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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Aos que querem a felicidade


"Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa, achá-la-á" (Mateus 16.24-25).

Você não nasceu para buscar a felicidade.
Você foi criado por Deus, de Deus e para Deus.
Você nasceu para glorificar a Deus, para viver para Ele, para fazer a vontade dEle!
Só há amor, alegria e paz verdadeiros (ou seja, plena satisfação) em Deus.
Se você buscar a felicidade, não vai encontrar.
Mas, se você amar a Deus e buscar a vontade dEle, a felicidade vai te acertar em cheio - e você não terá como escapar!
Você não nasceu para buscar a felicidade, mas para amar e glorificar a Deus. Mas, quando você amar a glorificar a Deus, vai encontrar a plenitude do amor, da alegria e da paz!

"Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que aqueles que vivem NÃO VIVAM MAIS PARA SI MESMOS, mas PARA AQUELE que por eles morreu e ressuscitou" (2Co 5.14-15).

terça-feira, 19 de abril de 2016

Obrigado!


Obrigado a todos pelo carinho!
Hoje, 19 de abril de 2016, estou completando 42 anos - e o nosso Blog completou 95.000 acessos!
Obrigado a todos pela amizade, pelo carinho e pela alegria de refletir juntos.
Que Deus continue sempre a nos abençoar!

Um grande abraço a todos!

Deus nos criou à sua imagem e nos colocou neste mundo para o amor e o cuidado!



"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos" (Romanos 8.18-25).

Deus nos criou para expressarmos a sua imagem e semelhança, a fim de que sejamos expressão do seu amor, justiça e cuidado na criação. O domínio dado ao ser humano não pode ser utilizado para destruir, mas para cuidar e proteger - pois, afinal, tudo pertence a Deus!
Uma fé saudável e alicerçada na Escritura sempre vai nos conduzir ao cuidado com a criação de Deus. Quando isso não acontece, a fé não é saudável e não está fundamentada na Palavra de Deus.


sábado, 9 de abril de 2016

Existe consenso doutrinário entre os cristãos?


Algumas pessoas às vezes me perguntam o seguinte: "Como eu posso ser cristão, se nem mesmo os cristãos concordam sobre as doutrinas fundamentais?". Mas a afirmação de que "não há consenso doutrinário entre os cristãos" é falsa, pois os cristãos concordam com as doutrinas fundamentais.
A concordância em relação às doutrinas fundamentais dos cristãos está expressa nos dois mais importantes credos da história da Igreja: O "Credo dos Apóstolos" e o "Credo Niceno-Constantinopolitano". Antes de prosseguir, é necessário compreender qual foi a Igreja que expressou a sua fé nestes dois credos. Vamos entender esta questão.

1. A IGREJA ANTIGA E SEUS DESDOBRAMENTOS
O "Credo Apostólico" faz referência à "santa Igreja católica".
O "Credo Niceno-Constantinopolitano" faz referência à "Igreja una, santa, católica e apostólica".
Mas, afinal, estes credos estão falando de que Igreja? Os dois credos citados foram escritos antes dos dois grandes cismas que dividiram a Igreja de Cristo em três grandes grupos principais: Igreja Ortodoxa Grega, Igreja Católica Romana e Igrejas Protestantes/Evangélicas. Portanto, estes credos ecumênicos não se referem apenas à Igreja Ortodoxa Grega, ou apenas à Igreja Católica Romana, ou apenas às Igrejas Protestantes. Estes credos compreendem TODA A CRISTANDADE! As divisões entre os cristãos ocorreram séculos depois destes dois credos!
Até o ano de 1054 d.C., todos os cristãos faziam parte da Igreja Católica, que compreendia as igrejas do oriente e do ocidente. No entanto, após séculos de isolamento e controvérsias entre ocidente e oriente, em 1054 d.C. o Cardeal Humberto, enviado pelo Papa Leão IX, declarou o Patriarca de Constantinopla herege. O Patriarca Miguel Cerulário reagiu, excomungando o Cardeal Humberto, bem como outros legados posteriores enviados pelo Papa. Os motivos do cisma são vários, considerando que durante séculos a Igreja no ocidente e no oriente trilharam caminhos próprios, com diferenças culturais, políticas, sociais, linguísticas e litúrgicas. Do ponto de vista da doutrina, foram elementos importantes para a cisão o acréscimo da expressão "filioque" pela Igreja ocidental em relação ao Espírito Santo, ou seja, a afirmação de que o Espírito Santo procede do Pai "e do Filho" (filioque). Outras questões importantes foram a tentativa do Papa de exercer domínio sobre a Igreja oriental, além de questões menores, como a utilização de pão sem fermento na comunhão e a normatização do celibato entre os sacerdotes no ocidente.
O segundo cisma ocorreu no ocidente no século XVI. Este cisma é a Reforma Protestante, que dividiu a cristandade ocidental entre Igreja Católica Romana e Igrejas Protestantes.
Quando o "Credo Apostólico" e o "Credo Niceno-Constantinopolitano" fazem referência à "santa Igreja católica" ou à "Igreja una, santa, católica e apostólica", eles estão fazendo referência à toda a cristandade (ocidente e oriente), e não apenas à um dos ramos do ocidente. A palavra "católica" significa "universal". Sendo assim, como pode ser percebido facilmente através do estudo da história, "todo cristão é católico", mas "nem todo cristão é católico romano". As Igrejas Protestantes que mantém a fé apostólica, conforme expressa nos credos, são "católicas", apesar de não serem "romanas". O mesmo se aplica à Igreja Ortodoxa Grega.


