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terça-feira, 31 de março de 2015

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - Domingo - O Dia da Vida


Jesus morreu numa sexta-feira, permaneceu entre os mortos no sábado, mas ressuscitou ao terceiro dia, ou seja, no domingo. Após a ressurreição, Jesus se manifesta aos seus discípulos.
O Evangelho segundo Marcos tem "dois finais". O primeiro, atestado nos manuscritos mais antigos, vai até o verso 8 do capítulo 16. O segundo, que encontra apoio também nos demais Evangelhos, vai dos versos 17 a 20, encerrando com a sua ascenção (subida ao céu). Seja o final breve, seja o longo, ambos dão o mesmo e único testemunho: Jesus Cristo venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia! Esta é a essência da celebração da Páscoa cristã, a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte na ressurreição! Porque Ele vive, temos esperança, uma esperança viva, pois assim como Ele ressuscitou dentre os mortos, um dia vamos ressuscitar também, pela graça de Deus.

"1   Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. 2   E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. 3   Diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo? 4   E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande. 5   Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram surpreendidas e atemorizadas. 6   Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto. 7   Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; lá o vereis, como ele vos disse. 8   E, saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e de assombro; e, de medo, nada disseram a ninguém. 9   Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios. 10   E, partindo ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, se achavam tristes e choravam. 11   Estes, ouvindo que ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram. 12   Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo. 13   E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito. 14   Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. 15   E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. 16   Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. 17   Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; 18   pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. 19   De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus. 20   E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam" (Marcos 16.1-20).


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http://marcio-marques.blogspot.com.br/2015/04/a-historia-da-pascoa-contada-pelas.html

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - Sábado - o dia da morte


O sábado é o dia da morte. Durante todo o sábado, Jesus esteve entre os mortos. Não há registro no Evangelho segundo Marcos acerca do sábado, senão uma brevíssima referência em Marcos 16.1a.

"Passado o sábado..." (Marcos 16.1a).


Clique no link abaixo para saber como foi o domingo da semana da Paixão de Cristo:
http://marcio-marques.blogspot.com.br/2015/03/semana-da-paixao-domingo.html

A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - Sexta Feira - sofrimento e morte



A Sexta Feira é o dia mais bem registrado. Os Evangelhos nos dão acesso, inclusive, a vários horários muito bem definidos.

Das 06h00m às 09h00m

"15.1   Logo pela manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. 2   Pilatos o interrogou: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Tu o dizes. 3   Então, os principais sacerdotes o acusavam de muitas coisas. 4   Tornou Pilatos a interrogá-lo: Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem!
5   Jesus, porém, não respondeu palavra, a ponto de Pilatos muito se admirar. 6   Ora, por ocasião da festa, era costume soltar ao povo um dos presos, qualquer que eles pedissem. 7   Havia um, chamado Barrabás, preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio. 8   Vindo a multidão, começou a pedir que lhes fizesse como de costume. 9   E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus? 10   Pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado. 11   Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás. 12   Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus? 13   Eles, porém, clamavam: Crucifica-o! 14   Mas Pilatos lhes disse: Que mal fez ele? E eles gritavam cada vez mais: Crucifica-o! 15   Então, Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás; e, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado. 16   Então, os soldados o levaram para dentro do palácio, que é o pretório, e reuniram todo o destacamento. 17   Vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. 18   E o saudavam, dizendo: Salve, rei dos judeus! .19   Davam-lhe na cabeça com um caniço, cuspiam nele e, pondo-se de joelhos, o adoravam. 20   Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe a púrpura e o vestiram com as suas próprias vestes. Então, conduziram Jesus para fora, com o fim de o crucificarem. 21   E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz"(Marcos 15.1-21).


Das 09h00m ao Meio-Dia

"22   E levaram Jesus para o Gólgota, que quer dizer Lugar da Caveira. 23   Deram-lhe a beber vinho com mirra; ele, porém, não tomou. 24   Então, o crucificaram e repartiram entre si as vestes dele, lançando-lhes sorte, para ver o que levaria cada um. 25   Era a hora terceira quando o crucificaram. 26   E, por cima, estava, em epígrafe, a sua acusação: O REI DOS JUDEUS. 27   Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda. 28   [E cumpriu-se a Escritura que diz: Com malfeitores foi contado.] 29   Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e, em três dias, o reedificas! 30   Salva-te a ti mesmo, descendo da cruz! 31   De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se; 32   desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam" (Marcos 15.22-32).

