Cristo não é uma mera “salvação da alma”, mas é salvação da pessoa inteira: o interior (alma/espírito) e o exterior (corpo). Não temos um corpo ou uma alma: Nós somos o corpo, a alma e o espírito!!! Na doutrina bíblica da ressurreição, o fundamento de tudo é a ressurreição de Jesus Cristo. Na ENCARNAÇÃO, o Filho de Deus se identifica com a humanidade; no BATISMO, se identifica com os PECADORES; na CRUZ, com as VÍTIMAS. Na RESSURREIÇÃO, o Filho de Deus não apenas nos salva, mas nos chama a que nos identifiquemos com ELE na NOVA VIDA de FILHOS DE DEUS.
Na Igreja de Corinto, alguns questionavam a ressurreição, assim como, lamentavelmente, hoje em dia alguns “cristãos” afirmam que acreditam em REENCARNAÇÃO – negando, assim, a RESSURREIÇÃO de JESUS. A Ressurreição de Cristo é o fundamento da ressurreição de todos os salvos e, consequentemente, o fundamento da doutrina bíblica da salvação! Negar a ressurreição é negar que Deus deu apenas uma resposta ao pecado: o EVANGELHO, a sua ação salvadora através de Jesus Cristo, na sua vida sem pecado, sua morte na cruz pelos nossos pecados e a sua ressurreição.
Porque cremos em Jesus Cristo e na sua ressurreição, sabemos que Jesus JÁ venceu todos os inimigos de Deus: o mundo, a carne, o diabo, o pecado e a morte! A ressurreição é a vitória de Cristo sobre todos os inimigos de Deus.
Porque cremos em Jesus Cristo e na sua ressurreição, cremos que Deus também nos ressuscitará – ou seja, quem vai dar a última palavra sobre nós não é o sofrimento, o pecado ou a morte, mas é Deus, que nos ama e nos salva pela sua graça em Cristo Jesus.
Porque cremos em Jesus Cristo e na sua ressurreição, sabemos que a esperança triunfa, inclusive sobre a própria morte! Nada pode derrubar a esperança firmada naquele que por nós viveu, morreu e ressuscitou!
Porque cremos em Jesus Cristo, sabemos que, um dia, todos aqueles que amam a Deus estarão para sempre juntos, em plenitude de alegria e paz, em Cristo!
A ressurreição de Jesus é a maior e a melhor de todas as notícias!

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Colhemos apenas o que plantamos? (Meditação a partir de Lc 13.1-9)