2. OS CRISTÃOS CONCORDAM NAS DOUTRINAS FUNDAMENTAIS: OS CREDOS
Um Credo é uma fórmula doutrinária na qual os cristãos professam a essência da sua fé.
O "Credo Apostólico" é aceito pelos cristãos ocidentais, ou seja, pela Igreja Católica Romana e pelas Igrejas Protestantes/Evangélicas.
O "Credo Niceno-Constantinopolitano" é aceito pelos cristãos ocidentais e orientais, ou seja, pela Igreja Ortodoxa Grega, pela Igreja Católica Romana e pelas Igrejas Protestantes/Evangélicas.
Deste modo, o conteúdo destes credos, em especial o Credo Niceno-Constantinopolitano, representa a fé cristã fundamental. Isso significa que, NO ESSENCIAL, os cristãos apresentam, sim, um consenso doutrinário. Mas quais são essas doutrinas fundamentais? Para entender esta questão, precisamos conhecer os dois credos citados, o que faremos a seguir.
A estrutura dos dois credos citados é a mesma:
1) A doutrina sobre Deus.
1.1) Deus Pai;
1.2) Deus Filho;
1.3) Deus Espírito Santo;
2) A doutrina sobre a Igreja e sobre a salvação.


3. OS CREDOS CRISTÃOS FUNDAMENTAIS
Abaixo, vamos transcrever os dois credos cristãos fundamentais.

3.1) CREDO APOSTÓLICO


"Creio em Deus, 
Pai Todo-Poderoso,
criador do céu e da terra.

E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo.
Nasceu da virgem Maria,
padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu ao Hades;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu ao céu,
e está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição do corpo,
e na vida eterna.
Amém" (2)

Segundo Bettenson, este credo foi preservado pela Igreja da cidade de Roma "como profissão de fé em seu ritual de batismo"(1).

A compreensão do Credo Apostólico entre Católicos Romanos e Protestantes/Evangélicos é a mesma, com exceção da interpretação de duas expressões, a saber, "virgem Maria" e "santa Igreja católica".
A expressão "virgem Maria" quer dizer, simplesmente, que quando Jesus nasceu, Maria, sua mãe, era ainda virgem. O Credo Apostólico destaca que Jesus Cristo é o Verbo de Deus feito carne (João 1.14).
Já a expressão "santa Igreja católica" do Credo Apostólico é anterior à divisão da cristandade entre Ortodoxos Gregos, Católicos Romanos e Protestantes/Evangélicos, de modo que, no Credo, ela é simplesmente sinônimo de "santa Igreja de Cristo" - ou seja, a Igreja de Cristo espalhada pela face da terra. O Credo Apostólico não fala de divisões na cristandade. Por exemplo, as Igrejas Protestantes são católicas - mas não são católicas romanas. A "santa Igreja Católica" do Credo não equivale à "Igreja Católica Romana" de hoje, pois incluiria tanto a Igreja Ortodoxa Grega quanto as Igrejas Protestantes/Evangélicas que mantém a sua fé conforme o Credo.


3.2) CREDO NICENO-CONSTANTINOPOLITANO


"Cremos em um só Deus, Pai, Onipotente,
criador do céu e da terra,
e de todas as coisas visíveis e invisíveis.

E em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho unigênito de Deus, 
gerado do Pai antes de todos os tempos,
Luz de Luz,
verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, 
gerado, não feito,
consubstancial com o Pai,
por quem todas as coisas foram feitas,
o qual por nós homens e pela nossa salvação desceu do céu,
e encarnou por obra do Espírito Santo, da virgem Maria,
e foi feito homem.
Foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos,
padeceu e foi sepultado.
E, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras,
e subiu ao céu,
e está sentado à mão direita do Pai,
e virá outra vez com glória a julgar os vivos e os mortos,
e o seu Reino não terá fim.

E cremos no Espírito Santo, Senhor, doador da vida,
procedente do Pai.
O qual com o Pai e o Filho juntamente é adorado e glorificado, 
o qual falou pelos profetas.

Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Reconhecemos um só batismo para a remissão dos pecados.
E esperamos a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo vindouro. Amém"(3).

