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sábado, 30 de março de 2013

Fé a Serviço da Vida (Mt 12.1-14)


Que tipo de fé nós vivemos? Será que vivemos uma fé à serviço da vida, ou vivemos uma fé que escraviza e coloca apenas mais peso nas nossas costas? Em Mt 11.28-30 Jesus faz um convite (no imperativo!): “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. A seguir, no capítulo de Mt 12, estas palavras são demonstradas na atitude da vida do próprio Jesus. Os dois primeiros blocos (Mt 12.1-8 e 9-14) narram duas histórias, em que Jesus ensina algo fundamental sobre a vivência da nossa fé.
Em Mt 12.1-8, Jesus está andando com seus discípulos numa ceara em dia de sábado, e seus discípulos, famintos, colhem espigas para comer. Os fariseus, vendo aquilo, ficaram escandalizados, pois segundo a sua tradição religiosa ninguém podia colher espigas num sábado. Questionado por eles, Jesus responde a partir das Escrituras, e ensina uma lição muito importante: a vida (discípulos com fome) é muito mais importante que regras religiosas caducas, que só aumentam o peso na vida das pessoas. Deus é a favor do faminto, é a favor da vida! Por isso Jesus repreende os fariseus citando o profeta Oséias: “mas, se vós soubésseis o que significa: misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes”(Mt 12.7, cf. Os 6.6).
Em Mt 12.9-14 Jesus entra na sinagoga deles (fariseus), no mesmo sábado. Na sinagoga está um homem que tinha uma das mãos ressequida. Os fariseus, “com o intuito de acusá-lo, perguntam a Jesus: é lícito curar no sábado?” (v. 10). Aqui, novamente, fica clara a motivação dos fariseus: não estão preocupados com a glória de Deus e com o bem-estar do semelhante. Querem condenar! Estão preocupados com suas próprias regras. Desta vez Jesus confronta os fariseus com uma pequena parábola, que revela a hipocrisia dos fariseus (“qual dentre vós...” – v. 11). Quem, tendo apenas uma ovelha, não a tiraria do buraco num sábado? E se é assim com ovelhas, quanto mais com pessoas! “Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem”(v. 12). Jesus então cura o homem no sábado, e por isso os fariseus passaram a conspirar contra ele!
Jesus nos ensina que a fé deve ser fé a serviço da vida (famintos, doentes, pecadores, necessitados de toda espécie), pois Deus é fonte da vida, o doador da vida e o restaurador da vida. Se Deus é a favor da vida, nós também devemos ser. Deus não quer que vivamos uma religiosidade de “obrigação”. Quando a fé deixa de ser uma manifestação de amor e gratidão a Deus e passa a ser uma obrigação, algo muito errado está acontecendo. Quem conhece a Deus não vive a fé por obrigação, mas por amor e gratidão a Deus.
Deus nos leva muito a sério, a ponto de, na pessoa do Filho, se fazer homem, viver uma vida sofrida (pobre, perseguido, descriminado, abandonado, negado, traído), morrer pelos nossos pecados... Mas Jesus ressuscitou ao terceiro dia, e vive e reina hoje! Por nos levar tão a sério, Deus não admite que alguém não O leve a sério.
Viva uma fé realmente viva! Não se acomode à uma religiosidade fria e sem Deus. A fé em Cristo nos leva a buscar viver para a glória de Deus, a favor do outro, principalmente dos necessitados (famintos, doentes, pecadores, pobres, confusos). Que Deus nos abençoe a viver uma fé viva, que glorifique a Deus através da promoção da vida!  

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