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sábado, 2 de maio de 2015

A Igreja guarda o sábado ou o domingo? (síntese)


A Igreja Antiga, nos séculos I, II, III e IV, observava o sábado ou o domingo? Como muita gente tem preguiça de ler todo o post anterior e fica pedindo a base bíblica, estou postando hoje a base bíblica abreviada. O link do post completo está no final deste texto.

Você é judeu? Pois o primeiro gentio (não-judeu) crente em Atos dos Apóstolos é Cornélio que, juntamente com alguns familiares e amigos, recebem o Espírito Santo enquanto ouvem a pregação de Pedro (Atos 10). Alguns judeus cristãos "dispersos por causa da tribulação que sobreveio a Estêvão" chegaram até Antioquia, ondem começaram a evangelizar gentios, que se converteram a Cristo (Atos 11). Posteriormente, alguns judeus cristãos ligados aos fariseus passaram a afirmar que os gentios que se converteram a Cristo deveriam guardar a lei de Moisés: "Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés"(Atos 15.5). Os Apóstolos e Presbíteros se reuniram em conselho e decidiram o seguinte: Não! Os cristãos não precisam guardar a lei de Moisés! Confira:
"Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde" (Atos 15.28-29).
Entre Atos 15.30 e Atos 18.6, o sábado é citado 3 vezes, não como prática cristã ou mandamento, mas como referência gratuita, uma vez que Paulo estava evangelizando judeus nas sinagogas, e os judeus iam às sinagogas no sábado; logo, quem guardava o sábado não era Paulo, mas os judeus que ele queria evangelizar na sinagoga (At 16.13; 17.2; 18.4). Destas 3 passagens, Atos 18.4 é a última vez que o sábado é citado em Atos, e você sabe por que? Porquê Paulo deixa de procurar os judeus e, a partir de então procurará apenas os gentios (Atos 18.1-6). Quando Paulo deixa de evangelizar judeus, ele deixa de ir na sinagoga aos sábados! Além disso, entre Atos 18.7 até o final do Apocalipse o sábado é citado apenas uma vez, em Colossenses 2.16-17, que afirma o seguinte: "Portanto, que ninguém faça para vocês leis sobre o que devem comer ou beber, ou sobre os dias santos, e a Festa da Lua Nova, e o sábado. Tudo isso é apenas uma sombra daquilo que virá; a realidade é Cristo". Ou seja, de Romanos a Apocalipse, o único texto bíblico que fala do sábado afirma que os cristãos não devem ser jugados por não guardar o sábado (apenas uma sombra que aponta para Cristo).

Você é judeu? Pois Paulo, que era judeu, não estava debaixo dos mandamentos da lei de Moisés, mas debaixo apenas da graça de Deus em Cristo (Romanos 6.14-15). Veja o testemunho de Paulo a respeito:

"Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!" (Rm 6.14-15),
"Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei." (1Co 9.20-21).

Quem está debaixo da lei está debaixo de maldição, pois está obrigado a guardar toda a lei sem falha alguma:
"Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las" (Gl 3.10).

Agora, se por um lado, o único verso que fala do sábado entre Romanos e Apocalipse fala contra o sábado (Cl 2.16-17), o Novo Testamento testemunha que os cristãos observavam o domingo não como dia de descanso, mas como dia especial de celebração do culto e da Ceia do Senhor:

Evangelhos e Atos
- Lc 24.13-35 (Os discípulos no caminho de Emaús). Jesus ressuscita num domingo, e "naquele mesmo dia" se encontra com dois discípulos, lhes anuncia o Evangelho e celebra com eles a Ceia do Senhor. A partir de então, a celebração da Ceia do Senhor passa a ser uma prática dominical.
- Jo 20.19-29 (Relatos do encontro do Ressuscitado com seus discípulos). Jesus ressuscita em um domingo e aparece aos seus discípulos no domingo da ressurreição e ao oitavo dia (Jo 20.26), ou seja, no próximo domingo! Três aparições em oito dias, e todas no domingo.
- At 2.1-4. Os discípulos reunidos receberam o dom do Espírito "ao cumprir-se o dia de Pentecoste", ou seja, após o 50º dia depois da Páscoa, ou seja, um domingo - inferência provável segundo Allmen (Allmen:1968, p. 265).
- At 20.7-12. Testemunho da prática da Igreja primitiva em celebrar a Ceia do Senhor no domingo, o "primeiro dia da semana".
Epístolas
- 1Co 16.1-4. Quando Paulo fala das normas que deu para as igrejas da Galácia sobre a coleta para a Igreja de Jerusalém, e que agora dá as mesmas normas para as igrejas em Corinto, o apóstolo afirma que estas deveriam ser feitas "no primeiro dia da semana", por uma razão óbvia: era o dia em que a Igreja se reunia para o culto a Deus e a celebração da Ceia do Senhor. Caso contrário, não faria sentido estabelecer o domingo como dia da coleta, caso os cristãos não estivessem reunidos!

Se não bastasse, a literatura cristã dos séculos I, II, III e IV testemunham que, desde o período em que o Novo Testamento estava sendo escrito, os cristãos, inclusive judeus (a exemplo de Paulo) observavam o domingo como dia especial de culto de celebração da Ceia do Senhor, e não o sábado.
Para ler o texto completo, clique no link abaixo:

http://marcio-marques.blogspot.com.br/2014/11/a-igreja-antiga-sabado-ou-o-domingo.html

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