Em Lucas 13.1-9, Jesus ensina seus discípulos sobre a “Teologia da Retribuição”, ou seja, a doutrina que afirma que tudo o que acontece conosco é consequência do que nós mesmos fazemos. Ou seja, todo o mal e o bem que eu recebo só chega até mim porque eu o fiz por merecer, tanto o bem quanto o mal. Apesar de “parecer” bíblica, não é o que a Bíblia ensina.
O livro de Jó contesta o tempo todo a doutrina de retribuição. Vamos conferir o que Jesus está
ensinando.
1. Cada um carrega a sua própria culpa. Ninguém jamais será culpado pelos pecados dos outros. Deus não julgará os pais pelos pecados dos filhos, nem julgará os filhos pelos pecados dos pais. “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.20). Em Gálatas, Paulo afirma: “O que o homem semear, isso também colherá” (Gálatas 6.7). Em resumo: Cada um carrega a culpa pelo próprio pecado. Ninguém será condenado pelo pecado do outro.
2. As consequências do pecado são sentidas pelos outros. No entanto, a carta de Paulo aos Gálatas não está ensinando que colhemos APENAS o que semeamos! Jesus dá o exemplo dos Galileus mortos por Pilatos (provavelmente numa revolta) e pelos 18 homens que morreram com a torre de Siloé que desabou: Estes homens que morreram não eram nem melhores e nem piores que aqueles que permaneceram vivos! Eles não morreram porque eram piores ou melhores que os outros! A Bíblia dá o exemplo de Caim e Abel: quem pecou, cometendo assassinato (pecado, culpa), foi Caim, mas quem morreu (consequência) foi Abel! A Bíblia ensina que ninguém será condenado por causa do pecado que o outro cometeu, mas ao mesmo tempo, ela ensina que as consequências do pecado são sentidas também por quem não pecou! Ou seja:
As consequências do pecado podem ser sentidas não apenas por quem pecou, mas também pelos demais.
3. O que acontece ao nosso redor serve para nos ensinar. Depois que Jesus falou dos Galileus mortos por Pilatos e pelos 18 que morreram com o desabamento da torre de Siloé, Jesus disse a mesma frase: “se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13.3,5). Ou seja, aquilo que acontece ao nosso redor deve servir de lição para nós. Imagine a queda de um avião que leva à morte de várias pessoas. Todos cheios de planos, de alegrias, de objetivos, mas mortos de repente. O que acontece ao nosso redor deve servir de lição para nós. Vamos nos arrepender do mal, se voltar ao amor de Deus e amar uns aos outros!
4. Em Cristo, colhemos o bem que não semeamos! Tem gente que questiona: “mas é justo que a gente sofra a consequência do que os outros fazem?" Ora, em primeiro lugar, também desfrutamos do bem que os outros fizeram. Você já ganhou alguma herança? Alguém já cuidou de você, já te ajudou? Alguém compartilhou contigo o Evangelho? Do mesmo modo, nós não somos salvos por nosso próprio mérito, mas pelo mérito de Cristo. Jesus realizou a justiça que nos conduz à Deus, e não nós mesmos! Em Cristo, colhemos o que nós não plantamos, mas que Cristo plantou! A parábola que Jesus contou também nos ensina isso: somos a figueira do Senhor. Vamos deixar o mal prá trás e dar fruto, para a glória de Deus! Por isso, vamos deixar o mal prá trás, vamos nos arrepender do mal, e vamos viver uma vida de amor, perdão e comunhão – ou seja, vamos andar de acordo com a Palavra de Deus e o Espírito de Deus, e dar fruto para a glória de Deus, pois em Cristo recebemos o perdão e o poder para uma nova vida, pela graça de Deus!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Quem não é limpo pelo Rei não tem parte com Ele (Meditação em Jo 13.1-20)


Jesus lava os pés dos discípulos. Mas o que isso significa?
Jesus é o Rei dos reis, o Filho de Deus, o Senhor de toda a criação. Mas ele veio ao mundo, e apesar de ser o Filho de Deus, por meio de quem tudo o que existe foi criado, Ele se fez homem. E Ele se fez homem para nos salvar de uma vida sem presença de Deus, sem perdão de Deus, sem poder de Deus. No “lava-pés”, Jesus veste os trajes de um escravo/servo (v. 4), e assume a atitude de um escravo: lava os pés dos discípulos! Jesus queria nos ensinar algumas coisas muito importantes:
1) Quem não é limpo por Ele não tem parte com Ele (v. 8). Jesus não é apenas um mestre, mas é “o” Salvador. Quando alguém está se afogando, não adianta jogar um manual de natação. Do mesmo modo, de nada adianta tentar ensinar alguém a nadar antes que o salvemos do afogamento. Jesus primeiro nos salva do afogamento, e só depois nos ensina a nadar. Ele é mais que um mestre: é um salvador. E ele nos salva nos lavando dos nossos pecados, através da sua morte na cruz e da sua ressurreição! Não adiante tentar imitar as atitudes de Jesus se não estamos purificados. O instrumento do médico só serve depois de esterilizado. O talher é útil se estiver limpo. Só podemos servir após recebermos o serviço do mestre, nos purificando! Quem não aceita ser lavado por Ele, que não crê na salvação que Ele realiza na cruz e na ressurreição, não tem parte com Ele! Só tem parte com Jesus quem é limpo por Jesus!
2) Antes de imitá-lo, precisamos aceitar o seu serviço! É necessária muita humildade para servir ao outro, mas também é necessária humildade para ser servido, pois reconhecemos a nossa fraqueza e a nossa necessidade. Antes de servir a Cristo precisamos entender que precisamos que Ele faça algo fundamental por nós: nos limpar. É necessária humildade para servir, mas igualmente é necessária humildade para ser servido. Primeiro, precisamos de purificação, de salvação, de graça de Deus. É só depois que aceitamos (cremos) aquilo que Jesus fez por nós que estamos capacitados, pela sua graça, a servi-lo. Se você não se humilhar e reconhecer que precisa ser servido por Ele, não será capaz de servi-lo! Só se torna seu discípulo quem recebe com humildade o serviço do Rei na cruz e na ressurreição!
3) Uma vez servidos pelo Rei, servimos ao Rei servindo aos outros (vv. 15,20). O Rei nos serviu. O Rei vestiu trajes de servo para servir aqueles que eram menores do que Ele. Se o nosso Rei fez assim, uma vez limpos por Ele, devemos imitar as suas obras. Jesus nos chama à purificação, através da cruz e da ressurreição, e nos chama a, uma vez purificados, andarmos segundo o seu exemplo de serviço, amando a todos, inclusive aos nossos inimigos. Uma vez purificados, nos tornamos servos de Deus, tendo como exemplo maior o nosso Rei e Salvador Jesus Cristo. Servos de Deus são chamados a servir aos outros, assim como Deus, em Cristo, nos serviu nos limpando!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O Evangelho muda as relações de Poder (Meditação em Mc 10.35-45)