Do Meio-Dia às 15h00m

"33   Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona" (Marcos 15.33).


Das 15h00m às 18h00m

"34   À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 35   Alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Vede, chama por Elias! 36   E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de um caniço, deu-lhe de beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo! 37   Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. 38   E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. 39   O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus. 40   Estavam também ali algumas mulheres, observando de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé; 41   as quais, quando Jesus estava na Galiléia, o acompanhavam e serviam; e, além destas, muitas outras que haviam subido com ele para Jerusalém" (Marcos 15.34-41).

Das 18h00m até o Sepultamento

"42   Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, 43   vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 44   Mas Pilatos admirou-se de que ele já tivesse morrido. E, tendo chamado o centurião, perguntou-lhe se havia muito que morrera. 45   Após certificar-se, pela informação do comandante, cedeu o corpo a José. 46   Este, baixando o corpo da cruz, envolveu-o em um lençol que comprara e o depositou em um túmulo que tinha sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo. 47   Ora, Maria Madalena e Maria, mãe de José, observaram onde ele foi posto" (Marcos 15.42-47).


Clique no link abaixo para saber como foi o sábado da semana da Paixão de Cristo:
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A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - Quinta Feira


A Quinta Feira é o dia da Instituição da Ceia do Senhor (Eucaristia), da agonia no jardim do Getsêmani, da traição de Judas e da fuga dos demais discípulos, da prisão de Jesus e da negação de Pedro.

"14.12   E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa?
14.13   Então, enviou dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem trazendo um cântaro de água; 14   segui-o e dizei ao dono da casa onde ele entrar que o Mestre pergunta: Onde é o meu aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? 15   E ele vos mostrará um espaçoso cenáculo mobilado e pronto; ali fazei os preparativos. 16   Saíram, pois, os discípulos, foram à cidade e, achando tudo como Jesus lhes tinha dito, prepararam a Páscoa. 17   Ao cair da tarde, foi com os doze. 18   Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós, o que come comigo, me trairá. 19   E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe, um após outro: Porventura, sou eu? 20   Respondeu-lhes: É um dos doze, o que mete comigo a mão no prato. 21   Pois o Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido! 22   E, enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. 23   A seguir, tomou Jesus um cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos; e todos beberam dele. 24   Então, lhes disse: Isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos. 25   Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus. 26   Tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. 27   Então, lhes disse Jesus: Todos vós vos escandalizareis, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas. 28   Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia. 29   Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, eu, jamais! 30   Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. 14.31   Mas ele insistia com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. Assim disseram todos. 32   Então, foram a um lugar chamado Getsêmani; ali chegados, disse Jesus a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou orar. 33   E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. 34   E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai. 35   E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. 36   E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres. 37   Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, tu dormes? Não pudeste vigiar nem uma hora? 38   Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 39   Retirando-se de novo, orou repetindo as mesmas palavras. 40   Voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados; e não sabiam o que lhe responder. 41   E veio pela terceira vez e disse-lhes: Ainda dormis e repousais! Basta! Chegou a hora; o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. 42   Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. 43   E logo, falava ele ainda, quando chegou Judas, um dos doze, e com ele, vinda da parte dos principais sacerdotes, escribas e anciãos, uma turba com espadas e porretes. 44   Ora, o traidor tinha-lhes dado esta senha: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o e levai-o com segurança. 45   E, logo que chegou, aproximando-se, disse-lhe: Mestre! E o beijou. 46   Então, lhe deitaram as mãos e o prenderam. 47   Nisto, um dos circunstantes, sacando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha. 48   Disse-lhes Jesus: Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador? 49   Todos os dias eu estava convosco no templo, ensinando, e não me prendestes; contudo, é para que se cumpram as Escrituras. 50   Então, deixando-o, todos fugiram. 51   Seguia-o um jovem, coberto unicamente com um lençol, e lançaram-lhe a mão. 52   Mas ele, largando o lençol, fugiu desnudo. 53   E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e reuniram-se todos os principais sacerdotes, os anciãos e os escribas. 54   Pedro seguira-o de longe até ao interior do pátio do sumo sacerdote e estava assentado entre os serventuários, aquentando-se ao fogo. 55   E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho contra Jesus para o condenar à morte e não achavam. 56   Pois muitos testemunhavam falsamente contra Jesus, mas os depoimentos não eram coerentes. 57   E, levantando-se alguns, testificavam falsamente, dizendo: 58   Nós o ouvimos declarar: Eu destruirei este santuário edificado por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, não por mãos humanas. 59   Nem assim o testemunho deles era coerente. 60   Levantando-se o sumo sacerdote, no meio, perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depõem contra ti? 61   Ele, porém, guardou silêncio e nada respondeu. Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito? 62   Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu. 63   Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: Que mais necessidade temos de testemunhas? 64   Ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o julgaram réu de morte. 65   Puseram-se alguns a cuspir nele, a cobrir-lhe o rosto, a dar-lhe murros e a dizer-lhe: Profetiza! E os guardas o tomaram a bofetadas. 66   Estando Pedro embaixo no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote 67   e, vendo a Pedro, que se aquentava, fixou-o e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno. 68   Mas ele o negou, dizendo: Não o conheço, nem compreendo o que dizes. E saiu para o alpendre. [E o galo cantou.] 69   E a criada, vendo-o, tornou a dizer aos circunstantes: Este é um deles. 70   Mas ele outra vez o negou. E, pouco depois, os que ali estavam disseram a Pedro: Verdadeiramente, és um deles, porque também tu és galileu. 71   Ele, porém, começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais! 72   E logo cantou o galo pela segunda vez. Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. E, caindo em si, desatou a chorar" (Marcos 14.12-72).