No Credo Niceno-Constantinopolitano, fazem-se as mesmas observações acerca do Credo dos Apóstolos em relação a leituras diferentes entre Católicos Romanos, Protestantes/Evangélicos e Ortodoxos Gregos  acerca das expressões "virgem Maria" e "Igreja santa, católica e apostólica". É importante também destacar que a frase "E cremos no Espírito Santo, (...) procedente do Pai [e do Filho]", foi um elemento de destaque no cisma entre a igreja oriental e ocidental. A expressão entre colchetes "e do Filho"("filioque"), é um acréscimo posterior ao credo, não aceito pelos orientais, mas aceito por Católicos Romanos e Protestantes/Evangélicos de modo geral. Aqui neste post estamos citando a versão mais antiga do credo, sem o acréscimo da expressão "e do Filho", feita pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) do "Documento de Estudo da Comissão de Fé e Ordem" sobre "A Confissão da Fé Apostólica".


CONCLUSÃO
O Credo Apostólico e o Credo Niceno-Constantinopolitano são um testemunho importante de que a Igreja de Cristo concorda, no essencial, com a doutrina. Há doutrinas em que encontramos diferenças, mas as doutrinas fundamentais são compartilhadas por todos.


_________________________

(1) H. BETTENSON. Documentos da Igreja Cristã. São Paulo ASTE, 1998, p. 60.
(2) CMI (Conselho Mundial de Igrejas). A Confissão da Fé Apostólica. São Paulo: CONIC/IEPG. 1993, p. 24.
(3) CMI (Conselho Mundial de Igrejas). A Confissão da Fé Apostólica. São Paulo: CONIC/IEPG. 1993, pp. 22-23.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Se Deus é bom, por que Ele mandou o Seu Filho morrer na cruz?



Já ouvi várias pessoas fazerem a seguinte observação: "Se Deus é bom, como é que Ele mandou o Seu Filho morrer na cruz?". Em outras palavras: "Como pode Deus ser bom, se Ele enviou o Seu Filho à morte numa cruz?".

Esta é uma boa pergunta, que tem na fé cristã uma resposta muito clara.

Tudo começa com outra pergunta: "Quem é Deus?". Muitos pensam que Deus  não é bom, por não compreenderem quem é Deus de acordo com a fé cristã. Deus não é apenas o Pai: Deus é o Pai, o Filho e o  Espírito Santo! Esta verdade sobre Deus é chamada de "doutrina da Santíssima Trindade":

"O Deus uno é, por toda a eternidade, Pai, Filho e Espírito Santo"(1).

Agostinho de Hipona diria que Deus é amor, pois é o Amante (Pai), o Amado (Filho) e o Amor (Espírito).

O teólogo alemão Jurgen Moltmann expressa a realidade da Trindade de Deus e a sua relação com a Cruz de Cristo;

"Deus não ama do mesmo modo como às vezes também pode irar-se. Não, ele é amor. A sua essência é amor. Ele se constitui de amor. E isso aconteceu na cruz. Essa definição somente alcança todo o seu significado quando se procura permanentemente reavivar o caminho que leva a ela, a saber, o abandono de Jesus na cruz, a entrega do Filho pelo Pai, e o amor que tudo faz, tudo concede e tudo sofre pelo homem que se perdeu. Deus é amor, isto é, Deus é doação, isto é, Deus existe por nós: na cruz. Exprimindo isso trinitariamente: O Pai deixa o Filho imolar-se através do Espírito. "O Pai é o amor, que crucifica; o Filho é o amor crucificado; o Espírito Santo é a força invencível da cruz". A cruz está colocada no meio da Trindade. isso foi expresso pela tradição, que se apóia no Apocalipse de João, mediante a imagem do 'cordeiro imolado (desde o início do mundo)' (Ap 5.12). Antes que existisse o mundo, existia em Deus a imolação. Não há pensamento trinitário possível sem o Cordeiro, sem a imolação do amor, sem o Filho crucificado. Pois ele é o Cordeiro sacrificado, que será glorificado por toda a eternidade"(2).

Assim, nós, cristãos, cremos que Deus é Amor. O Deus único e verdadeiro é Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai é o amor que entrega. O Filho é o amor que se entrega. O Espírito é o amor que triunfa na ressurreição. O Deus uno e trino sofreu na cruz, mas triunfou definitivamente na ressurreição do Filho!

Como diria o Apóstolo Paulo: "Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas 2.20 - BJ),

Deus é bom: Ele não apenas enviou o Seu Filho para a cruz. O Filho, que é Deus, a si mesmo se entregou por nós na cruz. E o Espírito Santo, que é Deus, triunfou sobre a morte na ressurreição do Filho.

Deus é bom. Deus é amor. Deus é vida plena e salvação!


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Notas
(1) Comissão de Fé e Ordem do CMI. A Confissão da Fé Apostólica. São Paulo: Conic/IEPG, 1993, p. 30.
(2) Jurgem MOLTMANN. Trindade e Reino de Deus. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 95.

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