De acordo com a Bíblia, o Evangelho não é apenas a doutrina inicial que os cristãos devem crer. O Evangelho não é apenas o “ABC”, mas é o “A à Z” da vida cristã. Tudo na vida deve ser regido pelo Evangelho, inclusive as RELAÇÕES DE PODER. Mas como é o poder à luz do Evangelho? Vamos refletir sobre o tema a partir de do texto bíblico de Mc 10.35-45, que nos ajuda a discernir o padrão de Jesus (Evangelho), o padrão da religião legalista, bem como nos ajuda a entender o padrão do secularismo.
1) A RELIGIÃO: PODER COMO DOMÍNIO. Os discípulos eram todos judeus que conviviam há séculos com o poder, mas infelizmente não aprenderam algumas lições da Palavra de Deus. No jardim Deus criou homem e mulher como livres e iguais entre si: este é o padrão de Deus. No entanto, o pecado trouxe uma desarmonia nas relações de poder, pois a partir do pecado, o macho domina sobre a fêmea, o rico sobre o pobre, o forte sobre o fraco.... Este não é o padrão da criação, mas é o padrão da queda. Com Caim e Abel, tem início o domínio do mais forte sobre o mais fraco, levando, inclusive, à morte! No mundo antigo, a religião tinha como função legitimar o poder de quem governava. Na Bíblia, Deus sempre instruiu o seu povo a um novo padrão de relação de poder, como podemos ver na Confederação das Tribos (período dos juízes), mas a monarquia abandonou este projeto de Deus para um outro, no qual o abuso do poder foi frequente, como podemos ver nas denúncias dos profetas. O profetismo sempre denunciou o poder quando se converte em fonte de dominação e violência! Hoje em dia, tem inclusive políticos ditos evangélicos que estão procurando dar legitimidade a este ou aquele programa político de dominação. O único projeto de poder que não é de dominação é o Reino de Deus! Tiago e João queriam domínio, mandar nos outros, e isso no contexto do Reino de Deus! Não entenderam o Reino de Deus!
2) O SECULARISMO: PODER COMO DEMOCRACIA. Democracia significa “poder do povo”. Pelé disse certa vez: “A voz do povo é a voz de Deus”. A Bíblia não concorda. Segundo a Bíblia, o povo gritou: “Crucifica-o, crucifica-o!”. Todos pecaram e foram corrompidos pelo pecado. O mesmo povo que clama por justiça é o povo que pratica injustiça. Wiston Churchill, estadista e escritor britânico, disse certa vez: “A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que tem sido tentadas de tempos em tempos”. A democracia é a “menos pior” das formas de poder deste mundo, mas tanto ela quanto todas as demais formas foram corrompidas pelo pecado humano. Na democracia há relações de poder de pessoas corruptas, com interesses egoístas e ideologias destruidoras. Se o povo é o critério de todas as coisas, o que fazer quando o próprio povo é corrupto e pratica a exploração do semelhante em todos os níveis (econômico, social, religioso)?
3) O EVANGELHO: PODER COMO SERVIÇO. Jesus inverte as relações de poder. O padrão de poder de Jesus é o padrão de poder do Evangelho: não DOMÍNIO, mas SERVIÇO. No Reino de Deus, o verdadeiro poder não é o DOMÍNIO, mas o SERVIÇO. E onde encontramos este padrão? Em Jesus, no Evangelho: “o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45). O Filho de Deus, mediante quem tudo o que existe foi criado, se fez homem e veio ao mundo, não como rico, não como rei, não como dominador, mas como pobre, servo, marginalizado. Ele veio para amar, para servir. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e se nós somos seus discípulos, vamos seguir o caminho do mestre: no Reino, o amor é o verdadeiro poder; por isso, poder é serviço. O caminho de Jesus é tirar o ego do trono da nossa vida e entronizar o único que é Rei, que sendo Rei, se fez servo de todos! Discípulo de Jesus não procura poder e glória para si, mas para Deus – e por isso toma a sua cruz. O Evangelho é poder como serviço para a glória de Deus!
Como discípulos de Jesus, todas as áreas da nossa vida dizem respeito à nossa espiritualidade, e por isso tudo na nossa vida deve revelar a relação de poder do Evangelho: PODER É SERVIÇO, para a glória de Deus.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Não invalide a Palavra de Deus pela Tradição (Meditação em Mt 15.1-20)


