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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Passeando pela Bíblia - Gênesis a 1Samuel 10

Você está começando a ler a Bíblia, mas está achando muito difícil? Não consegue entender a narrativa? Quer uma ajuda? Então vamos dar um passeio rápido pela Bíblia, ou ainda, um passeio rápido pela narrativa bíblica. Este passeio não será suficiente para que você conheça as árvores, mas te ajudará a conhecer a floresta. Você está pronto? Então vamos lá...

Origens:  Criação, Queda, Dilúvio, Babel (Gênesis 1-11)
No princípio, era Deus, em sua comunhão plena e perfeita consigo mesmo: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Mas Deus é amor, e por isso Ele resolveu criar algo que não fosse Ele mesmo, para amar. Então Ele criou o universo, na palma de sua mão. E, no universo, criou o ser humano a sua imagem e semelhança.
Deus se alegrava com o ser humano, na comunhão, na companhia, no diálogo... e estabeleceu com o homem e a mulher uma relação de liberdade e responsabilidade: "E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.16-17). Ao invés de ouvir a Palavra do Deus de amor, deu ouvidos a palavra mentirosa da serpente, o que bagunçou a relação do ser humano com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com o restante da criação. Deus julga a todos com justiça e expulsa o ser humano do jardim, mas, antes, prepara para eles uma roupa adequada para cobrir a nudez, demonstrando seu cuidado e amor, mesmo depois do pecado! Expulsos do jardim, Adão e Eva tem filhos, mas o pecado continua afetando as relações humanas: Caim mata Abel e foge. A população cresce junto com a injustiça. Deus resolve enviar o juízo através do Dilúvio, mas envia a Noé, seu mensageiro, para anunciar a necessidade de arrependimento e a preservação da vida, pela fé e a obediência na Palavra de Deus. Mas a maioria das pessoas não dão crédito a Palavra de Deus, não entram na arca que Deus ordenou Noé a construir, mas entram apenas 8 pessoas: Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé, e as suas mulheres. Depois do dilúvio, Deus faz uma aliança de preservação da vida, cujo sinal é o arcoiris. Mas a população continua a crescer, junto com a injustiça e os projetos de orgulho e vaidade, como a torre de Babel. Deus então espalha os homens, confundindo a sua linguagem.

Os Patriarcas (Gênesis 12-50)
Mas Deus chama um homem, para firmar com ele uma aliança, prometendo uma terra e uma descendência. Deus promete também que todas as famílias da terra seriam abençoadas nele. Abrão peregrina na terra de Canaã, que o SENHOR prometera para a sua descendência. Apesar da idade avançada de Abrão e de sua mulher, Deus dá a eles um filho, chamado Isaque, logo depois que muda os seus nomes para Abraão e Sara. Abraão amou mais a Deus que ao seu próprio filho, e obedeceu a Deus cegamente, pois cria que Ele cumpriria a Sua Palavra. Isaque cresceu e se casou com Rebeca, com quem teve dois filhos, Esaú e Jacó. O mais novo engana o pai e o irmão mais velho, e por isso foge do irmão. Casa-se com duas irmãs, Raquel e Lia, e tem com elas e suas concubinas 12 filhos. Um deles, José, foi vendido pelos seus irmãos como escravo para mercadores, que o venderam para o Egito, onde se torna servo de um homem chamado Potifar. Após se tornar o braço direito de seu senhor, a mulher de Potifar tenta seduzi-lo, mas ele foge dela e é acusado de tentativa de estupro. No cárcere, se torna o braço direito do carcereiro e interpreta corretamente o sonho de dois servos do faraó, sendo que um morre e o outro volta a servir seu rei. Diante de um sonho do faraó que ninguém consegue interpretar, José é chamado a sua presença e interpreta o sonho, vindo depois a ser promovido pelo próprio faraó como governador de todo o Egito. Nos 7 anos de fartura (vacas gordas), o Egito acumulou comida para os 7 anos de miséria (vacas magras). Jacó envia seus filhos para comprar comida no Egito, quando José encontra seus irmãos, manda chamar o seu pai Jacó, e toda a família tem a vida preservada pela providência divina, pois Deus, em sua soberania, é capaz de cumprir seus desígnios mesmo diante da injustiça e maldade das pessoas. Depois que aquela geração morre, é levantado um faraó que passa a oprimir os descendentes dos patriarcas, os hebreus. Esta é a origem da família dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.

