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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

30.000 Acessos

No dia da celebração da Reforma Protestante, 31 de Outubro, quando celebramos a atitude de Lutero ao afixar 95 teses contra a venda de indulgências, chegamos aos 30.000 acessos. Muito obrigado!

sábado, 18 de outubro de 2014

Um desabafo político...

É muito triste. Os profetas na Bíblia denunciam a injustiça, mesmo que seja pelo próprio rei. No Brasil, ficamos num jogo de empurra-empurra, tentando demonstrar que "o diabo é o outro". Precisamos acordar. Eleitores do PT deveriam ser os primeiros a denunciar os casos de injustiça, improbidade e desonestidade no partido. Do mesmo modo, eleitores do PSDB deveriam denunciar a podridão que existe entre os próprios políticos. Gente, vamos acordar! Se não houver arrependimento sincero acerca do que é injusto, não há esperança para o Brasil, nem "pela direita" e nem "pela esquerda"! Levante-se, em primeiro lugar, contra a injustiça e o roubo cometidos pelos políticos da sua legenda!

domingo, 12 de outubro de 2014

Encontros com Jesus: Pilatos - O desafio da pressão

O texto abaixo foi publicado no devocionário 2014 dos 35 dias de Jejum e Oração, organizado e publicado pela Igreja Presbiteriana Independente do Estreito, de Florianópolis (SC).


TEXTO BÍBLICO

"E Pilatos disse pela terceira vez: — Mas qual foi o crime dele? Não vejo neste homem nada que faça com que ele mereça a pena de morte. Vou mandar que ele seja chicoteado e depois o soltarei.  Porém eles continuaram a gritar bem alto, pedindo que Jesus fosse crucificado; e a gritaria deles venceu. Pilatos condenou Jesus à morte, como pediam. E soltou o homem que eles queriam [Barrabás] — aquele que havia sido preso por causa de revolta e de assassinato. E entregou Jesus para fazerem com ele o que quisessem" (Lucas 23.22-25NTLH).


REFLEXÃO

Pilatos era governador da Judéia, durante o governo do imperador Tibério. Era um homem que vivia debaixo de muita pressão, pois precisava manter a paz romana na Judéia, onde movimentos de judeus que queriam a independência de Israel (especialmente os zelotas) muitas vezes recorriam à violência, principalmente durante as grandes festas. Jesus atraiu desde cedo à oposição dos líderes religiosos judaicos, sobretudo após a “purificação do templo” em Jerusalém (Mc 11.15-19). Pilatos sabia que Jesus era inocente das acusações dos principais sacerdotes e anciãos (que formavam o Sinédrio), os quais manipularam a multidão, a qual se voltou contra Jesus. Pilatos, pressionado pelo império, pelas autoridades judaicas e pela multidão, entregou Jesus para ser crucificado, libertando o zelota Barrabás, preso por causa de revolta e assassinato. Em nome da paz do Império Romano, Pilatos liberta o zelota assassino e entrega a morte o Príncipe da Paz!

Pilatos nos ensina que o encontro com Cristo pode nos expor a pressões. Todos nós sofremos muitas pressões para não viver os valores do Reino de Deus (amor, justiça, fé, esperança, perdão). A pressão pode vir de familiares, amigos, emprego, cultura, grupo de amigos, opinião pública, e até mesmo das instituições religiosas. Pilatos lava suas mãos, querendo se justificar de sua injustiça, mas omissão não traz justificação. Os discípulos de Cristo não podem se tornar discípulos daqueles que cometem injustiça por causa de pressões, ou mesmo que condenam pessoas inocentes ou deixarão de viver os valores do Reino em favor da opinião pública, do Estado, do partido político, da empresa ou mesmo do conforto, da segurança e do prazer.


PENSE NISSO

Temos seguido o exemplo de Cristo, de resistência pacífica contra a injustiça, ou pensamos que o caminho é agir contra a Palavra de Deus, nos sujeitando as pressões políticas, econômicas e ideológicas?
Estamos na condição de justo sofredor, injusto opressor ou massa de manobra?