Clique no link abaixo para saber como foi a sexta-feira da semana da Paixão de Cristo:
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A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - Quarta Feira



Chegamos à quarta-feira.

"1   Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o matariam. 2   Pois diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo. 3   Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. 4   Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo? 5   Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela. 6   Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. 7   Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. 8   Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. 9   Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua. 10   E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais sacerdotes, para lhes entregar Jesus. 11   Eles, ouvindo-o, alegraram-se e lhe prometeram dinheiro; nesse meio tempo, buscava ele uma boa ocasião para o entregar" (Marcos 14.1-11).

Clique no link abaixo para saber como foi a quinta-feira da semana da Paixão de Cristo:
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A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - Terça Feira


A terça feira da Semana da Paixão de Cristo vai do capítulo onze, verso vinte, até o final do capítulo 13. Em Mc 10.11, Jesus volta de Jerusalém para Betânia, no final da segunda feira. Em Mc 10.20, Jesus e seus discípulos saem novamente de Betânia e voltam para Jerusalém pela manhã, no início da terça feira.


Capítulo 11
"20   E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. 21   Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. 22   Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; 23   porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. 24   Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. 25   E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. 26   [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.] 27   Então, regressaram para Jerusalém. E, andando ele pelo templo, vieram ao seu encontro os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos 28   e lhe perguntaram: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres? 29   Jesus lhes respondeu: Eu vos farei uma pergunta; respondei-me, e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. 30   O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei! 31   E eles discorriam entre si: Se dissermos: Do céu, dirá: Então, por que não acreditastes nele? 32   Se, porém, dissermos: dos homens, é de temer o povo. Porque todos consideravam a João como profeta. 33   Então, responderam a Jesus: Não sabemos. E Jesus, por sua vez, lhes disse: Nem eu tampouco vos digo com que autoridade faço estas coisas" (Marcos 11.20-33).

