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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Colhemos apenas o que plantamos? (Meditação a partir de Lc 13.1-9)


Em Lucas 13.1-9, Jesus ensina seus discípulos sobre a “Teologia da Retribuição”, ou seja, a doutrina que afirma que tudo o que acontece conosco é consequência do que nós mesmos fazemos. Ou seja, todo o mal e o bem que eu recebo só chega até mim porque eu o fiz por merecer, tanto o bem quanto o mal. Apesar de “parecer” bíblica, não é o que a Bíblia ensina.
O livro de Jó contesta o tempo todo a doutrina de retribuição. Vamos conferir o que Jesus está
ensinando.
1. Cada um carrega a sua própria culpa. Ninguém jamais será culpado pelos pecados dos outros. Deus não julgará os pais pelos pecados dos filhos, nem julgará os filhos pelos pecados dos pais. “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.20). Em Gálatas, Paulo afirma: “O que o homem semear, isso também colherá” (Gálatas 6.7). Em resumo: Cada um carrega a culpa pelo próprio pecado. Ninguém será condenado pelo pecado do outro.
2. As consequências do pecado são sentidas pelos outros. No entanto, a carta de Paulo aos Gálatas não está ensinando que colhemos APENAS o que semeamos! Jesus dá o exemplo dos Galileus mortos por Pilatos (provavelmente numa revolta) e pelos 18 homens que morreram com a torre de Siloé que desabou: Estes homens que morreram não eram nem melhores e nem piores que aqueles que permaneceram vivos! Eles não morreram porque eram piores ou melhores que os outros! A Bíblia dá o exemplo de Caim e Abel: quem pecou, cometendo assassinato (pecado, culpa), foi Caim, mas quem morreu (consequência) foi Abel! A Bíblia ensina que ninguém será condenado por causa do pecado que o outro cometeu, mas ao mesmo tempo, ela ensina que as consequências do pecado são sentidas também por quem não pecou! Ou seja:
As consequências do pecado podem ser sentidas não apenas por quem pecou, mas também pelos demais.
3. O que acontece ao nosso redor serve para nos ensinar. Depois que Jesus falou dos Galileus mortos por Pilatos e pelos 18 que morreram com o desabamento da torre de Siloé, Jesus disse a mesma frase: “se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13.3,5). Ou seja, aquilo que acontece ao nosso redor deve servir de lição para nós. Imagine a queda de um avião que leva à morte de várias pessoas. Todos cheios de planos, de alegrias, de objetivos, mas mortos de repente. O que acontece ao nosso redor deve servir de lição para nós. Vamos nos arrepender do mal, se voltar ao amor de Deus e amar uns aos outros!
4. Em Cristo, colhemos o bem que não semeamos! Tem gente que questiona: “mas é justo que a gente sofra a consequência do que os outros fazem?" Ora, em primeiro lugar, também desfrutamos do bem que os outros fizeram. Você já ganhou alguma herança? Alguém já cuidou de você, já te ajudou? Alguém compartilhou contigo o Evangelho? Do mesmo modo, nós não somos salvos por nosso próprio mérito, mas pelo mérito de Cristo. Jesus realizou a justiça que nos conduz à Deus, e não nós mesmos! Em Cristo, colhemos o que nós não plantamos, mas que Cristo plantou! A parábola que Jesus contou também nos ensina isso: somos a figueira do Senhor. Vamos deixar o mal prá trás e dar fruto, para a glória de Deus! Por isso, vamos deixar o mal prá trás, vamos nos arrepender do mal, e vamos viver uma vida de amor, perdão e comunhão – ou seja, vamos andar de acordo com a Palavra de Deus e o Espírito de Deus, e dar fruto para a glória de Deus, pois em Cristo recebemos o perdão e o poder para uma nova vida, pela graça de Deus!

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