ORAÇÃO

Pai, tem misericórdia de nós, que apesar de sermos chamados para seguir ao Teu Filho amado, que resistiu pacificamente contra a violência, muitas vezes queremos ser como Pilatos, que cometeu injustiça por causa da pressão, ou como a multidão, que serviu de massa de manobra para os interesses de grupos poderosos, ou mesmo como o Sinédrio, que deveria cuidar dos injustiçados, mas que, de maneira hipócrita, acabou promovendo a injustiça. Conduze-nos, pela Tua graça, a uma vida de amor, justiça e perdão, em nome de Jesus. Amém.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Divulgando blogs de amigos: tecnologia e música

Hoje eu gostaria de divulgar os Blogs de dois amigos:

O primeiro, está ligado a música brasileira, de modo geral, e a cultura da nossa Ilha de Florianópolis, em particular.
http://josueviolao.blogspot.com.br/
http://www.mixcloud.com/josuesilvajisueviolao/

O segundo é do meu amigo Thomas, sobre novidades tecnológicas.
http://thomaslindig.blogspot.com.br/


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Não Transforme um Tesouro num Peso de Porta (ou "Jesus é Senhor do Sábado")


INTRODUÇÃO
(Sobre Mc 2.23-3.6).
O que é o sábado? É um dia de descanso. O sábado foi criado para o cuidado do cansado, a cura do doente, a libertação do oprimido, enfim, o bem-estar do ser humano. Mas o que a Lei de Deus trouxe como dádiva, como expressão de vida e liberdade, o legalismo farisaico transformou em peso!
Hoje vamos refletir sobre o sábado, a luz de Marcos 2.23-28, relato da discusão dos fariseus com Jesus acerca da atitude dos discípulos em colher espigas para matar a fome num sábado, e a luz de Marcos 3.1-6, relato da cura de um homem num sábado.


1) O SÁBADO FOI FEITO PARA VIDA E A LIBERDADE E NÃO PARA A MORTE E A OPRESSÃO
Os fariseus começaram a questionar a Jesus pelo fato dos discípulos colherem espigas num sábado, para matar a fome. O sábado foi estabelecido para o descanso, para a cura, a saúde, enfim, o sábado deveria ser um instrumento de vida e paz, mas os fariseus estavam adulterando o sábado numa regra fria e legalista, que ao invés de promover a vida, passou a ser um problema para a vida. O questionamento dos fariseus se deve a sua tradição, ou seja, os fariseus tinham uma tradição oral sobre a interpretação da Lei de Moisés, tradição que estabelecia várias regras proibitivas sobre o sábado. Em sua resposta ao legalismo dos fariseus, Jesus responde não com tradições humanas, mas com a Palavra de Deus, a partir do exemplo de Davi.
Davi, o rei de Israel, comeu os pães da proposição enquanto fugia de Saul, pães sagrados que só os sacerdotes podiam comer. Davi não apenas come os pães, mas os dá aos seus companheiros. Uma lei foi quebrada visando proteger a vida, sagrada por excelência. Matar a fome é mais importante que regras religiosas. Do mesmo modo que Davi comeu os pães sagrados e os deu aos seus companheiros, pães que não deveriam ser comidos por eles segundo as regras da lei, Jesus demonstra que seus discípulos não estavam errados em colher, debulhar e comer as espigas da plantação, apesar do sábado. Ora, Jesus, o filho de Davi (Mt 1.1), é o Messias. Seus discípulos puderam colher e debulhar espigas no sábado, pois a vida é mais importante que regras religiosas. Além disso, "o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado", ou seja, o sábado, de acordo com a Palavra de Deus, deveria ser instrumento de descanso, vida e paz, e não uma regra legalista que escraviza e produz fome, miséria e morte!
Do mesmo modo, em Marcos 3.1-6, havia, no sábado, um homem com a mão atrofiada numa sinagoga. A preocupação dos fariseus e dos herodianos na situação não era a vida do homem enfermo, não era seu bem, sua saúde, seu bem-estar, mas simplesmente seus próprios interesses: fariseus estão preocupados não com pessoas, mas com regras caducas que não agradam a Deus e não promovem o amor ao próximo; os herodianos estavam preocupados com ameaças a sua ideologia política, ou seja, a manutenção da família dos Herodes no poder. Jesus, novamente, ensina que o sábado deve ser instrumento de promoção da vida, do bem do próximo, de cura, e nnão uma regra legalista que castra, oprime e mata.
Para Jesus, a vida dos discípulos e a cura do enfermo são a realização do sábado e não a sua contradição, pois "o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado!