Todas as igrejas tem tradição, quer reconheçam, quer não. Jesus nos ensina que há tradição boa e ruim, e estabelece o critério para julgar as tradições.
1) A PALAVRA DE DEUS ESTÁ ACIMA DAS TRADIÇÕES (vv. 3-6). Na perspectiva da Igreja Romana na época de Lutero, havia 3 fontes de doutrina: a Bíblia, a Tradição e o Magistério. A única intérprete autorizada da Bíblia seria a Tradição, e quem mantém e cria Tradição é o Magistério - e assim a Bíblia se torna refém da Tradição e do Magistério! Vamos dar um exemplo: "Oração e Culto". Segundo a Bíblia, somente Deus pode receber oração (Mt 6.9ss) e culto (Dt 6.13; Mt 4.10; Ap 19.10). Mas, se é assim, por que a Igreja Romana na época do Lutero autorizava oração aos santos e à Maria? Por causa não da Bíblia, mas da Tradição. Jesus afirma que A TRADIÇÃO SÓ TEM LEGITIMIDADE QUANDO ESTÁ CONCORDANDO COM A BÍBLIA, E NÃO O CONTRÁRIO! A Bíblia é maior que a Tradição e é a Bíblia quem deve definir a Tradição. Temos tradições, mas elas constantemente devem ser submetidas à Bíblia, às Escrituras!
2) SOMENTE A ESCRITURA PODE NOS CONDUZIR À VERDADEIRA ADORAÇÃO (vv. 7-9). Todo despertamento e avivamento duradouro são fruto da fidelidade à Palavra de Deus. Adorar a Deus é reconhecer que somente o SENHOR é Deus, é Criador, é o sustentador da criação; somente o SENHOR é dono de tudo e de todos; somente o SENHOR é o Rei dos reis e Senhor dos senhores; somente o SENHOR É SALVADOR. O nome “Jesus” significa “o SENHOR é SALVAÇÃO”. Adoração é se entregar a Deus por ser Ele quem É e fazer o que faz, através da cruz e da ressurreição de Jesus. Jesus ensina que SOMENTE A ESCRITURA PODE CONDUZIR A NOSSA ADORAÇÃO. Adoração não é modismo ou definida pelo tipo da música ou forma de liturgia do culto. Adoração é definida por uma vida alcançada pela GRAÇA DE DEUS, justifica em Cristo, santificada no Espírito, e tudo isso é possível SOMENTE NA ESCRITURA. Quando pautamos a nossa vida em preceitos de homens (filosofias, autoajuda, tradições que contradizem as Escrituras) adoramos a Deus em vão, pois, na verdade, não o adoramos em Espírito e em Verdade! Além disso, quando a adoração não está de acordo com as Escrituras, ela se torna adoração de um ÍDOLO, mesmo que você o chame de Senhor. Só podemos entregar a Deus aquilo que Ele nos deu primeiro, e só podemos adorá-lo fundados na graça, na nova relação com Deus em Cristo, e isso só é possível se estamos de acordo com as Escrituras. Devemos adorar a Deus com sinceridade, mas não é a sinceridade que nos conduz a Deus, pois uma pessoa sincera e errada está sinceramente errada. A graça conduz à sinceridade, mas a sinceridade nem sempre conduz à graça!
3) PRECISAMOS DA ESCRITURA PARA A SANTIFICAÇÃO DE UM CORAÇÃO CORRUPTO (vv. 10-20). A purificação do coração não pode ser realizada por tradições humanas, mas apenas pela Palavra de Deus! Jesus orou ao Pai, dizendo: “Santifica-os na verdade. A Tua Palavra é a verdade” (Jo 17.17). A Palavra revela quem é Deus e quem nós somos, revela o amor de Deus na cruz e na ressurreição de Jesus e, assim, nos revela o Evangelho. A Palavra de Deus é inspirada pelo Espírito Santo e iluminada pelo mesmo Espírito, que testifica de Cristo e atualiza em nós o poder da Ressurreição do Senhor. Sem a Palavra de Deus não há santificação, não há discipulado, não há transformação de vida.
Há tradições que dão testemunho da Palavra de Deus, como o Credo Apostólico ou o Credo Niceno-Constantinopolitano. O critério de julgamento de uma tradição é a Palavra de Deus, revelada de forma plena em Jesus Cristo. Por isso, nunca podemos esquecer a repreensão de Jesus aos fariseus: "invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa tradição".