Capítulo 12
"1   Depois, entrou Jesus a falar-lhes por parábola: Um homem plantou uma vinha, cercou-a de uma sebe, construiu um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país. 2   No tempo da colheita, enviou um servo aos lavradores para que recebesse deles dos frutos da vinha; 3   eles, porém, o agarraram, espancaram e o despacharam vazio. 4   De novo, lhes enviou outro servo, e eles o esbordoaram na cabeça e o insultaram. 5   Ainda outro lhes mandou, e a este mataram. Muitos outros lhes enviou, dos quais espancaram uns e mataram outros. 6   Restava-lhe ainda um, seu filho amado; a este lhes enviou, por fim, dizendo: Respeitarão a meu filho. 7   Mas os tais lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; ora, vamos, matemo-lo, e a herança será nossa. 8   E, agarrando-o, mataram-no e o atiraram para fora da vinha. 9   Que fará, pois, o dono da vinha? Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros. 10   Ainda não lestes esta Escritura: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; 11   isto procede do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos? 12   E procuravam prendê-lo, mas temiam o povo; porque compreenderam que contra eles proferira esta parábola. Então, desistindo, retiraram-se. 13   E enviaram-lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra. 14   Chegando, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te importas com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens; antes, segundo a verdade, ensinas o caminho de Deus; é lícito pagar tributo a César ou não? Devemos ou não devemos pagar? 15   Mas Jesus, percebendo-lhes a hipocrisia, respondeu: Por que me experimentais? Trazei-me um denário para que eu o veja. 16   E eles lho trouxeram. Perguntou-lhes: De quem é esta efígie e inscrição? Responderam: De César. 17   Disse-lhes, então, Jesus: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E muito se admiraram dele. 18   Então, os saduceus, que dizem não haver ressurreição, aproximaram-se dele e lhe perguntaram, dizendo: 19   Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar mulher sem filhos, seu irmão a tome como esposa e suscite descendência a seu irmão. 20   Ora, havia sete irmãos; o primeiro casou e morreu sem deixar descendência; 21   o segundo desposou a viúva e morreu, também sem deixar descendência; e o terceiro, da mesma forma. 22   E, assim, os sete não deixaram descendência. Por fim, depois de todos, morreu também a mulher. 23   Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de qual deles será ela a esposa? Porque os sete a desposaram. 24   Respondeu-lhes Jesus: Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? 25   Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento; porém, são como os anjos nos céus. 26   Quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido no Livro de Moisés, no trecho referente à sarça, como Deus lhe falou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? 27   Ora, ele não é Deus de mortos, e sim de vivos. Laborais em grande erro. 28   Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos? 29   Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! 30   Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. 31   O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. 32   Disse-lhe o escriba: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão ele, 33   e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios. 34   Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo. 35   Jesus, ensinando no templo, perguntou: Como dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi? 36   O próprio Davi falou, pelo Espírito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. 37   O mesmo Davi chama-lhe Senhor; como, pois, é ele seu filho? E a grande multidão o ouvia com prazer. 38   E, ao ensinar, dizia ele: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes talares e das saudações nas praças; 39   e das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes; 40   os quais devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações; estes sofrerão juízo muito mais severo. 41   Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. 42   Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. 43   E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. 44   Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento" (Marcos 12.1-44).

Capítulo 13
"1   Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de seus discípulos: Mestre! Que pedras, que construções! 2   Mas Jesus lhe disse: Vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada. 3   No monte das Oliveiras, defronte do templo, achava-se Jesus assentado, quando Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular: 4   Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para cumprir-se. 5   Então, Jesus passou a dizer-lhes: Vede que ninguém vos engane. 6   Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e enganarão a muitos. 7   Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. 8   Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores. 9   Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. 10   Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações. 11   Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo. 12   Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão. 13   Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo. 14   Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; 15   quem estiver em cima, no eirado, não desça nem entre para tirar da sua casa alguma coisa; 16   e o que estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. 17   Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! 18   Orai para que isso não suceda no inverno. 19   Porque aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo, que Deus criou, até agora e nunca jamais haverá. 20   Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria; mas, por causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias. 21   Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; 22   pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos. 23   Estai vós de sobreaviso; tudo vos tenho predito. 24   Mas, naqueles dias, após a referida tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, 25   as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. 26   Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória. 27   E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu. 28   Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. 29   Assim, também vós: quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo, às portas. 30   Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. 31   Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. 32   Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. 33   Estai de sobreaviso, vigiai [e orai]; porque não sabeis quando será o tempo. 34   É como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade aos seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie. 35   Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; 36   para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. 37   O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!" (Marcos 13.1-37).

Clique no link abaixo para saber como foi a quarta-feira da semana da Paixão de Cristo:
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A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - A Segunda Feira



"12   No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. 13   E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. 14   Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. 15   E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. 16   Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo templo; 17   também os ensinava e dizia: Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores. 18   E os principais sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e procuravam um modo de lhe tirar a vida; pois o temiam, porque toda a multidão se maravilhava de sua doutrina. 19   Em vindo a tarde, saíram da cidade" (Marcos 11.12-19).