2) CRISTO É O VERDADEIRO SÁBADO
O sábado passa a ser parte integrante na vida judaica principalmente com Moisés. Apesar da presença do sábado nos relatos da criação, a observância do sabado não pode ser observada antes com a mesma intensidade, pois o sábado é um mandamento da Lei de Moisés.
Ora, o que é que faz parte da Lei de Moisés? Quais instituições judaicas são ordenadas na lei de Moisés? Alguns exemplos principais são os seguintes:
- Tabernáculo/Templo de Jerusalém como habitação de Deus;
- Sacerdócio levítico, Sumo Sacerdócio aarônico;
- Sistema de Sacrifícios;
- Leis diversas do cotidiano;
- Circuncisão, Páscoa judaica, dias de festa e sábado.

Mas o que é que a Bíblia diz sobre todas estas coisas?

Sobre o verdadeiro templo: "Os judeus interpelaram-no, então, dizendo: 'Que sinal nos mostras para agires assim?' Respondeu-lhes Jesus: 'Destruí este templo, e em três dias o levantarei'. Disseram-lhe, então, os judeus: '46 anos foram precisos para se construir este Templo, e tu o levantarás em 3 dias?' Ele, porém, falava do templo do seu corpo. Assim, quando ele ressuscitou dos mortos seus discípulos lembraram-se de que dissera isso, e creram na Escritura e na palavra dita por Jesus" (Jo 2.18-22). Em outras palavras, o templo, presente na Lei de Moisés, não tem parte na Nova Aliança em Cristo, pois nesta O CORPO DE JESUS É O NOVO TEMPLO! Quando Jesus morre na cruz pelos nossos pecados e ressuscita para a nossa salvação, Ele envia para a sua Igreja o Seu Espírito: "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1Co 3.16).

Sobre o verdadeiro Sacrifício:
"Possuindo apenas a sombra dos bens futuros, e não a expressão própria das realidades, a lei é totalmente incapaz, apesar dos mesmos sacrifícios sempre repetidos, oferecidos sem fim a cada ano, de levar á perfeição aqueles que deles participam. Se não fosse assim, não se teria deixado de oferecê-los, se os que prestam culto, uma vez por todas purificados, já não tivessem nenhuma consciência dos pecados. Mas, ao contrário, é por meio destes sacrifícios que, anualmente, se renova a lembrança dos pecados. Além do mais, é impossível que o sangue de touros e bodes elimine os pecados. (...) Assim, ele declara, primeiramente: Sacrifícios oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado, tu não os quiseste, e não te agradaram. Trata-se, notemo-lo bem, de oferendas prescritas pela Lei! Depois, ele assegura: Eis que eu vim para fazer a tua vontade. Portanto, ele suprime o primeiro para estabelecer o segundo. E graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas" (Hb 10.1-4,8-10).
Em outras palavras, o sistema sacrificial da Antiga Aliança foi superado pelo sacrifício único e suficiente de Cristo, pelos nossos pecados. O verdadeiro sacrifício não é oferecido de acordo com a Lei de Moisés ou da Antiga Aliança, mas é oferecido por Cristo na Nova Aliança em Cristo.

Sobre o verdadeiro Sacerdócio:
"Tal é precisamente o sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, elevado mais alto do que os céus. Ele não precisa, como os sumos sacerdotes, oferecer sacrifícios a cada dia, primeiramente por seus pecados, e depois pelos do povo. Ele já o fez uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo. A Lei, com efeito, estabeleceu sacerdotes sujeitos à fraqueza. A palavra do juramento, porém, posterior à Lei, estabeleceu um Filho eternamente perfeito" (Hb 7.26-28).
"Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Pois todo sumo sacerdote é constituído para oferecer tanto dons como sacrifícios; por isso, era necessário que também esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei, os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas"(Hebreus 8.1-6)

Sobre a verdadeira Aliança (Aliança Antiga com Moisés e Aliança Nova em Cristo):
"Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei"(Jeremias 31.31-34).
"Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer" (Hb 8.13 - Comentando Jr 31.31-34).
"Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim" (1Co 11.23-25).