O Êxodo (Êxodo ao Deuteronômio)
Depois de 400 anos de escravidão, Deus levanta um homem chamado Moisés, um hebreu que escapou da morte sendo adotado ainda bebê pela filha do faraó, que o encontrou em um cesto no rio Nilo, acompanhado pela sua irmã Mirian, que atendeu a ordem da filha do faraó para encontrar uma ama de leite para o menino - a própria mãe hebreia. Até os 40 anos, criado no palácio, Moisés pensava que "tudo podia", até que matou um egípcio que maltratava um hebreu e foi descoberto. Dos 40 aos 80 anos, passou a achar que "nada podia", tendo fugido para o deserto, onde se casou com a filha de um sacerdote de Midiã chamado Jetro ou Reuel. Quando tinha 80 anos, viu uma sarça pegando fogo, sem ser consumida pelas chamas. O SENHOR Deus, então, se revela a Ele e o chama para libertar Seu povo da escravidão no Egito, junto com seu irmão Arão. Moisés começa a aprender que "Deus pode". O faraó resiste, mesmo diante de 9 pragas enviadas ao Egito da parte de Deus. Então Deus ordena a celebração da Páscoa, em que o cordeiro pascal era comido e seu sangue aspergido nas umbreiras da porta dos hebreus, para que o anjo da morte não os visitasse na 10a praga, a da morte dos primogênitos, após a qual o faraó ordena a saída dos hebreus do Egito. Faraó muda de ideia e envia seus soldados contra os hebreus. Moisés e os hebreus, entre o mar, as montanhas e os soldados do faraó, atravessam o mar, aberto pelo poder de Deus diante de Moisés, que levanta o seu cajado. Mas as águas se fecham sobre os soldados do faraó, que padecem no mar.
Moisés conduz o povo ao Sinai, onde recebe a Lei de Deus. Apesar da idolatria, da murmuração e da falta de fé do povo, Moisés conduz o povo a obediência a Lei de Deus, estabelecendo o sacerdócio levítico, construindo o tabernáculo e a arca da aliança, que foi colocada no Santo dos Santos, a parte mais interior do tabernáculo. Na inauguração do tabernáculo, a glória de Deus (Shekhiná) se revela na nuvem e na coluna de fogo, que orientavam os hebreus na caminhada pelo deserto, em direção a terra prometida, a terra de Canaã, onde peregrinaram os patriarcas. Prosseguindo em direção a terra da promessa, Moisés envia 12 espias para conhecer a terra, mas apenas 2 deles, Josué e Calebe, procuram animar o povo a entrar na terra prometida, conforme a promessa do SENHOR, enquanto os 10 demais falam apenas no tamanho dos gigantes e das dificuldades. O povo dá ouvidos as palavras dos 10 espias, e não a Palavra de Deus testemunhada por Josué e Calebe. Por isso, toda aquela geração peregrina 40 anos no deserto, morrendo todos no deserto, com exceção de Josué, Calebe e os descendentes daquela geração incrédula. As portas da terra prometida, morrem Arão, sumo sacerdote e irmão de Moisés, e o próprio Moisés, nas campinas de Moabe. Antes de morrer, Moisés relembra no Deuteronômio os mandamentos do SENHOR. Esta é a origem da nação de Israel.


A Confederação das Tribos - Conquista, distribuição e vida na terra da promessa (Josué a 1Samuel 10).
Josué, servo de Moisés, conduz o povo na conquista da terra de Canaã. Mas algumas regiões não são conquistadas, o que levou as 12 tribos conviverem ainda em Canaã com seus inimigos. Após a divisão da terra entre as tribos, Josué leva o povo a uma renovação da aliança com o SENHOR, morrendo depois disso na sua própria terra.
Uma vez estabelecidos na terra, o povo continua a demonstrar a sua dureza de coração. Após um período de paz, o povo desviava o seu coração do SENHOR e caía na  idolatria e na sua filha predileta, a injustiça. O SENHOR, então, desviava os olhos de Israel, e seus inimigos triunfavam e o oprimiam. Em aperto, o povo clamava ao SENHOR, que enviava um juiz, que libertava o povo da opressão do inimigo. Mas, morrendo o juiz, o povo caia na idolatria e na injustiça. O SENHOR, então, desviava os olhos de Israel, e seus inimigos triunfavam e o oprimiam. Em aperto, o povo clamava ao SENHOR, que enviava um juiz, que libertava o povo da opressão do inimigo...
Um dos juízes foi Sansão, cuja força não estava no cabelo, mas em sua consagração a Deus: ele era nazireu, havia quebrado os dois primeiros votos (não comer uva ou beber vinho e não tocar em coisa imunda), mas ainda restava o terceiro, a saber, não cortar o cabelo. Quando seu cabelo foi cortado, o terceiro voto foi quebrado, e a sua força, que estava na sua consagração, se esvaiu. Mas ele orou ao SENHOR, que renovou as suas forças, podendo derrubar as colunas que sustentavam o templo do falso deus, no qual estavam os seus inimigos filisteus. Neste período viveu Rute, uma estrangeira que decidiu continuar com sua sogra Noemi, mesmo diante da morte dos maridos de ambas. Voltando a Israel, casou-se com Boaz, vindo a ser ancestral do rei Davi e de Jesus Cristo.  O último juiz foi Samuel, que ungiu os dois primeiros reis de Israel, Samuel e Davi. Mas este já é outro passeio...

(Em breve, postaremos a continuação, se Deus quiser...)

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