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domingo, 12 de outubro de 2014

Encontros com Jesus: Pilatos - O desafio da pressão

O texto abaixo foi publicado no devocionário 2014 dos 35 dias de Jejum e Oração, organizado e publicado pela Igreja Presbiteriana Independente do Estreito, de Florianópolis (SC).


TEXTO BÍBLICO

"E Pilatos disse pela terceira vez: — Mas qual foi o crime dele? Não vejo neste homem nada que faça com que ele mereça a pena de morte. Vou mandar que ele seja chicoteado e depois o soltarei.  Porém eles continuaram a gritar bem alto, pedindo que Jesus fosse crucificado; e a gritaria deles venceu. Pilatos condenou Jesus à morte, como pediam. E soltou o homem que eles queriam [Barrabás] — aquele que havia sido preso por causa de revolta e de assassinato. E entregou Jesus para fazerem com ele o que quisessem" (Lucas 23.22-25NTLH).


REFLEXÃO

Pilatos era governador da Judéia, durante o governo do imperador Tibério. Era um homem que vivia debaixo de muita pressão, pois precisava manter a paz romana na Judéia, onde movimentos de judeus que queriam a independência de Israel (especialmente os zelotas) muitas vezes recorriam à violência, principalmente durante as grandes festas. Jesus atraiu desde cedo à oposição dos líderes religiosos judaicos, sobretudo após a “purificação do templo” em Jerusalém (Mc 11.15-19). Pilatos sabia que Jesus era inocente das acusações dos principais sacerdotes e anciãos (que formavam o Sinédrio), os quais manipularam a multidão, a qual se voltou contra Jesus. Pilatos, pressionado pelo império, pelas autoridades judaicas e pela multidão, entregou Jesus para ser crucificado, libertando o zelota Barrabás, preso por causa de revolta e assassinato. Em nome da paz do Império Romano, Pilatos liberta o zelota assassino e entrega a morte o Príncipe da Paz!

Pilatos nos ensina que o encontro com Cristo pode nos expor a pressões. Todos nós sofremos muitas pressões para não viver os valores do Reino de Deus (amor, justiça, fé, esperança, perdão). A pressão pode vir de familiares, amigos, emprego, cultura, grupo de amigos, opinião pública, e até mesmo das instituições religiosas. Pilatos lava suas mãos, querendo se justificar de sua injustiça, mas omissão não traz justificação. Os discípulos de Cristo não podem se tornar discípulos daqueles que cometem injustiça por causa de pressões, ou mesmo que condenam pessoas inocentes ou deixarão de viver os valores do Reino em favor da opinião pública, do Estado, do partido político, da empresa ou mesmo do conforto, da segurança e do prazer.


PENSE NISSO

Temos seguido o exemplo de Cristo, de resistência pacífica contra a injustiça, ou pensamos que o caminho é agir contra a Palavra de Deus, nos sujeitando as pressões políticas, econômicas e ideológicas?
Estamos na condição de justo sofredor, injusto opressor ou massa de manobra?


ORAÇÃO

Pai, tem misericórdia de nós, que apesar de sermos chamados para seguir ao Teu Filho amado, que resistiu pacificamente contra a violência, muitas vezes queremos ser como Pilatos, que cometeu injustiça por causa da pressão, ou como a multidão, que serviu de massa de manobra para os interesses de grupos poderosos, ou mesmo como o Sinédrio, que deveria cuidar dos injustiçados, mas que, de maneira hipócrita, acabou promovendo a injustiça. Conduze-nos, pela Tua graça, a uma vida de amor, justiça e perdão, em nome de Jesus. Amém.

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