Sobre os Sábados, Festas e Dias Sagrados:
"Portanto, ninguém vos julgue por questões de comida e de bebida, ou a respeito de festas anuais ou de lua nova ou de sábados, que são apenas sombra de coisas que haviam de vir, mas a realidade é o corpo de Cristo" (Cl 2.16-17).
Portanto, na perspectiva bíblica, o sábado deveria ser instrumento de vida, de cura, de liberdade, de alegria, mas a religião legalista reduziu o sábado a regras miseráveis que iam contra a vida, agravavam a doença e aprisionavam no legalismo! Além disso, o sábado, bem como as demais festas religiosas judaicas, são apenas sombras, cuja realidade não são elas próprias, mas Cristo!

Para nós, cristãos, o sábado, assim como os sacrifícios, o sacerdócio levítico, o templo e a própria aliança antiga, eram sombras de bens futuros (Cl 2.16-17), e estas sombras apontam para Cristo, que é a sua realização.
"Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem" (Hebreus 10.1).

Sendo assim, Jesus é o nosso sábado:
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviareiTomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." (Mt 11.28-30).
Jesus aboliu a religião legalista, a religião que procurava se aproximar de Deus através de regras, a pregou na cruz, junto com as outras expressões de pecado. Jesus destruiu a religião legalista pela Sua Pessoa!
"O fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê"(Romanos 10.4).
Jesus é Senhor do sábado porquê Ele é o verdadeiro Sábado!


3) NÃO TRANSFORME UM TESOURO EM PESO DE PORTA
Conheci uma irmã, uma senhora humilde e de idade bem avançada, que certa vez me contou uma história:
"Havia um homem bem simples, que tinha na porta da sua sala uma pedra pesada, mas muito bonita. Um dia, o homem recebeu uma visita, de um professor, que ofereceu R$ 50,00 naquela pedra. O homem, prontamente, a vendeu, feliz por poder comprar um pouco mais de carne naquele mês. O que o homem não sabia é que aquela pedra era muito preciosa, e enriqueceu o seu comprador, o esperto professor!".

Como é possível, alguém usar um tesouro para segurar uma porta?
Como é possível, tranformar os presentes de Deus em peso?
Como é possível, transformar o sábado, uma dádiva de vida, liberdade e cura, num peso miserável que produz morte, prisão e enfermidade?
Como é possível, o ser humano transformar a família, uma dádiva de Deus para o nosso bem, numa gaiola de loucos, em que cada um vai para um lado, quando não estão todos brigando?
Como é possível, oser humano transformar a igreja em meio de ganhar dinheiro, em palco de disputa de poder, na tentativa de dominar sobre o outro, mandar no outro, ao invés de servir a Deus e ao próximo, para a glória de Deus?
Como é que os fariseus transformaram o sábado em uma instituição falida e alienante, que ao invés de trazer descanso, liberdade e vida, passou a trazer escrvidão, morte e opressão?
Como é que nós vivemos reduzindo tesouros em peso de porta?

A resposta para todas as perguntas acima é: vivendo sem conhecer e sem viver de acordo com a Palavra de Deus! O legalismo é informação sem entendimento. Um cristão maduro aprende, mas vive de acordo com a Palavra de Deus e com o Espírito da Vida.


CONCLUSÃO
Jesus, ao perguntar se "é lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la?", estava ensinamdo que "o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado", pois "o Filho do Homem é Senhor do sábado". Na Nova Aliança, Jesus é o próprio sábado: nEle é que nós encontramos descanso para a nossa alma (Mt 11.28-30). O sábado da Lei, assim como o Templo, o Sacerdócio, os Sacrifícios, enfim, toda a Lei de Moisés apontavam para Cristo. Quando Cristo veio, nos libertou do peso da Lei para o verdadeiro cumprimento da Lei: O AMOR - ou seja, o Fruto do Espírito (Gl 5.22ss).
Guarde o sábado. Não o velho sábado da lei, a regra religiosa que era sombra a apontar para Cristo (Cl 2.16-17), mas o novo sábado, Jesus Cristo, que não veio para anular o sábado, mas veio para realizá-lo em nós, através da nova vida no Espírito, da "lei do Espírito da vida" (Rm 8.2).