A Exaltação daquele que se humilhou (Meditação em Fp 2.5-11)


Texto: Filipenses 2.5-11

Na época do Lutero, a igreja afirmava que somos salvos por causa da justiça de Cristo, dos santos e da nossa própria. Lutero afirmou que a salvação é somente por Jesus Cristo. Nossa justiça e nossas boas obras nunca são a CAUSA da SALVAÇÃO, mas são a CONSEQUÊNCIA. Somente Jesus Cristo é Salvador. O nome de Jesus significa: "O SENHOR é SALVAÇÃO".
Mas por que somente Cristo?

1) JESUS É DEUS - É EXALTADO (v. 6).
Ele é o Deus Filho Único (Jo 1.18), nosso grande Deus e Salvador (2Pedro 1.1). Tudo foi criado por meio dEle (Jo 1.1-3). O Pai enviou seu Filho para nos salvar. E este Filho é um com o Pai (Jo 10.30); Jesus é Deus. Não há ninguém maior ou melhor que Jesus! E, sendo tão grande, Ele te ama! Ele veio ao mundo por você!
2) JESUS SE HUMILHOU POR NÓS - FOI HUMILHADO (v. 7-8).
Imagine, o próprio Filho de Deus se humilhou, se rebaixou a ponto de se fazer homem! Ele não deixou de ser Deus, mas não agiu no seu direito divino! E ele se humilhou mais, pois se fé, homem de dores, pobre, desprezado! E ele se humilhou mais: se fez SERVO de TODOS! Às vezes reclamamos: ninguém me valoriza! Jesus sofreu muito mais, se humilhou muito mais, e o de, por amor de nós, por amor de ti! Mas ainda não é tudo: Ele se  humilhou  até a MORTE, e morte de malditos, morte de Cruz! Ninguém se humilhou como Ele. Ele se humilhou por nós, por amor! Ele é digno de que nos humilhe nos por amor dEle!
3) JESUS FOI EXALTADO ACIMA DE TODOS (v. 9-11)
O Exaltado que se humilhou foi novamente Exaltado acima de tudo e de todos! Deus Pai exaltou ao Deus Filho o ressuscitando dentre os mortos, e o colocando sobre Rei de tudo e de todos! Está chegando o dia em que todo joelho vai se dobrar, e toda língua vai confessar que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai!
Quem se humilhar diante dEle será exaltado, mas quem se exaltar será humilhado!
Crentes e não crentes, cristãos e não cristãos, vai se prostrar diante dEle e confessar que Ele é o Senhor Deus Exaltado!