Clique no link abaixo para saber como foi a terça-feira da semana da Paixão de Cristo:
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A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - "Domingo de Ramos" (ou entrada em Jerusalém)



Num domingo, Jesus entra em Jerusalém. Esta é a narrativa do Evangelho segundo Marcos:

"1   Quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois dos seus discípulos 2   e disse-lhes: Ide à aldeia que aí está diante de vós e, logo ao entrar, achareis preso um jumentinho, o qual ainda ninguém montou; desprendei-o e trazei-o.  3   Se alguém vos perguntar: Por que fazeis isso? Respondei: O Senhor precisa dele e logo o mandará de volta para aqui. 4   Então, foram e acharam o jumentinho preso, junto ao portão, do lado de fora, na rua, e o desprenderam. 5   Alguns dos que ali estavam reclamaram: Que fazeis, soltando o jumentinho? 6   Eles, porém, responderam conforme as instruções de Jesus; então, os deixaram ir. 7   Levaram o jumentinho, sobre o qual puseram as suas vestes, e Jesus o montou. 8   E muitos estendiam as suas vestes no caminho, e outros, ramos que haviam cortado dos campos. 9   Tanto os que iam adiante dele como os que vinham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10   Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas! 11   E, quando entrou em Jerusalém, no templo, tendo observado tudo, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze" (Marcos 11.1-11).


Clique no link abaixo para saber como foi a segunda-feira da semana da Paixão de Cristo:
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A Semana da Paixão de Cristo no Evangelho segundo Marcos - Introdução



Estamos no contexto da celebração da Páscoa. A semana da Páscoa, tradicionalmente chamada de Semana Santa, é o período da vida de Jesus que recebeu maior atenção tanto nos Evangelhos quanto no restante do Novo Testamento. A definição da mensagem do Evangelho feita pelo apóstolo Paulo deixa clara a atenção especial dada à semana da paixão no Novo Testamento:

"1 Irmãos, venho lembrar-vos o EVANGELHO que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; 2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que CRISTO MORREU PELOS NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS, 4 E QUE FOI SEPULTADO E RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA, SEGUNDO AS ESCRITURAS. 5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo" (1Coríntios 15.1-8).

O Evangelho é Boa Nova: Deus, o Pai, enviou o seu filho ao mundo, para que tenhamos vida eterna pela fé nEle (Jo 3.16). Deus, o Filho, nos amou e a si mesmo se entregou por nós na cruz (Gl 2.20). Deus, o Espírito, foi enviado a nós para habitar em nossos corações e nos selar para a salvação, sendo ele mesmo a nossa garantia (2Co 1.22). A história da Paixão de Cristo é a história do amor de Deus pelos homens, pois "Deus é amor" (1Jo 4.8).
Em seu livro "Trindade e Reino de Deus", o teólogo reformado Jurgen Moltmann reflete sobre a ligação entre a natureza divina, ou seja, o fato de que "Deus é amor", e a Paixão de Cristo:

"Deus não ama do mesmo modo como às vezes também pode irar-se. Não, ele é amor. A sua essência é amor. Ele se constitui de amor. E isso aconteceu na cruz. Essa definição somente alcança todo o seu significado quando se procura permanentemente reavivar o caminho que leva a ela, a saber, o abandono de Jesus na cruz, a entrega do Filho pelo Pai, e o amor que tudo faz, tudo concede e tudo sofre pelo homem que se perdeu. Deus é amor, isto é, Deus é doação, isto é, Deus existe por nós: na cruz. Exprimindo isso trinitariamente: O Pai deixa o Filho imolar-se através do Espírito. 'O Pai é o amor, que crucifica; o Filho é o amor crucificado; o Espírito Santo é a força invencível da cruz'. A cruz está colocada no meio da Trindade. isso foi expresso pela tradição, que se apóia no Apocalipse de João, mediante a imagem do 'cordeiro imolado (desde o início do mundo)' (Ap 5.12). Antes que existisse o mundo, existia em Deus a imolação. Não há pensamento trinitário possível sem o Cordeiro, sem a imolação do amor, sem o Filho crucificado. Pois ele é o Cordeiro sacrificado, que será glorificado por toda a eternidade"(Jurgem MOLTMANN. Trindade e Reino de Deus. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 95),

Dada a importância da semana da paixão para a nossa fé, vamos seguir a narrativa do Evangelho segundo Marcos, o menor (no volume) e mais antigo dos Quatro Evangelhos.


Confira como foi o "domingo de ramos", o dia da entrada de Jesus em Jerusalém na semana da paixão, clicando no link abaixo:
http://marcio-marques.blogspot.com.br/2015/03/semana-da-paixao-domingo-ramos.html




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