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Pronunciamento das Igrejas Evangélicas Históricas sobre as eleições gerais do Brasil - 2014



As igrejas evangélicas históricas do Brasil, em virtude da realização das eleições gerais em 5 de outubro (1º turno) e em 26 de outubro (2º turno) e considerando o papel de seus membros no exercício pleno da cidadania, bem como o comprometimento dessas igrejas com o Estado democrático de direito e o seu reconhecimento e apoio às instituições democráticas, expressas nos Poderes constituídos da República, vêm junto a seus membros e à sociedade brasileira em geral fazer o seguinte


PRONUNCIAMENTO

Nenhum sistema ideológico de interpretação da realidade social, inclusive em termos políticos, pode ser aceito como infalível ou final nem é capaz de interpretar os conceitos bíblicos da história e do reino de Deus, no entanto, cremos que Deus, Senhor da história, realiza a Sua vontade de várias maneiras, inclusive por meio da ação política;
As eleições são parte do processo de busca permanente de equidade social, de garantia dos direitos fundamentais à pessoa humana, de vivência ética e comunitária, às quais estimulamos o protagonismo de homens e mulheres cristãos, comprometidos com os valores do Evangelho de Cristo;
A democracia é um valor universal, bem como o governo representativo dela decorrente e a sociedade democrática pressupõe pluralidade de ideias e a livre expressão do pensamento político, alternância do poder, em forma republicana de participação popular;
Os chamados mensalões, julgados e ainda não julgados pelo STF, expuseram, na esfera partidária, a dualidade de forças políticas de matizes ideológicas distintas, que se digladiam eleitoralmente, visando o acesso ao poder, mas revelam a fragilidade dos partidos majoritários na elaboração de suas amplas alianças partidárias que, em muitos casos, não são de natureza político-ideológica, mas se constituem em verdadeiro fisiologismo;
O sistema de financiamento de campanhas admitido no Brasil é perverso, indutor e retroalimentador da corrupção e termina por eleger, majoritariamente, verdadeiros representantes do poder econômico e não dos interesses da maioria da população;
O atual sistema político reflete partidos políticos que não têm identidade e realizam alianças que não fidelizam ideais, mas denunciam conveniências e interesses corporativistas. De igual modo, o modelo presidencialista de coalizão compromete a ética e a democracia cujos pressupostos são a fiscalização e a alternância no poder;
Candidatos/as frutos de estratégias de marketing e alianças comprometedoras não são dignos de voto;
Ninguém deve receber voto simplesmente por expressar a fé evangélica, antes, deve-se recordar que “a fé, se não tiver obras, por si só estará morta” (Tg 2.1). Entretanto candidatos e partidos que defendem em seus programas posições que se oponham a valores cristãos tais como justiça e paz; integridade da vida e da criação; preservação da família; honestidade e respeito ao bem público não podem merecer nosso voto.
O processo político não se esgota com as eleições e os valores da cidadania, marcados por gestões públicas transparentes e probas, têm correspondência na vida de integridade cotidiana de cada cidadão e cidadã brasileira, na participação, nas reivindicações e na projeção de ações que visem o bem comum.
Repudiamos o “voto de cabresto”; o chamado “curral eleitoral”, bem como a troca do voto por favores sejam pessoais ou coletivos, exortando seus integrantes a exercerem o direito do voto de maneira consciente e bem fundamentado cientes da delegação de poder que o sufrágio nas urnas confere aos eleitos.
Conclamamos o povo de Deus que se reúne em nossas igrejas à participação na escolha das futuras lideranças: Presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais e, para isso, também o convocamos à oração e à reflexão, que possam nos orientar para que nossas escolhas se traduzam no bem comum de todos os brasileiros e brasileiras.
igrejas historicas manifesto eleicoes 2014Fonte: http://www.ipib.org/o-estandarte-online/996-pronunciamento-das-igrejas-evangelicas-historicas-sobre-as-eleicoes-gerais-do-brasil-2014

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