Toda a Glória a Deus! (Meditação em Rm 11.33-36)


O centro da carta aos Romanos é o Evangelho. Paulo a escreve a carta para manter contato com a igreja de Roma, visando seu projeto de uma sua viagem missionária à Espanha, na qual pretendia pregar o Evangelho até o “fim do mundo conhecido”. Por outro lado, toda a carta aos Romanos trata do Evangelho: os caps. 1 a 11 apresentam a mensagem do Evangelho, enquanto os caps. 12-16 trazem aplicações práticas do Evangelho na vida pessoal e comunitária. Ao final da exposição do Evangelho no cap. 11, Paulo encerra com uma doxologia (uma “palavra de louvor”), uma expressão de adoração a Deus, nos vv. 33-36, onde exalta a riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus, que são elevados demais para que possamos compreender! Então, Paulo faz a seguinte afirmação: “Porque dele, por meio dele e para ele são todas as coisas; a Ele, pois, a glória eternamente. Amém” (v. 36).
1) TUDO PERTENCE A DEUS! O Salmo 24.1 diz: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam”. Tudo pertence a Deus! Toda a criação está na palma da sua mão! Nosso planeta pertence a Ele, os oceanos, as florestas, os animais, todos os seres humanos! Os que creem pertencem a Deus; os que não creem igualmente pertencem a Deus! Por isso, nossa vida deve glorificar a Deus, e não a nós mesmos! Toda a glória deve ser dada à Ele, pois tudo pertence a Ele!
2) TUDO É POR MEIO DE DEUS! O Evangelho de João afirma: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava desde o princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1.1-3). Tudo pertence a Deus, pois tudo foi criado por Deus. O Pai cria todas as coisas por meio do Filho e dá vida pelo Espírito; O Pai nos salva através do Seu Filho, que envia sobre nós o Seu Espírito. Deus Pai nos salva da condenação eterna por meio do Seu Filho encarnado, do Deus feito homem, de Jesus Cristo, nosso Senhor. Jesus a si mesmo se entrega por nós na cruz, e ressuscita para a nossa salvação pelo seu Espírito. A Criação e a Redenção são obra de Deus, e não nossa. Se já não fosse suficiente viver para a glória de Deus, por ser Ele o nosso Criador, devemos também glorificá-lo pela salvação, que não é obra nossa, mas de Deus! Nossos atos de justiça não podem trazer salvação, nem mesmo a justiça de outros homens ou mulheres, mas apenas Jesus Cristo, aquele que foi tentado em tudo, mas sem pecado se entregou na cruz, morrendo pelos nossos pecados e ressuscitando para a nossa salvação!
3) TUDO É PARA DEUS! Deus cria tudo nEle e para Ele, para nos dar o seu amor, seu perdão, sua graça, sua alegria! Tudo foi criado para Ele! Sem a sua presença, sem o seu amor, nada faz sentido, nada satisfaz, nada é suficiente. Só nEle encontramos amor, alegria e paz!
Toda a criação e toda a redenção são obra de Deus, pertencem a Deus e são para Deus. Tudo deve glorificar a Deus!

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