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quinta-feira, 14 de abril de 2022

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos – “Quinta - Eucaristia, Getsêmani, Traição, Prisão e Negação”

Na quinta Jesus institui a Santa Ceia (ou Eucaristia, palavra grega que significa "Ação de Graças"), ora ao Pai no Getsêmani (onde transpira sangue), é traído por Judas, abandonado pelos demais discípulos, preso pelos guardas do Templo, negado por Pedro e condenado pelo Sinédrio (tribunal religioso judaico). 


 TEXTO BÍBLICO: Marcos 14.12-72

(O texto é longo - 61 versos. Vamos deixar aqui apenas a referência)


 COMENTÁRIO

Jesus celebra a Páscoa com os seus discípulos. A Páscoa judaica celebrava a libertação de Israel da escravidão do Egito. Mas, ao celebrar a Ceia da Páscoa com os seus discípulos, algo novo acontece. O pão e o vinho não estão apontando mais para o antigo significado judaico, mas para o corpo e o sangue de Jesus. Em meio à todo perigo, tensão e angústia daquela hora, Jesus estabelece uma Ceia que aponta para aquilo que ele estava fazendo, ao estabelecer uma Nova e Eterna Aliança, através da sua cruz e ressurreição. Na Santa Ceia o passado, o presente e o futuro se encontram. Instituída na véspera da crucificação, a Santa Ceia tem relação com a Páscoa judaica por ser uma ceia pascal (passado), mas agora aponta para o que Jesus está realizando no presente daquele momento, bem como aponta para o futuro ("beberei o vinho novo no Reino de Deus"). Para nós hoje, a celebração da Ceia aponta para o passado, em que Jesus morre na cruz e ressuscita, para o presente, em que Ele manifesta a sua presença real conosco, e para o futuro, quando renovará todas as coisas por causa da cruz e ressurreição. Jesus estabelece uma celebração que aponta para o amor de Deus revelado na sua morte na cruz e ressurreição, bem como na restauração de todas as coisas, antes que o motivo da celebração aconteça!

A seguir Jesus afirma novamente que irá morrer e ressuscitar e que todos os discípulos o abandonariam. Pedro afirma que morreria por Jesus, mas Jesus afirma que "antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes" (v. 30). Jesus sempre está certo sobre nós, nos conhece melhor que nós mesmos, mas não deixa de nos amar!

Logo após Jesus vai com os discípulos ao Getsêmani, deixa os demais num ponto e segue com Pedro, Tiago e João, seguindo sozinho um pouco mais. Jesus se sente "tomado de pavor a angústia", pois sabia o que o esperava, sabia que havia chegado a sua hora. Jesus demonstra um equilíbrio emocional assustador: apesar de já haver anunciado várias vezes que iria morrer e ressuscitar (Mc 8.31-33; 9.30-32; 10.32-34; 14.27-28), ele só é tomado de pavor e angústia na véspera! Ele é o melhor exemplo do seu ensino de que não podemos andar ansiosos de coisa alguma e que basta ao dia o seu próprio mal! Alguns comparam a atitude de Jesus com a de Sócrates diante da morte. Enquanto Sócrates encarou a morte por envenenamento com serenidade, Jesus é tomado de pavor e angústia. Algumas observações: 1) Sócrates aguardava uma morte relativamente tranquila, sem muito sofrimento, enquanto Jesus sabia o suplício excruciante pelo qual passaria; 2) Para Sócrates a morte "é uma amiga", que promove a libertação do espírito da prisão do corpo. Para Jesus a morte não é uma amiga, mas um poder inimigo que deveria ser derrotado. No Getsêmani Jesus nos ensina que orar é mais uma atitude de buscar conhecer a vontade de Deus para se entregar à ela que tentar convencer a Deus a fazer a nossa vontade! 

Na sequencia Jesus é preso, quando Judas conduz os soldados do templo e identifica Jesus com um beijo. Diante do Sinédrio, do Tribunal judaico, Jesus é condenado por blasfêmia à pena de morte! Então Pedro nega a Jesus, conforme havia sido avisado. 

Jesus segue sozinho em direção à cruz! 


Você quer saber como foi a sexta feira de Jesus na Semana da Paixão? Clique no link abaixo e descubra!

http://marcio-marques.blogspot.com/2022/04/a-semana-da-paixao-de-cristo-no_15.html

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